10 curiosidades sobre os bastidores de “Thor: O Mundo Sombrio”!

Capa da Publicação

10 curiosidades sobre os bastidores de “Thor: O Mundo Sombrio”!

Por Gus Fiaux

Após o filme solo e Os Vingadores, o Deus do Trovão precisava retornar aos cinemas em grande estilo, em uma nova aventura épica que corrigisse os defeitos do passado. Lançado em 2013, Thor: O Mundo Sombrio se propôs a cumprir esse desafio, apesar de ter conseguido resultados um tanto quanto diferente.

Amado por alguns fãs e odiado por muitos outros, é o filme mais negativado do UCM pelos críticos, o que foi o suficiente para a Marvel Studios apostar numa nova direção, tanto para o personagem quanto para seu universo em si.

Créditos: Divulgação

Imagem de capa do item

Uma diretora maravilhosa... perdida

Antes que pudesse provar ao mundo seu valor com o ótimo Mulher-Maravilha, do ano passado, a cineasta americana Patty Jenkins havia sido escolhida para dirigir Thor: O Mundo Sombrio. O anúncio tinha sido feito ao final de 2011, antes mesmo do lançamento de Os Vingadores. Entretanto, devido às diferenças criativas com a Marvel Studios, ela acabou largando a produção meses depois.

Caso tivesse continuado, ela seria a primeira diretora a comandar um filme do Universo Cinematográfico da Marvel - algo que só veremos agora em Capitã Marvel. A especulação é de que grandes atritos tenham sido traçados com Ike Perlmutter, o chefe da Marvel Entertainment, famoso por interferir nos filmes por questões comerciais.

Imagem de capa do item

De Westeros a Asgard

Após a saída de Patty Jenkins, vários outros diretores foram considerados para assumir o comando do filme, entre eles Daniel Minahan - responsável sobretudo por trabalho televisivo, como True Blood, Game of Thrones e House of Cards. Contudo, ele foi deixado de lado, e o cineasta escolhido pelo estúdio foi Alan Taylor, que também dirigiu vários episódios de GoT.

Em termos de ideias, Taylor veio poderoso, mudando o visual de Asgard e trazendo uma estética bem diferente do restante do Universo Cinematográfico da Marvel - algo que pode ser notado no filtro de fotografia. Contudo, o diretor detestou a experiência. Ele disse que, embora o estúdio tenha lhe dado controle total durante as filmagens, os executivos mudaram todo o filme no processo de refilmagens e pós-produção.

Imagem de capa do item

Dedicação trovejante

Já incorporado no papel do Deus do Trovão por dois filmes (Thor e Os Vingadores), o astro australiano Chris Hemsworth já estava se sentindo mais confortável, e dedicou-se ainda mais para trazer o herói à tona de uma forma mais verdadeira. Sua primeira decisão foi deixar seu cabelo crescer, para que ele não dependesse tanto de perucas.

Além disso, sua rotina de treinamento físico só se intensificou, de forma que ele continuasse cada vez mais forte e parrudo para viver Odinson. Um elemento que ele pôde trabalhar com mais fluidez aqui foi seu timing cômico, já que o filme realmente abraçou a comédia e ele pôde improvisar uma ou outra cena e diálogo.

Imagem de capa do item

Mais do Deus da Trapaça

Tendo aparecido nos mesmos filmes que o Deus do Trovão, Loki originalmente não teria muito espaço em Thor: O Mundo Sombrio. Acredita-se que o roteiro inicial do filme sequer tinha o Deus da Trapaça em aparições físicas. Contudo, ninguém esperava que o personagem fosse receber um mérito inabalável: o carisma e a simpatia de Tom Hiddleston.

Por conta disso, o roteiro foi amplamente reescrito, e Loki foi incorporado de forma grande à trama. Há quem inclusive defenda que O Mundo Sombrio é mais filme dele que do Thor. Curiosamente, o próprio Hiddleston se ofereceu para dirigir o filme, mas foi recusado pela Marvel Studios devido à sua fraca experiência fora das câmeras. No entanto, se isso foi só uma piada do ator ou se foi sério, ninguém sabe.

Imagem de capa do item

Um vilão odiável

Malekith é o grande antagonista do filme, e ninguém gosta disso. O personagem é rei da antiga raça dos Elfos Negros, velhos inimigos de Asgard e que, nas HQs, possuem o Cofre dos Antigos Invernos - que foi revelado no primeiro filme, embora em posse dos Gigantes de Gelo. Para o papel, foi considerado o ator dinamarquês Mads Mikkelsen, que posteriormente viveria o vilão Kaecilius em Doutor Estranho.

No fim, Christopher Eccleston foi chamado para o longa, e tentou dar o melhor de si pelo personagem. Contudo, o vilão foi bem ofuscado pela presença de Loki, chegando a perder cenas por conta do Deus da Trapaça. No fim, Eccleston disse ter odiado o trabalho, tanto pela mecanização do personagem quanto pelas várias horas gastar em criar a maquiagem para o vilão.

Imagem de capa do item

Dificuldades conceituais

Embora os Elfos Negros sejam o exército mais sem graça já presente em um filme do Universo Cinematográfico da Marvel, a equipe de produção do longa sofreu para construí-los. Um dos artistas conceituais mais influentes da Marvel Studios, Andy Park, disse que a raça foi extremamente difícil de ser concebida visualmente, e que foram feitos mais de 300 artes conceituais para os personagens, antes de um visual definitivo ser aprovado.

Mas o visual não foi o único ponto trabalhoso. A raça ganhou seu próprio dialeto no filme, e várias vezes, tanto Christopher Eccleston (Malekith) quanto Adewale Akinnuoye-Agbaje (Kurse) tiveram de gravar algumas falas nesse idioma original, o que consumiu horas do preparo de ambos os atores.

Imagem de capa do item

Cansada do papel de sempre

As coisas parecem ser exatamente o que são, e pelo visto, Thor: O Mundo Sombrio é o filme mais detestado pelos seus envolvidos em todo o Universo Cinematográfico da Marvel. Se Christopher Eccleston e o próprio Alan Taylor não são provas o suficiente, temos também Natalie Portman, que está pior do que nunca em seu papel como Jane Foster.

Após a saída de Patty Jenkins da direção, ela chegou a ameaçar o estúdio, dizendo que abandonaria o longa. Ainda assim, ela continuou. Originalmente, Foster teria um papel muito maior, e seria consumida pelo Éter de forma que passaria a destruir áreas da Terra antes de ser impedida pelo Thor. Mas o papel foi drasticamente reduzido, ela foi mais uma vez a donzela em perigo e, desde então, Portman nunca mais voltou ao UCM.

Imagem de capa do item

Prólogo de guerra

O filme abre com uma das maiores guerras já retratadas em longas de super-heróis, e traz o conflito entre Asgard - liderada por Bor, o pai de Odin - contra os Elfos Negros de Malekith, pelo controle do Éter - que posteriormente seria revelado como a Joia da Realidade nesse universo.

A cena foi extremamente trabalhosa, por mesclar ação em live-action com computação gráfica. Para se ter uma ideia, apenas os atores responsáveis por viver Bor, Malekith e Kurse estavam presentes nas filmagens, e todo o resto foi inserido digitalmente. Mas o mais curioso é que toda a sequência - que realmente se destaca do resto do filme - foi dirigida por Tim Miller, o mesmo cineasta que comandou Deadpool.

Imagem de capa do item

Referências clássicas

O filme mergulha de forma peculiar em várias referências e easter-eggs para a mitologia asgardiana das HQs. A principal delas está logo no começo do filme, conforme Thor precisa enfrentar um gigante de pedra da raça Kronan. Na primeira aparição do herói nos quadrinhos, ele enfrentou invasores dessa raça alienígena - que inclusive é a mesma raça do Korg de Thor: Ragnarok.

E embora essa referência tenha permanecido no filme, várias outras foram cortadas, já que o longa contaria com a participação de personagens como Balder, Valquíria e até mesmo Surtur, mas que foram removidos do esboço final do roteiro. Curiosamente, boa parte das ideias excluídas aqui foi posteriormente reaproveitada no terceiro filme do Deus do Trovão.

Imagem de capa do item

Mudanças intensas

O filme foi um dos primeiros da Marvel Studios a trazer consigo não apenas uma, mas duas cenas pós-créditos - sendo uma dedicada a dar uma pista para o futuro e outra "mais leve", incorporando elementos do próprio filme e jogando junto alguma piadinha ou cena cômica. Nesse caso, a segunda cena do filme mostra Thor voltando para a Terra, e Jane Foster correndo para beijá-lo.

Contudo, para a gravação do beijo, Natalie Portman estava ocupada demais e não pôde comparecer ao set. Isso foi resolvido de uma forma bem simples, conforme a própria esposa de Chris Hemsworth, a atriz e modelo Elsa Pataky assumiu o papel, usando uma peruca e outros truques de maquiagem para que se passasse pela atriz israelense.

Imagem de capa do item

Caso tenha perdido...

Para aproveitar e relembrar todos os grandes clássicos do Universo Cinematográfico da Marvel enquanto se prepara para a aguardada estreia de Vingadores: Guerra Infinita, não deixe de conferir também nossas listas anteriores de bastidores dos filmes, que você confere clicando nos links abaixo: