10 curiosidades sobre os bastidores de “Capitão América: O Soldado Invernal”!

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10 curiosidades sobre os bastidores de “Capitão América: O Soldado Invernal”!

Por Gus Fiaux

Fase 2 do Universo Cinematográfico da Marvel finalmente tinha atingido outro nível, após algumas experiências não muito bem sucedidas. E um dos heróis que precisava ter mais espaço era o Capitão América, que agora precisava embarcar em suas jornadas individuais enquanto se acostumava com uma nova realidade e um novo tempo.

Em Capitão América: O Soldado Invernal, primeiro longa da Marvel Studios dirigido pelos Irmãos Russo, temos uma grande aventura de ação voltada justamente para isso, conforme a trama adquire contornos muito mais sombrios e politicamente relevantes, em um filme que é considerado até hoje como um dos melhores do estúdio!

Créditos: Divulgação

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Uma dupla de peso

Com a saída de Joe Johnston da cadeira de diretor, após o primeiro filme, a Marvel Studios foi atrás de um diretor que conseguisse dar um ar mais sério e político para a segunda aventura solo do Sentinela da Liberdade. Com sorte, eles conseguiram dois pelo preço de um, e os Irmãos Russo foram escalados para comandar a continuação - o que seria o começo de uma grande jornada para a dupla.

Joe e Anthony Russo eram grandes fãs de super-heróis, e sempre tiveram interesse em trabalhar em filmes do gênero. Contudo, até o lançamento de O Soldado Invernal, ambos só haviam trabalhado em comédias, especialmente na TV, com Community. Uma vez na produção do filme, eles revolucionaram o status quo do estúdio, optando pelo menor uso possível de CGI e por uma abordagem um pouco mais adulta. Segundo eles, o filme é um "thriller político" da Marvel Studios.

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Retorno sombrio

Embora seja, talvez, a peça principal do filme, Sebastian Stan - que interpreta Bucky Barnes/Soldado Invernal - não tinha muita certeza de seu retorno ao Universo Cinematográfico da Marvel, depois da "morte" de seu personagem em Capitão América: O Primeiro Vingador. Ele só descobriu que voltaria depois que um amigo explicou o título do segundo filme, quando já havia sido anunciado.

A partir daí, ele assinou um contrato maior com a Marvel Studios e se dedicou fortemente à produção, inclusive treinando diariamente com facas e outros acessórios para as cenas de ação do antagonista. Além disso, os roteiristas do filme, Christopher Markus e Stephen McFeely já deixaram claro que a cena em que o Capitão América o encontra no QG da HIDRA, no primeiro filme, é um prelúdio para o retorno do personagem.

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Uma quase-participação

Quando o filme ainda estava em estágios iniciais de desenvolvimento, um dos nomes que estaria presente, em papel de destaque, era o Gavião Arqueiro, que meio que serviria como um "antagonista", trabalhando a serviço da HIDRA, mas tentando auxiliar secretamente os heróis. Ele teria inclusive uma grande cena de ação contra o próprio Capitão América, após uma sequência de perseguição pela cidade.

No entanto, os roteiristas sentiram que seria um tanto quanto desrespeitoso com o personagem inseri-lo sem nenhum desenvolvimento real, e optaram por retirá-lo de versões futuras. O próprio Jeremy Renner não poderia participar do filme, devido a alguns conflitos de agenda com outros filmes que ele estava gravando na época, como Trapaça e O Mensageiro.

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A Viúva Negra contra-ataca

Porém, enquanto o herói arqueiro estava no filme, a Viúva Negra foi uma das figuras centrais, atuando como a principal aliada do Capitão América durante a queda da S.H.I.E.L.D.. Ainda assim, a atriz Scarlett Johansson deu ideias para que o Gavião Arqueiro fosse referenciado na trama. Uma delas diz respeito a um colar de flecha que Natasha Romanov usa durante o filme, trazendo detalhes da relação entre os dois heróis.

Por outro lado, a atriz deu tudo de si para fazer a melhor versão possível da Viúva Negra, com todos os subtextos necessários, já que o filme era, essencialmente, uma trama de espionagem. Para que o papel ficasse o mais orgânico possível, ela e Chris Evans escreveram vários de seus próprios diálogos na história.

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Sonho de infância

Um dos atores mais famosos por seu amor aos quadrinhos e interesse em viver um super-herói nos cinemas era Anthony Mackie, que interpretou o Falcão a partir de Capitão América: O Soldado Invernal. Ele já havia feito testes para conseguir um papel não divulgado em Homem de Ferro 3, mas acabou sendo chamado apenas para o segundo filme do Sentinela da Liberdade, depois que nomes como Michael B. Jordan já haviam sido considerados para o papel.

Mackie sempre deixou claro que viver um herói da Marvel era seu sonho desde criança, e que isso serviria como uma forma de apresentar heróis com os quais as crianças negras pudessem se identificar mais. Porém, uma das mudanças que o incomodou veio do traje. Ele queria algo mais similar aos quadrinhos tradicionais, em vez de uma versão mais militarizada do traje de voo do Falcão.

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Um ícone do cinema policial

Uma das figuras centrais do longa, e que é considerado o antagonista principal do filme, é Alexander Pierce, interpretado por Robert Redford, um ícone do cinema policial das décadas de 70 e 80. No filme, o personagem é chefe do conselho da S.H.I.E.L.D., mas na verdade, é um agente da HIDRA infiltrado, e um dos líderes atuais da organização terrorista.

Por mais que o ator fosse um dos primeiros nomes que veio à mente dos Irmãos Russo, a decisão principal veio dele mesmo. Segundo Redford, ele queria participar de um filme da Marvel porque seus netos eram grande fãs do UCM. Além disso, ele queria viver um vilão nos cinemas, algo que nunca teve muita oportunidade de interpretar em sua carreira, e também gostaria de participar de uma produção que envolve alta tecnologia e efeitos visuais.

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Salve a HIDRA

Após ter aparecido pela primeira vez em Capitão América: O Primeiro Vingador, a organização terrorista conhecida como HIDRA tem um papel fundamental em O Soldado Invernal, conforme descobrimos que a instituição sobreviveu e se infiltrou na própria S.H.I.E.L.D. - o que trouxe repercussões para vários filmes e séries, como Agentes da S.H.I.E.L.D. e Vingadores: Era de Ultron.

Uma peça fundamental aqui é Arnim Zola, o cientista interpretado por Toby Jones na franquia. Ele retorna de forma similar aos quadrinhos, onde transferiu sua consciência para uma máquina. Algumas artes conceituais mostravam um visual ainda mais fiel, com um ser humanoide "habitado" pela consciência do cientista, mas isso foi abandonado em prol de uma abordagem mais pé-no-chão.

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"O caminho do homem justo"

Após ser apresentado em boa parte dos filmes da Fase 1 e ter um papel de destaque em Os Vingadores, o líder da S.H.I.E.L.D., Nick Fury está de volta, e esse é o filme em que ele mais tem um arco pessoal, de forma que o astro Samuel L. Jackson se dedicou ao extremo para compor a versão definitiva do agente secreto para os cinemas.

O ator também fez questão de incorporar bastante de sua própria vida pessoal e sua carreira no filme. Por exemplo, a cena em que Fury fala de seu avô, que era operador de elevador, tem uma inspiração real, já que o avô de Jackson também tinha a mesma profissão. Outra referência que muitos fãs amam é o epitáfio escrito no túmulo do agente, que referencia o fictício versículo de Ezequiel 25:17, citado pelo personagem do ator em Pulp Fiction: Tempo de Violência.

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Variações internacionais

Um dos trabalhos mais interessantes da Disney é a forma como ela tenta adaptar diferentes elementos para vários países do mundo. E embora o filme tenha sido produzido apenas pela Marvel Studios, é impossível não notar a influência da casa do Mickey Mouse em uma cena específica: quando o Steve Rogers mostra a Sam Wilson seu bloco de anotações com várias coisas que ele precisa se atualizar.

A cena tem versões exclusivas para diversos países onde foi exibida. Por exemplo, no Reino Unido, descobrimos que Steve precisa ver sobre os Beatles e Sherlock, enquanto a versão francesa fala de O Quinto Elemento e Daft Punk. No Brasil, a edição contém Wagner Moura, Xuxa, Mamonas Assassinas e Ayrton Senna.

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Problemas no título

Muitos fãs podem não se lembrar, mas o título do filme foi motivo de uma grande comoção no Brasil. Isso porque, logo quando foi anunciado, o filme ganhou um título nacional que nada tinha a ver com o nome original do longa. Devido ao medo das pessoas confundirem "Invernal" com "Infernal", o filme receberia o título "Capitão América: O Retorno do Primeiro Vingador".

Claro que isso enfureceu alguns fãs e, em pouco tempo, a Disney alterou o título para que o nome fosse mais agradável ao público brasileiro. Assim, o título oficial do filme é "Capitão América 2: O Soldado Invernal". Porém, muitos passaram a desconsiderar o número do longa, e em todos os lugares, vemos apenas o título e o subtítulo.

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Caso tenha perdido...

Para aproveitar e relembrar todos os grandes clássicos do Universo Cinematográfico da Marvel enquanto se prepara para a aguardada estreia de Vingadores: Guerra Infinita, não deixe de conferir também nossas listas anteriores de bastidores dos filmes, que você confere clicando nos links abaixo: