10 coisas sobre os filmes do Batman com Michael Keaton que você não sabia

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10 coisas sobre os filmes do Batman com Michael Keaton que você não sabia

Por Gus Fiaux

O ano é 2023. A DC Comics está prestes a fazer seu reboot nos cinemas, filmes de super-heróis não estão mais tão lucrativos quanto costumavam ser… e por algum motivo, agora temos o Batman de Michael Keaton de volta em The Flash, um apelo à nostalgia dos fãs – prática que tem ficado cada vez mais comum no nicho, vide Homem-Aranha: Sem Volta para Casa e o vindouro Deadpool 3.

O Batman de Keaton pode até ser desconhecido para os fãs mais jovens, mas ele estrelou a popular franquia encabeçada por Tim Burton em 1989, participando de Batman, bem como sua sequência, Batman: O Retorno. E caso você não se lembre muito dos filmes, aqui reunimos 10 curiosidades que você provavelmente não sabia sobre os dois filmes do Batman com Michael Keaton!

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O ódio a Michael Keaton e o trailer não-finalizado

Se você ficou chocado ao testemunhar o tratamento dos "fãs" a Robert Pattinson quando ele foi escalado para viver o Batman, saiba que isso não é algo novo. Na década de 80, quando foi anunciado que Michael Keaton daria vida ao Cavaleiro das Trevas, muitos fãs ficaram desolados e raivosos, graças às raízes do ator na comédia.

Isso fez com que muitos pressionassem a Warner Bros. por uma troca de ator, e o estúdio não estava disposto a ouvir a minoria. Em vez disso, eles se adiantaram e lançaram uma versão não-finalizada do trailer do filme, só para acalmar os ânimos dos fãs - e como resultado, muitos ficaram bem empolgados para ver o que Tim Burton tinha a oferecer ao herói.

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Robin Williams quase foi o Coringa

Muitos se lembram com carinho do Coringa de Jack Nicholson, uma das versões mais reconhecíveis do personagem. No entanto, antes mesmo do ator assinar os papéis para viver o vilão, o papel foi oferecido a Robin Williams - mas tudo não passava de uma jogada para conseguir Nicholson, que ao descobrir que Williams aceitaria o papel, acabou assinando o contrato.

Williams ficou desolado com a notícia, tanto que se recusou a interpretar o Charada em Batman: Eternamente, lançado alguns anos depois. Na verdade, ele ficou tão irritado que decidiu não participar de nenhum filme da Warner Bros. pelos próximos anos, até que o estúdio decidiu pedir desculpa por tê-lo usado como uma forma de contratar Jack Nicholson.

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A "participação" do criador do Batman

Bem no começo de Batman de 1989, acompanhamos um jornalista que tenta investigar as ações do Homem-Morcego em Gotham City. Seu nome é Alexander Knox e ele tenta conseguir uma entrevista oficial com o departamento de polícia da cidade, mas é sempre rejeitado e tratado como uma piada.

Então, em certo ponto, um cartunista do Globo de Gotham dá ao repórter um desenho de um morcego em um terno caro, para zoar o jornalista. Muitos não sabem, mas aquele desenho em particular foi feito por ninguém menos que o próprio Bob Kane, um dos criadores do Batman ao lado de Bill Finger.

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"Eu sou o Batman"

Bem no comecinho do filme, temos uma cena memorável, na qual o Cavaleiro das Trevas luta contra um exército de criminosos, ao mesmo tempo em que mantém um deles no topo de um prédio, e pede para que ele avise os seus colegas criminosos sobre sua existência. Ao ser questionado pelo bandido sobre qual é seu nome, o herói diz: "Eu sou o Batman".

Apesar da frase ter se tornado um cartão de visitas do herói, sendo utilizada em várias produções posteriores como Batman: A Série Animada e até mesmo The Batman, do ano passado, por pouco ela não esteve no filme. A frase original era "Eu sou a Noite", mas Michael Keaton decidiu improvisar de última hora, nos garantindo esse momento icônico.

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Liberdade criativa total

Após o lançamento de Batman, a Warner decidiu investir mundos e fundos para produzir uma sequência, mas Tim Burton optou por não voltar, incomodado com a quantidade de interferência criativa do estúdio. Em troca, os executivos da Warner ofereceram a ele liberdade criativa total para o segundo filme - e se arrependeram logo em seguida.

Batman: O Retorno até hoje é tido como um dos melhores filmes do herói nos cinemas, além de ser cheio de personagens e momentos marcantes. No entanto, Burton decidiu tornar a história ainda mais sombria e violenta, o que dificultou que o estúdio conseguisse parcerias de licenciamento para brinquedos e outros produtos relacionados ao filme.

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O Robin de Marlon Wayans

Uma das primeiras ideias consideradas por Tim Burton para o segundo filme foi a inclusão do Robin. Para isso, ele queria o ator e comediante Marlon Wayans, que atualmente é bem conhecido pelos fãs brasileiros graças ao seu papel em As Branquelas. Na verdade, ele chegou a fazer um teste e foi contratado para o papel.

No entanto, durante a produção, Burton sentiu que não daria para apresentar outro personagem no filme, já que precisava desenvolver o Batman, bem como a Mulher-Gato e o Pinguim. Wayans então foi dispensado e, em 1995, quando Batman: Eternamente chegou aos cinemas, Chris O'Donnell havia sido escolhido para dar vida ao Menino-Prodígio.

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A determinação da gata

Sean Young (de Blade Runner: O Caçador de Androides) estava na lista para interpretar Vicki Vale no primeiro filme - mas acabou perdendo o papel para Kim Basinger. Então, ela decidiu que daria vida à Mulher-Gato, independente do que acontecesse - e isso acabou dando muita dor de cabeça para Tim Burton.

Young passou a ser vista em público usando uma roupa de Mulher-Gato, e chegou a ir até o programa de auditório Joan Rivers Show trajando a fantasia da personagem, tudo para demandar que o papel fosse para ela. Não só Burton desgostou das empreitadas da atriz, como todo o espetáculo manchou sua reputação por alguns anos.

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Trajes claustrofóbicos

Apesar de Batman e Batman: O Retorno trazerem visuais incríveis, a experiência não foi nada gloriosa para os atores. Michael Keaton contou que o traje do Cavaleiro das Trevas era extremamente claustrofóbico, já que ele não podia mexer sua cabeça sem que tivesse que mexer o corpo todo. E além disso, ele não conseguia ouvir muito bem quando estava com o capuz.

Já no segundo filme, quem sofreu foi Michelle Pfeiffer, que deu vida à eterna Mulher-Gato. Ela disse que o traje era muito apertado e que, toda vez que ela vestia a roupa, precisavam usar um aspirador a vácuo para que o traje caísse bem em seu corpo - e isso dificultava alguns de seus movimentos, ainda mais nas sequências de luta.

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O spin-off que nunca aconteceu...

Há uma cena ao final do filme, onde podemos ver a Mulher-Gato olhando o céu de Gotham City e observando o Bat-Sinal resplandecendo. Essa cena foi uma adição de última hora de Tim Burton, e custou muito caro para ser produzida. A ideia de Burton era justamente deixar um final aberto para a personagem.

Sua expectativa inicial é que a cena servisse como um gancho para um filme spin-off focado na Mulher-Gato de Michelle Pfeiffer, que ele mesmo iria dirigir. No entanto, como a Warner não estava disposta a dar mais liberdade criativa para o diretor, esse projeto acabou sendo cancelado - e anos depois, a Mulher-Gato ganhou seu próprio filme, estrelado por Halle Berry.

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Um terceiro Batman de Burton?

Por outro lado, Tim Burton tinha o desejo de continuar a história do Cruzado Encapuzado de Gotham City em um terceiro filme, que se chamaria Batman Continues (ou Batman Continua, em tradução livre). O longa traria Michael Keaton de volta ao papel, para enfrentar o Charada e o Duas-Caras.

Em suma, o longa teria quase o mesmo plot de Batman: Eternamente, com a adição do Robin e uma expansão de Gotham City. No entanto, a Warner não queria se comprometer com Tim Burton para outro filme, e a saída de Keaton do elenco fez com que o projeto fosse reformulado, com Joel Schumacher na direção e Val Kilmer no papel do vigilante.