DC e Marvel têm a palavra “Super-Herói” e suas derivações dividida entre as empresas. Ambas possuem em seu domínio as palavras como marcas registradas. Isso desde 1981!

Então sim, Marvel e DC dividem algo fora dos quadrinhos. Qualquer outro brinquedo, camiseta ou produto variado, com as palavras “Super” e “Herói”, juntas ou separadas, devem pagar os direitos autorais para a Marvel e DC.

Até os anos 80, a Marvel tinha várias regras estranhas. Uma delas dizia que o Wolverine não podia ser desenhado tendo pelos corporais enquanto usando seu uniforme. Porém, ele podia ter pelos sem o uniforme. Isso aconteceu porque, nas suas primeiras aparições, ele não tinha pelos. Porém, quando Dave Cockrum o desenhou sem uniforme, ele tinha vários pelos corporais.

A regra - de que quando em uniforme, Wolverine não é peludo - só foi “abolida” quando George Perez desenhou a capa de X-Men #112, onde Wolverine aparece de Uniforme, com seus característicos braços peludos.

Stan Lee disse em seu twitter, em uma grande reclamação sobre erros ortográficos nos quadrinhos, que o Homem-Aranha, Spider-Man, tinha seu nome com hífen por um simples motivo: Não ficar semelhante ao Superman, o Super-Homem.

Tecnicamente, na língua inglesa, não há nada que impeça o Spiderman de existir. Porém, Lee optou por utilizar o hífen, dando assim uma breve pausa no nome, não sendo confundido com o herói da DC. Principalmente porque ambos dividem as mesmas cores no uniforme.

Por um bom tempo, leitores que descobriam erros nos quadrinhos da Marvel recebiam um “Não-Prêmio”. Esse era um envelope vazio, que era enviado para os leitores que encontravam erros de continuidade e gramática

Nele vinha escrito: “Parabéns! Esse envelope contém um Não-Prêmio genuíno da Marvel, que você acabou de ganhar!”

O Não-Prêmio se tornou algo muito procurado por fãs e hoje é item de colecionador.

Pode parecer improvável, mas é verdade. Marvel tinha a palavra Zombie como sua marca registrada. Isso aconteceu após ela publicar a revista “Tale of the Zombie”, em 1973. Quando os direitos autorais finalmente foram aprovados, o título havia sido cancelado.

A Marvel perdeu os direitos autorais em 1996, porém ela conseguiu novamente os direitos logo em seguida. Mas, dessa vez, das palavras “Marvel Zombies”, criando um quadrinho com o mesmo nome.

O nome Robert Bruce Banner foi dado ao Hulk pois, Stan Lee, acidentalmente, escrevia “Bob Banner” ao invés de “Bruce Banner”, como o personagem havia sido originalmente introduzido. Lee, algum tempo depois, deu a ele o novo nome, para que ambos estivessem corretos.

Martin Goodman, um dos fundadores da Marvel, tentou convencer Stan Lee e Steve Ditko a não publicarem O Homem-Aranha. Ele disse a Stan Lee que a ideia era ruim e o personagem iria falhar em vendas porque os leitores não gostam de aranhas. Obviamente, ele mudou de ideia quando o lucro da primeira edição chegou na empresa.

Você pode ter ouvido falar do Pet Shop Boys -principalmente se tiver mais de 20 anos - provavelmente por “Always on my mind” e “West End Girls”. O vocalista da dupla, Neil Tennant, tinha uma carreira que não envolvia música antes de entrar nesse ramo.

Ele era um editor na Marvel UK durante os anos 70. Seu trabalho constituía basicamente em arrumar erros ortográficos ou apontar onde mulheres estavam muito sexualizadas e precisavam ser redesenhadas.

Ninguém sabe até hoje como, mas a carta de demissão de Dave Cockrum da Marvel foi publicada em Homem de Ferro #127. Na edição, o mordomo de Tony Stark, Jarvis, se demite após os diversos abusos verbais do altamente alcoolizado Stark.

Três edições depois, o escritor da revista, David Michelinie, explicou que essa não era a carta de Jarvis que ele pretendia escrever e que devido a um erro de produção, o texto publicado era a carta de demissão de Dave Cockrum e que alguém havia trocado a palavra “Marvel” por “Vingadores”.

Esta foi a carta de “Jarvis”:

“Anthony Stark,

Estou indo embora porque não há mais o espírito de equipe como “uma grande família feliz” para o qual eu amava trabalhar. Nos últimos anos eu vi a moral dos Vingadores se desintegrar ao ponto em que, ao invés de uma equipe ou família, é agora uma grande coleção de indivíduos infelizes cheios de picuinhas pessoais e reprimindo sua raiva, ressentimento e frustração. Eu vi muitos amigos sofrendo, silenciosamente, um tratamento injusto, malicioso e vingativo.

Minhas queixas pessoais são relativamente leves em comparação às de outros, mas eu não pretendo sofrer calado. Eu vi Vingadores serem separados, derrotados e trocados. E, realmente, acredito que isso foi feito com a intenção de ‘mostrar aos empregados quem é o Chefe’.

Não pretendo ficar por perto para descobrir o que vem a seguir.

Sinceramente, Jarvis”

Bill Sarnoff, chefe do setor de Comunicação da Warner, abordou Jim Shooter, redator chefe da Marvel, em 1984 sobre licenciar os direitos de publicação de todo o Universo DC para a Marvel. Sarnoff acreditava que a Marvel, que dominava o mercado na época, teria mais sucesso ao fazer quadrinhos do Batman, Superman, Mulher Maravilha e Liga da Justiça.

Jim Galton, presidente da Marvel na época, recusou a oferta de Sarnoff, dizendo que os quadrinhos não estavam vendendo porque os personagens, simplesmente, não eram bons. Ao lado você pode conferir a carta oficial de Shooter, “Eu tenho um plano. Se estiver interessado, vamos discutir sobre!” ele finaliza.

Isso é quase que uma lenda urbana. Porém, é totalmente verdade.

Michael Jackson quase comprou a Marvel no final dos anos 90, época em que a empresa estava quase declarando falência. O que poucos sabem, contudo, é que diversas reuniões foram feitas entre Marvel, Jackson e Stan Lee.

Michael Jackson queria os direitos pois, um de seus sonhos era interpretar o Homem-Aranha nos cinemas. Ainda assim, ele era um ávido fã de histórias em quadrinhos, tendo diversas ideias de como pretendia comandar a empresa.

Reza a lenda que, em uma das reuniões, ele se virou para Stan Lee e perguntou, “Se eu comprar a Marvel, você vai me ajudar a comandar ela, não é?”