10 coisas que queremos ver no filme solo do Coringa!

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10 coisas que queremos ver no filme solo do Coringa!

Por Gus Fiaux

Desde que foi anunciado, o filme solo do Coringa tem gerado controvérsias entre os fãs – e não, não estamos falando do longa protagonizado por Jared Leto, já que esse ninguém quer mesmo. Contudo, o filme possui uma série de elementos que podem torná-lo um excelente respiro entre o gênero dos super-heróis, que já anda bem carregado nos últimos anos.

Com Martin Scorsese a cargo da produção e um elenco liderado pelo excelente Joaquin Phoenix, a aventura solo do Palhaço do Crime já começou de forma brilhante, mas o filme precisa se assegurar de alguns detalhes para que possa realmente conquistar a confiança do público. E aqui estão as 10 coisas que queremos ver no longa!

Créditos: Divulgação

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Um Coringa diferente de tudo que já vimos nos cinemas!

Assim como seu principal nêmese, o Batman, o Coringa é um personagem que já teve diversas versões na TV, nos cinemas e em outras mídias fora dos quadrinhos. É um personagem tão plural que respeita à risca a tradição de sua insanidade nas HQs. E, para se provar digno de manter o legado, o filme com Joaquin Phoenix precisa apresentar um Coringa novo.

Pode até ser fácil se inspirar na atuação magistral de Heath Ledger em Batman: O Cavaleiro das Trevas, ou no visual clássico de Jack Nicholson em Batman. Mas precisamos de um Coringa que se destaque e que se mostre diferente de tudo que já vimos, como era de se esperar de um personagem tão imprevisível. Ah, e nada de tatuagens!

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Uma trama menor e mais intimista

Embora os super-heróis sejam a nova face do cinema de ação em Hollywood, não são todos que precisam de histórias voltadas para grandes batalhas épicas e que decidem o futuro da humanidade. E o mesmo vale para os super-vilões. Não queremos ver uma trama mirabolante, com um raio azul sendo disparado para o céu e nem aliens caindo do espaço.

Isso já é um ponto que nos alivia, pois segundo os produtores, teremos um filme de máfia - o que é um motivo para ficar ainda mais animado, ainda mais levando em conta que Martin Scorsese está na cadeira de produtor. Até mesmo a ação precisa ser mais moderada, e nesse caso em específico, os cineastas podem usar e abusar do realismo sombrio.

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Uma história mais adulta

Pelo que já ouvimos dos bastidores, o longa do vilão será um filme com classificação R-Rated. Isso significa que podemos esperar uma trama mais adulta, com um foco grande na violência e talvez, em sexo e drogas. Porém, não é só isso que torna um filme mais adulto. O tema do longa precisa ser maduro o suficiente para justificar essa faixa etária.

Como dito no item anterior, o longa aparentemente será um filme de máfia, mostrando a luta diária das gangues em uma cidade americana - que, pelo visto, não será Gotham City. De qualquer forma, seria interessante ver algo a nível d'O Poderoso Chefão, mostrando a crueza e o sofrimento trazido pela guerra de gângsters para os cidadãos.

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Quem quer rir da Piada Mortal?

Há poucos personagens que possuem histórias solo tão brilhantes quanto o Coringa. O vilão pode até não ter muitas, mas boa parte das graphic novels sobre ele são celebradas pelos fãs. Esse é o caso, por exemplo, de A Piada Mortal, considerada a obra máxima sobre o Palhaço do Crime - e que curiosamente, traz alguns detalhes sobre sua origem.

Por mais que não adapte a obra como um todo, até pelas implicações envolvendo outros personagens, seria interessante ver o filme de Todd Phillips se inspirando vagamente em alguns detalhes da HQ, como por exemplo seus dias como Capuz Vermelho e até mesmo o evento que transformou um criminoso qualquer no Coringa.

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Aproveitando a mitologia do Batman... mas com restrições

Sabemos que o filme será o primeiro de um selo mais adulto da DC Comics nos cinemas, e que ele deve fugir do restante do Universo Estendido da DC Comics, situando-se como uma obra mais independente. Ainda assim, não faz mal referenciar alguns personagens da mitologia do Batman nos quadrinhos, principalmente no que diz respeito aos vilões.

Não queremos ver nenhum Senhor Frio ou Bane, nem outro vilão mais "fantasioso" do Cavaleiro das Trevas, mas seria bem interessante encontrar alguns nomes clássicos dos quadrinhos, como o Pinguim ou até mesmo a Mulher-Gato, desde que em versões mais realistas e que sirvam para a história do Palhaço do Crime.

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Arlequina?

Todos conhecemos a Arlequina, principalmente devido à crescente de popularidade que a personagem tem ganhado nos últimos anos. Sabemos também que ela é uma peça importantíssima na construção do Palhaço do Crime. Mas caso o filme solo queira utilizá-la, é necessário demonstrar algumas cautelas.

A personagem precisa ser diferente da versão de Margot Robbie no Universo Estendido da DC, para passar uma sensação de independência do longa. Além disso, é melhor trabalhar outros trejeitos e até mesmo visuais para a vilã/anti-heroína. Minha sugestão seria abordá-la como Harleen Quinzel, a psiquiatra do Asilo Arkham, antes de se transformar em Arlequina.

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Nada de transformar o Coringa em um herói

Já vimos esse erro se repetir algumas vezes, e Esquadrão Suicida é um clássico exemplo disso: sempre que um filme tenta jogar o protagonismo nos vilões, há uma certa humanização forçada dos personagens para que eles possam parecer mais identificáveis com o público. E, na maior parte das vezes, isso acaba transformando-os em heróis.

Por mais que o filme seja do Coringa e ele esteja em destaque, é necessário que ele não seja visto como um herói - até porque o personagem nunca foi isso, e jamais pode ser. É importante retratar a figura crua, maligna e insana, que te mataria sem hesitar. Do contrário, os fãs ficarão revoltados, e não fará sentido escolher justamente o personagem para ter um filme solo.

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Um Cavaleiro das Trevas como antagonista - se ele estiver no filme!

Aliás, se pensarmos por esse lado, temos outra oferta importante a propor. Ainda não sabermos se o filme vai trazer o Batman, ainda mais levando em conta os diversos rumores sobre o futuro de Ben Affleck no papel e até mesmo sobre onde Matt Reeves vai situar o filme solo do herói. Mas, ele poderia estar aqui presente... como um vilão?

O Cavaleiro das Trevas em si não precisa aparecer, mas usando a ideia de O Cavaleiro Branco, uma recente HQ que distorce os papéis do Batman e do Coringa, seria interessante vê-lo como uma figura temida e "má" para os vilões, já criando a própria mitologia do Cruzado Encapuzado no universo deste filme. De qualquer forma, esperamos que a presença do herói seja ao menos sentida!

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Nada de universos compartilhados!

O filme já veio com a promessa de que será parte de um selo diferente da DC Comics nos cinemas, totalmente à parte do Universo Estendido da DC. E esperamos que essa promessa seja mantida até o fim! Todos nós gostamos de universos compartilhados nos cinemas, mas não há como negar que já estamos em um momento de saturação.

O longa do Coringa pode vir para mostrar que nem tudo precisa ser um capítulo único de uma mega franquia multibilionária com vários filmes por ano. Se conseguir se manter à parte, e ainda assim produzir um longa memorável por si só, já será o suficiente para os fãs. E nada de tentar ligar o longa ao Esquadrão Suicida e outras tragédias no cinema!

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Um Coringa digno dos quadrinhos!

Uma das coisas que mais tem deixado os fãs com a pulga atrás da orelha sobre esse filme são as diversas declarações dos envolvidos de que se trata de uma "desconstrução do personagem", o que leva muitos a crerem que o filme terá pouca relação com as HQs. Isso não significa que o filme será ruim, vide Batman: O Cavaleiro das Trevas e até mesmo Guardiões da Galáxia.

Tudo que pedimos é que o longa se mantenha fiel à essência das HQs, e que respeite os traços mais marcantes do vilão nos quadrinhos, como sua loucura e seu visual. Aliás, se considerarmos que isso se passa em um universo à parte, podemos até imaginar que o filme faça parte de um dos vários Elseworlds - ou terras alternativas - da DC nos quadrinhos.