10 coisas que queremos ver na adaptação de “As Crônicas de Nárnia” na Netflix!

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10 coisas que queremos ver na adaptação de “As Crônicas de Nárnia” na Netflix!

Por Gus Fiaux

Recentemente, fomos pegos de surpresa com a notícia de que As Crônicas de Nárnia ganharia novas adaptações pela Netflix. O mundo fantástico criado por C.S. Lewis deve invadir totalmente a plataforma de streaming, com a produção de filmes e séries, algo que com certeza vai deixar os fãs maravilhados.

Com uma mitologia riquíssima e uma história bem vasta – afinal de contas, são sete livros, dentre os quais apenas três foram adaptados no cinema -, a franquia tem tudo para florescer de forma sensacional. E pensando nisso, aqui estão 10 coisas que queremos ver na adaptação de As Crônicas de Nárnia pela Netflix!

Créditos: Divulgação

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Um recomeço

A franquia já teve seu espaço nos cinemas. A Disney começou a adaptação da saga com O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa e Príncipe Caspian, e a Fox assumiu a partir de A Viagem do Peregrino da Alvorada. Até então, acreditava-se que a Sony produziria uma espécie de "reboot", ainda que começando por A Cadeira de Prata.

Nas mãos da Netflix, agora temos a chance de ver a história sendo contada de uma forma mais "estável", com base em um único estúdio. Seria interessante, portanto, que a história fosse resetada desde o início, podendo ganhar uma nova versão, com mais profundidade que os filmes da Disney e da Fox.

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Adaptando a obra completa

Aliás, se formos pensar nesse quesito, é importante que a obra original de C.S. Lewis seja integralmente adaptada, levando em conta o quão vasta é a história contada através dos sete livros. Particularmente, seria sugerível que o primeiro livro "cronológico", O Sobrinho do Mago, fosse um filme, devido à rapidez de sua trama.

Os demais livros que fazem parte da mesma cronologia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa; Príncipe Caspian; A Viagem do Peregrino da Alvorada; A Cadeira de Prata e A Última Batalha poderiam receber, cada, uma temporada de uma série, enquanto O Cavalo e Seu Menino poderia servir como uma minissérie ou filme spin-off.

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Partindo do princípio

Aliás, já que tocamos no assunto, é importante ressaltar que O Sobrinho do Mago precisa ser o primeiro livro adaptado nessa revitalização da franquia. Basicamente, a história remonta à criação do País de Nárnia, e como se dá as primeiras viagens entre mundos de pessoas da Terra. Como se não bastasse, é também o livro que nos apresenta Aslan e a Feiticeira Branca.

Com isso em mente, um breve filme - ou até mesmo uma série, caso necessária, poderia dar conta dessa história simples e emocionante, que narra a trajetória de Digory Kirke e Polly Plummer, viajando entre realidades com anéis encantados. A partir daí, temos estabelecido o início da história dos Irmãos Pevensie em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa.

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Mitologia expansiva

No entanto, não precisa parar por aí. A mitologia de Nárnia é riquíssima, com personagens que ganharam o coração dos fãs e muitas outras histórias que não são retratadas nos livros - mas que poderiam ganhar espaço na série. Caso dê certo, a adaptação da Netflix pode começar a inserir elementos originais, dando mais conteúdo à franquia.

Algumas histórias que seriam interessantes: um retrato de como foi o governo de Nárnia nas mãos da Feiticeira Branca, ou as aventuras do Príncipe Caspian depois que os Irmãos Pevensie retornaram à Terra. Além disso, poderíamos ver ainda mais da ascensão de Tash, um deus maligno que vem para destruir tudo ao seu alcance.

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Vilões marcantes

Nos livros, As Crônicas de Nárnia possui vilões excelentes, como os já mencionados Tash e a Feiticeira Branca, além da Feiticeira Verde, que mostra suas garras em A Cadeira de Prata. No entanto, nos filmes, a única vilã que realmente se mostrou imponente foi a Feiticeira Branca, interpretada maravilhosamente por Tilda Swinton.

A adaptação da Netflix pode reverter isso, trazendo mais inimigos icônicos para a franquia, como os que foram citados - mas nunca tiveram sequer a chance de aparecer nos filmes. Além disso, podemos ter uma nova versão da Rainha Branca, dessa vez ainda mais fiel à sua representação nos livros - e ainda mais maléfica.

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Heróis complexos

Apesar dessa "fraqueza" com os vilões nos cinemas, os heróis de As Crônicas de Nárnia sempre foram figuras multifacetadas e muito complexas. Tome, por exemplo, Edmundo, que surge originalmente como um traidor de seus próprios irmãos, antes de se tornar um dos regentes de Nárnia, conhecido como O Rei Justo.

E isso vale para outros personagens, como Eustáquio ou Caspian, que têm personalidades mais ambíguas que heróis tradicionais. Esperamos que a Netflix consiga fazer jus a essas figuras, e que possa também tornar outros personagens mais complexos - fazendo justiça, por exemplo, à Susana, que até hoje gera polêmicas na série de livros.

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Um novo elenco

Quando O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa chegou aos cinemas, em 2005, o filme contava com um elenco mirim muito acertado. Todos os atores e atrizes tinham um enorme potencial, e até mesmo personagens coadjuvantes eram muito bem representados, por astros de renome como James McAvoy, Tilda Swinton e Jim Broadbent.

No entanto, agora é a hora de encontrar um novo elenco de atores e atrizes que possam interpretar os personagens com o mesmo peso que o elenco original. A sugestão principal é que, para os Irmãos Pevensie e outras crianças da saga, ainda sejam escalados atores e atrizes mais "desconhecidos", que possam ser revelações da nova franquia.

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Explorando Nárnia...

O universo de Nárnia é gigantesco, e nos cinemas, só começamos a ter uma noção real disso em A Viagem do Peregrino da Alvorada - que, ainda assim, não encantou o público e nem a crítica. Na Netflix, temos a chance de conhecer mais dos terrenos desse país encantado, desde o grande continente até as pequenas ilhas que o circundam.

Caso a história fosse trabalhada em uma série, seria interessante ver um maior dimensionamento da trama, explorando mais o espaço de Nárnia. Caso sejam filmes, é interessante que a equipe de produção consiga fazer algo razoavelmente diferente do que foi feito nos filmes da Disney e da Fox, mesmo que mantenham o mesmo sentimento de encanto e deslumbramento.

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... e o mundo além do Guarda-Roupa

Embora o mundo de Nárnia seja, de fato, deslumbrante, não podemos esquecer que a história traça paralelos importantes com o mundo real. Se analisarmos a fundo, toda a trama tem início porque os Irmãos Pevensie estão procurando um refúgio da Segunda Guerra Mundial. E esse contexto histórico precisa estar presente na adaptação.

É importante que a série (ou novos filmes) não fiquem presos apenas no fantástico mundo de Nárnia, mas que também explorem o drama do que acontece fora do guarda-roupa. Uma saída interessante seria explorar mais a história de Digory Kirke, o primeiro visitante humano de Nárnia - e o professor que abriga a Família Pevensie, muitas décadas depois.

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Efeitos visuais

Quando falamos de As Crônicas de Nárnia, estamos falando de um mundo habitado por animais falantes, criaturas mitológicas, feiticeiras e bruxas, e um leão pacífico, que governa tudo. É claro que o custo necessário para compor esse universo de uma forma realista é altíssimo - mas ainda assim, é importante que tudo seja palpável.

Mesmo com orçamento menor que as grandes produções Hollywoodianas, a nova adaptação da franquia de C.S. Lewis precisa ter efeitos visuais e práticos impecáveis, que possam recriar todo o encantamento do mundo de Nárnia, desde o local onde a história flui até as graciosas criaturas e seres mágicos que o habitam.