Um dos momentos mais desoladores da primeira temporada foi a morte de Pop, o famoso barbeiro amigo de Luke Cage. Desde então, o herói e Bobby Fish se juntaram para restaurar a barbearia, antes de chegarem à derradeira conclusão de que o local terá outra função no futuro.

Quem sabe, aqui poderia ser a nova base de operações de Luke Cage enquanto o herói ajuda pessoas no Harlem e vizinhanças. Com sorte, o espaço pode acabar se tornando, no futuro, o quartel-general dos Heróis de Aluguel ou até mesmo dos Defensores.

O grande questionamento deixado pelo final da primeira temporada é como Luke Cage irá conseguir deixar novamente a prisão. Claro, em Os Defensores nós sabemos que o herói já terá se livrado da cadeia, mas ainda assim, precisamos saber mais de como ele conseguirá limpar seu nome.

É aí que entra o Demolidor, ou melhor... Matt Murdock. O personagem foi citado diversas vezes na primeira temporada como o "amigo advogado" de Claire Temple e poderia muito bem fazer uma breve participação na série, apenas para ajudar Luke a resgatar sua dignidade.

Misty Knight é um dos grandes destaques da primeira temporada de Luke Cage. Com uma personalidade bem próxima à da heroína dos quadrinhos, ela aprendeu que o sistema não é justo e que sempre há corrupção por baixo dos panos. Dessa vez, seria interessante vê-la agindo de uma forma mais... independente.

E embora possivelmente nunca vejamos o braço biônico da heroína na série, seria uma ideia muito instigante. Além disso, como a série se passará depois de Os Defensores, seria legal vê-la se reunindo com Colleen Wing e dando início às Filhas do Dragão.

Todos nós queremos que, um dia, Luke Cage finalmente siga sua vida com Jessica Jones, como nos quadrinhos. Porém, até lá, não há mal nenhum em o personagem retomar um relacionamento deixado em aberto: o com a enfermeira Claire Temple.

Os dois estavam prestes a engatar algo novo, que foi abruptamente interrompido pela prisão de Cage na primeira temporada. Com sorte, a segunda temporada irá explorar mais desse relacionamento e os dois finalmente poderão tomar o café que tanto esperavam. Ou quem sabe, isso pode não dar certo e o herói blindado pode se voltar para uma certa investigadora particular...

A música é um dos "personagens" principais da primeira temporada da série. Seja em Bulletproof Love, canção original escrita pelo rapper Method Man ou nas apresentações constantes de artistas ao longo da temporada, os momentos mais brilhantes de Luke Cage vieram acompanhados de uma excelente trilha sonora.

E apesar da segunda temporada seguir um caminho diferente, esse elemento precisa estar presente, dando continuidade ao excelente trabalho musical da série. Gostaríamos de ver mais participação de bandas e cantores e mais soul, jazz, rap e hip-hop ao longo do próximo ano.

Embora a primeira temporada de Luke Cage seja bem elogiada por muitos, uma das maiores críticas diz respeito ao seu vilão principal, o horrendo Kid Cascavel. Cheio de diálogos caricatos, com uma interpretação controversa por parte do ator Erik LaRay Harvey e momentos nada impressionantes, o personagem teve seu final deixado em aberto, com um gancho para retorno.

Porém, o melhor a se fazer é deixar de lado essa ideia por um bom tempo. Dessa vez, é importante apresentar novas ameaças físicas a Luke Cage, sem trazer de volta seu meio-irmão psicótico. E com a confirmação de Bushmaster e Sombra da Noite, podemos ter a certeza de que novas ameaças não vão faltar.

Nos quadrinhos, Luke já foi líder de uma das formações dos Thunderbolts, um grupo de vilões renegados que faz missões para a S.H.I.E.L.D. em troca de redução de suas penas. E, embora essa equipe possa vir a ser trabalhada nos cinemas, de uma maneira bem diferente, o conceito seria interessante na série do blindado.

Seria formidável ver Cage comandando um grupo de ex-presidiários decididos a fazer o bem, ou então tentando mudar de vida de alguma forma. Isso elevaria ainda mais seu status de "herói da comunidade" - que falaremos mais para frente - e ajudaria a desenvolver mais complexidade para o personagem.

Um plot que ficou em aberto da primeira temporada diz respeito à Mariah Dillard, uma senadora corrupta e cruel, e Shades, uma figura do passado de Luke Cage. Juntos, os dois quase perderam tudo, mas no final, acabaram fazendo uma série de manipulações políticas e aplicaram o golpe supremo, levando o herói de volta à prisão.

Esse tipo de ameaça, que ataca não o físico, mas o psicológico de Cage é algo que precisa ser ainda mais trabalhado no próximo ano da série. Queremos ver Mariah e Shades dificultando ainda mais a vida de Luke, e talvez, até mesmo tendo uma conclusão final para suas tramas.

Uma das coisas que a primeira temporada de Luke Cage estabelece muito bem é como o herói blindado é um símbolo icônico para a população do Harlem. Em pouco tempo, o herói e o povo se tornam um só e ele representa com louvor o famoso bairro de Nova York.

Na segunda temporada, precisamos ver ainda mais disso, da relação entre Luke e as pessoas com quem convive. Entre todos os Defensores, o herói é o que mais dialoga com a comunidade local, quase da mesma forma que o Homem-Aranha é para a cidade, de maneira geral. E queremos ver mais dessa integração, especialmente por trazer uma ideia de realismo e cultura para a série.

Poucas duplas nos quadrinhos são tão interessantes e importantes quanto os Heróis de Aluguel. Juntos, o Punho de Ferro e o Poderoso enfrentaram diversos problemas enquanto traziam a solução para quem pudesse lhes pagar - ou, em alguns casos, até mesmo de graça.

É um conceito interessante que merece ser aplicado à segunda temporada de Luke Cage, principalmente agora que ele já terá conhecido Danny Rand em Os Defensores. Não custaria nada ver o Imortal Punho de Ferro de K'un-Lun fazendo uma participação em uns três ou quatro episódios.