10 coisas que a Marvel pode fazer para melhorar seus vilões nos cinemas!

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10 coisas que a Marvel pode fazer para melhorar seus vilões nos cinemas!

Por Gus Fiaux

Ao longo de quase uma década, o Universo Cinematográfico da Marvel definitivamente conseguiu criar um legado importante para diversos heróis da editora. O mesmo, infelizmente, não pode ser dito a respeito dos vilões, uma vez que boa parte dos antagonistas do cinema são sempre criticados.

Basta sair um novo filme e as críticas podem ovacioná-lo, mas sempre teremos espaço para alguma reclamação referente aos vilões. Nessa lista, separamos algumas coisas que o estúdio poderia fazer eventualmente para poder melhorar a qualidade de seus vilões, seguindo alguns modelos que já vimos darem certo em outros filmes, sejam de super-heróis ou não.

 

Créditos: Divulgação Marvel Studios, Netflix
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Pegando umas dicas da TV...

Embora muita gente ainda torça um pouco o nariz para o que a Marvel tem feito na televisão, é lá - e na Netflix - que o estúdio poderia encontrar os melhores exemplos possíveis para a construção de antagonistas poderosos. Séries como Demolidor, Agentes da S.H.I.E.L.D. e Jessica Jones possuem os melhores vilões do Universo Cinematográfico da Marvel.

E isso se deve ao fato de que esses personagens são desenvolvidos tanto quanto os heróis, servindo como seus iguais, e não apenas recursos narrativos necessários para uma trama de super-heróis. Se aprendesse um pouco mais com a Marvel Television, a Marvel Studios estaria salva nesse quesito.

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Chega do "Reverso do Herói"

A estrutura mais clichê possível para um filme de super-heróis é fazer com que o vilão seja apenas uma "cópia maligna" do herói. E infelizmente, o MCU faz isso aos montes. Para citar alguns filmes, podemos lembrar de Homem de Ferro, Homem de Ferro 2, Homem-Formiga, O Incrível Hulk e Doutor Estranho, entre outros.

Embora esse clichê seja inerente aos quadrinhos, ele acaba cansando, principalmente quando esses vilões nem sequer tem o mesmo nível de desenvolvimento dos super-heróis. Além disso, eles não representam muita ameaça tática para os protagonistas. Por conta disso, é melhor deixar esse conceito na geladeira por um tempo, e apresentar melhor os super-vilões com poderes e habilidades diferentes dos heróis.

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Motivações melhores

"Destruir a humanidade", "Trazer o mundo de volta para as trevas", "Adquirir todo o poder possível". São motivações que estamos cansados de ver o tempo todo em diversos filmes de super-heróis, e não apenas os do MCU. Contudo, são causas no mínimo desinteressantes, que muitas vezes sequer fazem sentido - e se você acha que fazem, tente nos explicar o plano de Malekith em *Thor: O Mundo Sombrio.

Vilões com motivações mais humanizadas, ou causas ideológicas podem ser a solução ideal para esse tipo de problema. Isso adiciona profundidade aos personagens e dá a eles um ideal pelo qual lutar, de modo que podem acabar até mesmo se vendo como heróis.

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Mais imponentes, menos caricatos

Uns amam, outros odeiam. O humor sempre foi um fator divisivo muito presente no Universo Cinematográfico da Marvel. E embora humor e diversão seja algo interessante, o problema é quando vemos isso sendo mal-utilizado, em momentos inapropriados. Vilões como Ultron, Jaqueta Amarela e Ronan acabaram sendo problemáticos por servirem às vezes como alívios cômicos em cenas completamente desnecessárias.

É importante traçar um limite definido para que esses personagens não se tornem apenas caricaturas sem desenvolvimento, e para que possam não ser reféns de estereótipos clássicos de vilões. Basta notar que os melhores vilões do MCU são justamente os que tem menos traços caricatos.

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Eles não são apenas "escadas" para o herói

Ao ver um filme de super-heróis, o público normalmente espera torcer pelo... super-herói. Porém, por conta disso, a Marvel acabou mergulhando em uma jornada controversa, na qual os vilões são subdesenvolvidos em detrimento aos heróis, e servem como uma "escada" para mostrar a evolução dos protagonistas.

Um bom vilão é aquele que ataca as fraquezas do herói, e isso precisa acontecer, mas eles também precisam de força e impulso próprios para não se tornarem apenas um recurso auxiliar da trama principal. Quando ganham sua própria trama e desenvolvimentos melhores, vemos que eles possuem mais potencial de aprofundamento e mais impacto na narrativa.

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Mortes e mais mortes

O maior problema do Universo Cinematográfico da Marvel no que diz respeito aos seus vilões é matar a grande maioria, ou então dar "fins em aberto" que nunca são resolvidos. No caso das mortes, é ainda pior, porque exclui o potencial de crescimento desses personagens e mostra que boa parte dos heróis está disposto a matar seus inimigos... mesmo que heróis geralmente não matem.

Um resultado básico aqui é não matar vilões, e dar espaço para que eles possam crescer. Isso inclusive poderia trazer mais conexão com as HQs, caso eles fossem realocados para prisões como A Balsa, a Ilha Ryker e outros.

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Unidos eles triunfarão

Afinal, se eles não conseguem derrotar seus inimigos sozinhos, talvez precisem de uma ajudinha. Claro, isso precisa ser feito com uma extrema cautela, já que filmes anteriores ao MCU, como Homem-Aranha 3 e Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado mostram que múltiplos vilões podem ser um problema, caso não sejam bem balanceados.

Contudo, reunir alguns vilões peculiares, como por exemplo Loki e Thanos, ou Mordo e Dormammu poderia ser a escolha ideal para criar ameaças mais imponentes e perigosas, que possam representar verdadeiros desafios aos super-heróis. Aliás, aproveitem que Zemo (ainda) está vivo e desenvolvam logo os Mestres do Terror.

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Crossover!

Nos quadrinhos, uma das coisas mais divertidas que a Marvel costumeiramente faz é trazer vilões de um determinado personagem e fazê-lo enfrentar outro herói. Isso faz com que o antagonista ganhe mais experiência em combate e se torne ainda mais letal, uma vez que - geralmente - os heróis não estão preparados para enfrentar inimigos que não sejam os seus clássicos.

No MCU, a única vez que vimos isso acontecer foi em Os Vingadores, já que os heróis foram forçados a enfrentar Loki, mesmo que apenas Thor soubesse como detê-lo. Caso esse recurso fosse mais utilizado, mais vilões poderiam ter suas vidas poupadas e serem mais desenvolvidos em outros filmes.

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Anjos caídos

Boa parte dos filmes da Marvel possuem vilões subdesenvolvidos por um simples motivo: não há tempo suficiente para mostrar um desenvolvimento real, já que os filmes precisam lidar com a introdução dos heróis acima da apresentação dos antagonistas. Porém, esse problema é facilmente resolvido quando conhecemos os vilões antes deles se transformarem em vilões.

Personagens como o Soldado Invernal, Loki ou até mesmo Mordo estão recebendo tantos aplausos do público justamente por terem uma construção prévia, que mostra não apenas que eles são malignos, mas também por que se tornaram assim. Além disso, seria interessante ver mais heróis virando antagonistas.

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Menos palavras, mais ação

Há uma regra muito comum utilizada no cinema: não fale, mostre. Isso significa que, sempre que puder dar ao espectador um gosto da história, opte por fazer isso visualmente, em vez de palavras. No caso do Universo Cinematográfico da Marvel, vemos isso bastante na construção dos vilões. Sempre é dito que eles mataram diversas pessoas, ou destruíram muitas coisas, mas isso não é visto pelo público.

Tome como exemplo Thanos: apresentado desde 2012, ele está sendo construído como o maior vilão da Marvel, mas todas as vezes que o vimos, sua postura mais imponente foi ameaçar Ronan e... ficar sentado em uma cadeira voadora. Queremos os vilões sendo cruéis, para que possamos ter motivos reais para odiá-los.