Antes de A Ameaça Fantasma existir, tudo o que sabíamos sobre os jedi é que eles eram guerreiros que lutavam pela paz e usavam a Força como aliada. Nada mais. Depois do filme, passamos a compreender muito melhor sua conduta, seus métodos, suas leis e sua hierarquia e até como eles combatiam quando estavam em seu auge de poder.

Foi esse filme que cunhou o termo "padawan" para os aprendizes de Jedi, mostrando que cada mestre poderia ter apenas um aprendiz, por exemplo. Também ouvimos palavras de sabedoria do sempre infalível mestre Yoda, tiradas diretamente da própria base do código Jedi.

Na trilogia clássica, a galáxia está em frangalhos, enfrentando muitos anos de uma guerra civil entre a aliança rebelde e o império. No Episódio I, vemos como ela era quando estava numa época de paz e prosperidade.

No belíssimo e agitado planeta Coruscant, na época capital da galáxia, conhecemos o senado e seus políticos. Lá também vemos de perto o templo Jedi, quartel general dos guardiões da paz, que eram numerosos e poderosos.

Nos 16 anos que separaram O Retorno de Jedi e A Ameaça Fantasma, o que manteve a saga popular na memória das pessoas foi o universo expandido, composto por quadrinhos, games e livros. E nesse filme, George Lucas reconheceu sua importância, adotando vários elementos apresentados pela primeira vez nesse material.

Coruscant, por exemplo, apareceu pela primeira vez no livro Herdeiro do Império, escrito por Timothy Zahn em 1991. O termo "Sith" também nunca tinha sido utilizado nos filmes antes e foi tirado diretamente dos livros do universo expandido, assim como sua regra de 2.

Em A Ameaça Fantasma, vemos os cavaleiros Jedi no ápice de seu poder, como o escudo invencível que protege a galáxia de todo o mal. Eles são numerosos, estão por toda parte e são respeitados e admirados por todos.

Mas mais que isso, pudemos vê-los em combate usando todo o seu poder e habilidade, tanto no uso da Força quanto nas proezas com o sabre de luz, algo que havia se perdido na época da trilogia clássica depois de seu extermínio.

O Episódio I mostrou Obi-Wan Kenobi e Anakin Skywalker ainda em começo de carreira, mas também apresentou personagens novos. Um dos melhores foi Qui-Gon Jinn, o mestre de Obi-Wan, vivido por Liam Neeson.

Mestre Qui-Gon era sábio, cauteloso e impunha respeito, mas ao mesmo tempo mostrava um lado tenro quando lidava com seu padawan e com o pequeno Anakin. Ele também tinha opiniões fortes e estava pronto para bater de frente com o conselho Jedi para defender suas próprias convicções.

Assim como Darth Vader na trilogia clássica e Kylo Ren na nova trilogia, Darth Maul estampou todos os produtos do Episódio I. E não era a toa: olhar para ele era como olhar para seu pior pesadelo tomado forma.

Apesar de não ser explorado direito no filme e de ter apenas uma linha de diálogo, Darth Maul se tornou extremamente popular, tanto que voltou a aparecer nas animações Clone Wars e Rebels, sendo essencial para o desenrolar da história.

Em 2018, voltou a aparecer nas telonas em Han Solo: Uma História Star Wars, provando que um bom vilão é difícil de se matar.

O conselho Jedi e seus mestres foram outra coisa muito bacana que A Ameaça Fantasma trouxe a Star Wars. Apresentados no filme, pudemos acompanhar as aventuras de cada um deles nos materiais do universo expandido que vieram depois.

Destaque para o mestre Mace Windu, vivido por Samuel L. Jackson, que já chamava atenção no filme e que deixou muita gente que acompanhava os livros e quadrinhos de boca aberta com seu poder e seus feitos heroicos.

Uma das melhores cenas do filme é a corrida de Pods em Tatooine, onde o jovem Anakin Skywalker encara uma competição mortal de bólidos extremamente rápidos e nem um pouco seguros em uma pista cheia de perigos e armadilhas.

Nunca mais tornamos a ver uma corrida de pods novamente, mas a cena nunca saiu da memória de quem assistiu ao filme. Era de tirar o fôlego!

Não dá para falar de Star Wars sem falar dos brinquedos baseados nos filmes, que fazem tanto sucesso que conseguem arrecadar ainda mais dinheiro que as altas bilheterias do cinema. E com o Episódio I, não foi diferente.

Só na primeira noite de vendas dos novíssimos bonecos do filme, a loja americana Toys R Us vendeu 1.25 milhões de unidades em poucas horas, algo impressionante até para os padrões de hoje.

Todo esse sucesso não foi a toa. Além e todo o hype gerado em torno do filme, os bonecos apresentavam uma nova tecnologia que permitia que eles falassem através de um chip que acompanhava cada unidade, e até que conversassem entre si!

Os jogos baseados no Episódio I também venderam horrores e divertiram os fãs de games ávidos para viver aventuras nos cenários do novo filme.

Dois deles saíram praticamente juntos com o longa: A Ameaça Fantasma, um jogo de ação e exploração com elementos de RPG, e Racer, game de corrida que colocava o jogador no assento de um piloto de Pods para encarar pistas perigosíssimas e adversários traiçoeiros.