10 clichês que os filmes de super-herói não cansam de usar!

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10 clichês que os filmes de super-herói não cansam de usar!

Por Márcio Jangarélli

Vocês sabem do que estamos falando. Aqui estão 10 clichês que os filmes de super-herói não cansam de usar! Uma dinâmica diferente é sempre bem-vinda.

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Montagem de treinamento

No cinema, os heróis não têm tempo para perder com treinamento. Quem precisa, não é verdade? Acabei de ganhar habilidades sobre-humanas de uma aranha radioativa, mas não é necessário mostrar ao público meu esforço para dominar essas habilidades. Vamos direto para a ação, afinal, a ação é o que importa.

Um pouco mais de atenção à construção dos poderes seria ótimo para os filmes de heróis. Chega de montagens engraçadinhas, com treinamentos rápidos. Podemos conhecer heróis já formados – coisa que está ficando comum – ou assistir o domínio da técnica. Alguns minutos a mais nessa parte não fariam mal.

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Vilões e o passado dos heróis

Vilões com motivações novas não podem existir dentro dos filmes de herói. Sempre tem que existir um rancor sendo nutrido por anos, uma vingança, qualquer coisa relacionada ao herói ou sua família.

Seja o Batman e todos os vilões que o assombram por seu passado – até o Coringa, que matou seus pais no filme de 89 – seja o Capitão América e o Bucky, Homem-Aranha e a família Osborn, Superman e Zod; o passado sempre retorna e isso não é uma maldição, muito menos um elogio.

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Excesso de ovos

Anos atrás, easter-eggs e referências em filmes de super-herói eram coisas mais singelas, feitos como um aceno para os fãs, que não interferia na história principal ou inundava o longa. Hoje em dia a coisa é diferente.

São tantos easter-eggs escondidos e referências pulando da tela que podem até atrapalhar a experiência do filme. Alguém não tão ligado naquela história pode não pegar algo fundamental, que foi incluso como easter-egg – só para fãs. Não que fanservice não seja legal. Mas o exagero deixa a coisa um tanto cansativa.

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O raio que liga o céu e a terra

Vamos fazer um exercício: quantos raios direcionados do céu para o planeta nós vimos nos filmes heroicos nos últimos anos? Essas ameaças globais estão cada vez mais absurdas e passadas.

Chega de raios, galera. Perigos menores também são bacanas de serem explorados e nem toda calamidade precisa ser ilustrada com um raio.

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Espelho vilanesco

Esse não é culpa do cinema, mas existem outros caminhos que os filmes poderiam usar, mas que não ligam muito. Os vilões que são opostos dos heróis sempre são as escolhas favoritas dos roteiristas.

Seja Batman x Coringa, Homem-Formiga x Jaqueta Amarela, Professor X x Magneto, etc; Com uma galeria de vilões tão vasta para todos os protagonistas, escolher algum diferente não dói e rende algo novo para o público. Que o Flash não enfrente o Flash-Reverso em seu filme solo.

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Recrutas suicidas

Polícia, exército e os capangas dos vilões não servem para nada nos filmes de super-herói – a não ser para morrer ou fazer papel de trouxa. É um tanto desrespeitoso esse efeito Stormtrooper que é aplicado nas produções.

Esse pessoal é eficiente, sabe combater o crime e não precisa servir apenas como alvo ou alívio cômico. Podem representar uma força ou ameaça fortes, seja lá em qual lado estejam.

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Dinâmica de casal

Essa é clássica. A “mocinha” tem interesse pelo protagonista tanto em sua versão civil, quanto na heroica.

A dinâmica se repete várias e várias vezes, com a moça dividida entre os dois, que na verdade são a mesma pessoa, com certa desconfiança e, em algum momento, vai acontecer o beijo do casal com o herói em seu traje.

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Destruição desenfreada

Agora não podemos mais falar apenas da destruição maciça que os heróis causam em seus filmes – que antes nunca eram solucionadas – mas também podemos citar que a nova moda é tratar as consequências dos atos heroicos. Legal a iniciativa, boas histórias saem daí, mas vamos nivelar enquanto ainda é tempo.

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Mocinha em perigo

Chega de mocinhas em perigo. Esse é um clássico dos filmes de herói que precisa parar. Não apenas por toda discussão sobre a imagem da personagem feminina, mas também por diminuir todo o sentido heroico que o protagonista constrói no filme.

O mundo está acabando, mas ele só dá tudo de si quando o amor da sua vida está em perigo. Isso é raso demais em vários sentidos.

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Mortes falsas

Para finalizar, um desabafo sobre as mortes nos filmes de herói. Uma coisa legal dos quadrinhos é que os vilões podem voltar, porque raramente acabam mortos no final dos arcos. No caso do cinema, por preço e pela magnitude de cada filme, não importa o quão bom um antagonista seja, no fim é bem possível que ele acabe morto. Algo completamente desnecessário, minando várias possibilidades.

Porém, a coisa piora no caso de mortes falsas. Morrer e voltar, fingir morte, é sim uma coisa das revistas, mas que, nos cinemas, depois da segunda vez já cansa. Outros recursos podem ser utilizados para contar uma história, que não envolvem uma reviravolta mexicana de falsos mortos.