10 atores que se recusaram a voltar para sequências e como os filmes resolveram isso

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10 atores que se recusaram a voltar para sequências e como os filmes resolveram isso

Por Jaqueline Sousa

Atenção: Alerta de Spoilers!

O que você faria se um filme que conta com a sua presença fizesse tanto sucesso em Hollywood que uma sequência fosse encomendada? A resposta parece óbvia para alguns, afinal continuar com um emprego e ainda ganhar mais fama pelo início de uma possível franquia parece ser o mundo dos sonhos na vida de um ator. Mas não é exatamente essa a realidade para muitos profissionais da indústria, seja por qual for o motivo.

Foi pensando nisso que selecionamos 10 atores que se recusaram a voltar para sequências e como as equipes envolvidas resolveram o problema!

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Natalie Portman

Para muitos fãs do Universo Cinematográfico da Marvel, a saída de Natalie Portman foi uma das mais sentidas de toda a franquia. Embora tenha retornado ao MCU como a Poderosa Thor em Thor: Amor e Trovão, o quarto filme da saga do herói vivido por Chris Hemsworth, a atriz decidiu encerrar sua participação como Jane Foster em Thor: O Mundo Sombrio (2013) por causa de uma troca de diretores.

Isso porque, a princípio, Patty Jenkins seria a responsável por dirigir a sequência, algo que era do interesse de Portman, mas as coisas acabaram tomando outro rumo e foi o diretor Alan Taylor quem assumiu o projeto. Em vista disso, quando as gravações de O Mundo Sombrio acabaram, a atriz decidiu dar adeus para a personagem até ser convencida por Taika Waititi a retornar novamente em Thor 4.

Para resolver o problema da ausência de Natalie Portman no MCU, a equipe do Marvel Studios usou uma explicação bastante simples (e com seu humor característico): Jane Foster e Thor tinham terminado seu relacionamento, por isso ela não estava mais presente.

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Neve Campbell

Neve Campbell foi a responsável por dar vida a uma das final girls mais populares do terror, a querida Sidney Prescott da franquia Pânico, mas isso não foi o suficiente para que Pânico VI contasse com sua presença. Após reprisar o papel durante cinco filmes, Campbell decidiu ficar de fora do novo longa da saga do Ghostface, que estreou em março deste ano.

O motivo para sua decisão foi por causa de divergências contratuais, e o anúncio da saída veio da própria atriz durante uma entrevista à Variety. De acordo com Neve, “o acordo apresentado não correspondia ao valor que ela trouxe para a franquia”, o que fez com que a artista optasse por não voltar no sexto filme.

A resposta para a ausência de Sidney Prescott na produção foi resolvida durante uma cena em que, depois que os ataques de um novo Ghostface começam em Nova York, Gale Weathers (Courteney Cox) diz para as irmãs Carpenter (Melissa Barrera e Jenna Ortega) que Sidney e sua família decidiram escapar dos ataques porque a final girl merecia um final feliz.

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Keanu Reeves

Keanu Reeves, o nome por trás das franquias Matrix e John Wick, também já participou do fenômeno de estrelas que se recusam a retornar para sequências. No caso dele, o problema nos bastidores foi por causa de Velocidade Máxima (1994), um filme de ação que fez um sucesso estrondoso nas bilheterias da época, onde ele interpretou um policial que precisava impedir a explosão de um ônibus.

Apesar da fama que Velocidade Máxima conquistou entre o público, isso não foi suficiente para que Keanu Reeves concordasse em voltar para a sequência quando o estúdio deu sinal verde para o projeto. Em uma entrevista ao programa Jimmy Kimmel Live!, em 2018, o ator revelou que o motivo para sua recusa foi porque ele não tinha gostado do roteiro.

No entanto, a ausência de Reeves não impediu o eventual lançamento de Velocidade Máxima 2 (1997): com o retorno de Sandra Bullock, o personagem de Keanu foi substituído por outro policial interpretado pelo ator Jason Patric e recebeu apenas uma menção na sequência que informou ao público que ele e Annie, a personagem de Bullock, tinham terminado o relacionamento, por isso ele não estava mais ali.

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Katie Holmes

Imagine a surpresa do público desavisado que viu Maggie Gyllenhaal interpretando Rachel Dawes em Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008) ao invés de Katie Holmes, a atriz que viveu a personagem inicialmente em Batman Begins (2005). Holmes, que ficou conhecida na indústria por causa de sua performance na série adolescente Dawson’s Creek, decidiu deixar a consagrada trilogia de Christopher Nolan para se dedicar a outro projeto, a comédia Loucas por Amor, Viciadas em Dinheiro (2008).

Na época, Katie sentiu que se dedicar à comédia era a melhor decisão para sua carreira, o que fez com que ela passasse o papel de Rachel Dawes adiante para evitar conflitos de agenda. Há rumores de que seu casamento com Tom Cruise pode ter influenciado a medida, mas o fato é que Holmes não se arrepende de ter recusado a oportunidade de participar da sequência.

O próprio Nolan não queria que Holmes tivesse saído do projeto, mas entendeu a decisão da atriz. A solução para o problema foi a de justamente substituí-la pela atriz Maggie Gyllenhaal, que assumiu a posição no aclamado segundo filme da trilogia.

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Crispin Glover

De Volta Para o Futuro é uma das franquias mais queridas de todos os tempos, mas o sucesso do primeiro filme, lá em 1985, não foi o bastante para que o ator Crispin Glover retornasse ao universo de ficção científica como George McFly, o pai de Marty (Michael J. Fox). Sua recusa para voltar na sequência foi motivada por desentendimentos criativos e divergências no acordo salarial, realidades que provocaram a saída de Glover da franquia.

Mas a solução para o problema não foi tão simples quanto parecia: como Crispin tinha se recusado a retornar para a sequência, a equipe contratou o ator Jeffrey Weissman e, ao invés de fazer uma simples substituição, fez com que Jeffrey interpretasse George usando próteses do rosto de Crispin, que foram utilizadas no primeiro De Volta Para o Futuro. Assim, com o apoio de efeitos visuais, eles fizeram Weissman agir e falar como Glover, uma decisão que fez com que o intérprete original de George McFly processasse o Universal Studios, a empresa responsável pelo longa, por ter usado sua imagem sem permissão.

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Robert Duvall

Lembrado por filmes como Apocalypse Now (1979) e O Juiz (2014), o ator Robert Duvall também tem os dois primeiros longas da trilogia O Poderoso Chefão em seu currículo. Na saga de Michael Corleone (Al Pacino), o artista interpretou Tom Hagen, o conselheiro e advogado da família de mafiosos, mas não é isso que acontece no terceiro capítulo da trilogia, já que o ator se recusou a retornar para a produção de Francis Ford Coppola.

No caso de Duvall, o embate aconteceu por diferenças salariais. Durante uma entrevista à CBS, em 2004, o ator afirmou que “se eles pagaram a [Al] Pacino o dobro que me pagaram, tudo bem, mas não três ou quatro vezes, que foi o que fizeram”.

Para responder às dúvidas do público sobre o sumiço de Hagen em O Poderoso Chefão 3, o filme explica que o personagem morreu em algum momento antes dos eventos narrados na conclusão da trilogia, mas não diz quando ou como. Assim, dois novos advogados assumem as responsabilidades legais da família Corleone na trama.

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Will Ferrell

A comédia é um dos grandes pilares dos gêneros narrativos, e existem alguns atores que conquistaram fama em Hollywood justamente por protagonizarem produções do tipo, como Will Ferrell. E um grande clássico de sua carreira é o filme Um Duende em Nova York (2003), o típico longa natalino para assistir com a família toda reunida.

O filme fez um sucesso tremendo na época de seu lançamento, o que logo fez com que os executivos do estúdio encomendassem uma sequência, que até chegou a ser roteirizada. Contudo, Will Ferrell se recusou a interpretar Buddy novamente, mesmo com uma oferta de US$ 29 milhões para fazer o segundo longa. O motivo? Ferrell achou que o roteiro da sequência era uma cópia barata do original, o que o impediria de promover o projeto honestamente.

A resolução para o problema foi bastante simples: após a recusa de Ferrell, o estúdio simplesmente desistiu de produzir a sequência e o filme nunca viu a luz do dia (por enquanto).

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Jim Carrey

Já que estamos falando de atores que ficaram conhecidos no gênero da comédia, nada mais justo do que falar de Jim Carrey, outro nome popular da indústria que se recusou a participar de sequências, algo que não é muito a praia dele. Um caso famoso de recusa aconteceu com o filme Todo Poderoso (2003), uma das comédias mais populares dos últimos tempos.

Com o sucesso do longa, os produtores não demoraram para apresentar a Carrey a ideia para uma sequência. Contudo, o ator não quis saber do projeto e, para não engavetar a produção, o estúdio se viu obrigado a mudar os planos: com o nome de A Volta do Todo Poderoso (2007), o filme conta com o protagonismo de Steve Carell ao invés de Carrey, mas a produção não teve o mesmo impacto que o original.

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Will Smith

Ao longo de sua carreira, Will Smith já participou de diversos blockbusters e produções populares de Hollywood. Um deles foi Independence Day (1996), aquele típico filme de invasão alienígena. A produção fez bastante sucesso na época de seu lançamento, mas só ganhou uma sequência em 2016, intitulada Independence Day: O Ressurgimento.

Se você já assistiu à sequência, certamente percebeu que Will Smith não está no filme. Isso porque o ator recusou a oportunidade de estrelar o longa para fazer Esquadrão Suicida (2016), que estava sendo produzido na mesma época de Independence Day 2. Smith decidiu seguir com sua carreira sem olhar para o passado, mas a decisão do ator não impediu o estúdio de dar sinal verde para O Ressurgimento mesmo assim. O problema é que o roteiro teve que ser reescrito após a saída de Smith e, para justificar a ausência do Capitão Steven "Steve" Hiller, o personagem de Will, a equipe decidiu que ele tinha morrido antes dos eventos narrados na sequência.

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Richard Dreyfuss

Um dos papéis mais conhecidos do ator Richard Dreyfuss é Matt Hooper, o oceanógrafo que precisa enfrentar a terrível ameaça de Tubarão (1975), um grande clássico da carreira do diretor Steven Spielberg. O longa foi – e continua sendo – um grande sucesso entre o público, contribuindo para a grande movimentação ao redor do conceito de blockbusters no cinema.

A fama de Tubarão foi tanta que, obviamente, o estúdio logo tratou de encomendar uma sequência, o Tubarão 2 (1978). A ideia era trazer os protagonistas de volta, mas Richard Dreyfuss não ficou nada contente quando soube que Steven Spielberg não seria o diretor do segundo filme. Além disso, o ator também não estava feliz com o acordo salarial oferecido, o que fez com que ele recusasse a oportunidade.

Assim, a ausência de Richard é justificada na trama, que mostra que Hooper estava em uma expedição de pesquisa na Antártica e não poderia ajudar Brody (Roy Scheider) com o novo ataque de tubarão.