A animação é ótima. Conta a história do Carl, um velhinho rabugento e seu novo amiguinho, um pequeno escoteiro chamado Russell. Tem um cachorro que fala, uma aventura, várias piadas, um final feliz. Mas então porque nós choramos com esse filme?

A sequência inicial da animação mostra a vida inteira de Carl em poucos minutos. Como ele conheceu o amor da sua vida, a Ellie, como os dois se apaixonaram, construíram a vida juntos, descobriram que não poderiam ter bebês e... ela morre.

Não existe lagrima máscula que fique presa depois dos primeiros minutos do filme.

Big Hero já começa com uma cena triste. Nós vemos o irmão do personagem principal morrer e isso já deixa todo mundo um pouco abalado. Mas a esperança de que as coisas irão ficar melhores te segura até o final. A superação do protagonista, novos amigos, uma inteligência artificial fofinha, adorável e inocente chamada Baymax .

Ele parece um mashmallow gigante cheio de amor, que é responsável por cuidar da sua saúde, o protagonista o ajusta para virar um guerreiro, mas... ele morre. Em um último sacrifício para salvar o amigo e uma cientista, ele se sacrifica pelos dois, salva o dia, acaba com o inimigo... e com os nossos corações.

Todo mundo lembra daquela cena em que o Sully tem que devolver a Boo para o mundo dos humanos, não é? Ele abre a porta para o quarto dela e a menina toda empolgada começa a mostrar os brinquedos para o monstrão azul, feliz, pulando e ele se despede, deixando ela para trás depois de um abraço apertado. E quando a menina vê o amigo desaparecer pelo armário, ela pula da cama, abre a porta e solta um "gatinho?" que partiu o coração de uma geração inteira.

A cena final da animação, quando Eve finalmente consegue trazer Wall-e de volta a vida, mas o robozinho carismático e apaixonado que viveu por tantos anos sozinho já não é mais o mesmo, é de partir o coração. O fato dele não se lembrar dos seus amores, das coisas que o motivavam mesmo quando não tinha mais ninguém por perto e do seu grande amor é de partir o coração e arrancar lágrimas.

Essa é uma daquelas cenas que você chorou na infância e chora depois de adulto também. Mufasa, o rei dos leões é traído pelo próprio irmão Scar, que planeja a morte do irmão e do sobrinho para subir ao trono. Ao invés de ajudar Mufasa, Scar o empurra para morte. E quando Simba encontra o pai, caído no chão e tenta o reanimar, sem sucesso, as lágrimas brotam mais rápido do que podemos controlar.

Na sequência do filme de Procurando Nemo, nós temos uma ideia melhor de como foi a infância de Dory, a peixe esquecida que acompanha os protagonistas nos dois filmes. Ela ganhou o coração de todo mundo que assistiu o primeiro filme, mas as cenas em que suas memórias falham são tanto divertidas quanto tristes. E quando conhecemos a história de como ela se perdeu ...caramba, é de partir ainda mais ainda o coração. Ela passou a vida vagando pelos mares, se esquecendo do que estava procurando desde o início: seus pais.

E quando ela finalmente os encontra e descobre que eles passaram anos no mesmo lugar, espalhando as conchas que ela adorava quando era criança, para que encontrasse o caminho de volta para casa, é emocionante.

Sempre que o personagem é muito animado, alto astral e divertido é um baque grande quando ele desmorona de tristeza. O pequeno Koda é o urso companheiro do protagonista Kenai, um caçador preso no corpo de um urso. E quando Kenai precisa contar a Koda que a mãe dele, quem ele está esperando se juntar a eles, depois de dias de viagem, não irá chegar, porque ele a matou... pobre ursinho.

A música ao maior estilo Disney acaba de destruir seu coração e te faz chorar como uma criança novamente.

Quando a Alegria fica presa entre em um abismo cheio das "memórias esquecidas" da Riley, junto com o amigo imaginário Bing Bong, eles precisam achar um jeito de escapar. E tem jeito melhor do que revivendo uma lembrança de quando a menina usava um carrinho de mão para voar pelo espaço? Tudo que eles precisam é de uma musiquinha... e do sacrifício do Bing Bong que é pesado demais para escapar.

O que parte ainda mais o coração, é a felicidade do amigo imaginário quando vê que a Alegria conseguiu escapar, logo antes de desaparecer.

Em uma versão de morte de pai muito parecida com a de Rei Leão, O Bom Dinossauro conseguiu tirar lágrimas do público em uma cena muito bacana entre Arlo e seu pai. Uma sequência em que mostra a cobrança, os ensinamentos e até o carinho do pai pelo pequeno dinossauro termina de uma forma trágica e traumatizante para o jovem, tirando lágrimas de quem acompanhava a sua história.

Cada vez que você assiste a cena final de Toy Story 3 milhões de cebolas são cortadas ao seu lado. É a única explicação para como as lágrimas caem sem parar dos olhos.

Durante vários anos nós acompanhamos Andy crescer junto dos seus brinquedos, provavelmente a maioria de vocês cresceu junto com Andy, tanto que quando chegou a idade dele ir para a faculdade, foi fácil se identificar com esse sentimento de ter que deixar a infância para trás e seguir outro caminho. E essa cena... essa cena...!

Eles felizes, em uma última brincadeira antes de Andy partir. Sem ter realmente uma despedida, ou lágrimas, apenas a alegria de brincar mais uma vez... caramba, não pode chorar outra vez só de lembrar, viu?!