[Crítica] – Missão: Impossível – O Acerto Final é de fato um acerto daqueles e não dá fôlego ao espectador

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[Crítica] – Missão: Impossível – O Acerto Final é de fato um acerto daqueles e não dá fôlego ao espectador

Por Felipe Zardo

Três décadas separam o início tímido de Tom Cruise como Ethan Hunt em sua primeira missão impossível ao status atual de uma das maiores franquias de ação e espionagem do cinema.

O ator, incansável, atingiu o seu ápice e é hoje conhecido como uma lenda viva nas acrobacias e cenas de ação, as quais faz questão de fazer por conta própria. Isso sem falar nas tramas mirabolantes em que seu agente secreto sempre está envolvido e que precisa recorrer a essas loucuras para resolver.

Missão: Impossível – O Acerto Final traz tudo em um nível ainda mais elevado: um Ethan mais desesperado, motivado, ágil e completamente pirado a ponto de fazer qualquer coisa para salvar o mundo de uma inteligência artificial que, se conseguir atingir seus objetivos, bye bye seres humanos.


Ficha técnica

Título: Missão Impossível: O Acerto Final

 

Direção: Christopher McQuarrie

 

Roteiro: Christopher McQuarrie, Erik Jendresen

 

Data de lançamento: 22 de maio de 2025

 

País de origem: Estados Unidos da América

 

Duração: 2h 51min

 

Sinopse: “Ethan Hunt e sua equipe da IMF embarcam em uma missão perigosa e de vingança para recuperar uma nova arma que ameaça toda a humanidade e enfrentar o maior vilão de seu passado.”

 

 

Direto de onde partiu e com muita urgência

Missão: Impossível – O Acerto de Contas nos deixou em um cliffhanger de pura agonia. Agora que Ethan ainda não tem as duas partes da chave que dão acesso ao core da Entidade no submarino Sevastopol, a missão da equipe é justamente encontrar a outra metade e embarcar para desligar de vez a tecnologia.

O problema é que, além de não terem essa metade da chave, a IMF não faz ideia de onde o submarino se acidentou anos atrás e precisam encontrá-lo de forma analógica a fim de não serem rastreados pela inteligência artificial, que no momento está focada em causar uma catástrofe mundial.

Ethan, que estava incontactável, recebe uma mensagem da presidente dos Estados Unidos (Angela Basset) que pede sua ajuda como último recurso enquanto a Entidade está prestes a tomar controle das ogivas nucleares das maiores potências mundiais. E pior: com apenas três dias de prazo.

Christopher McQuarrie sabe que a coisa está bem feia e que a narrativa precisa seguir com urgência e velocidade pois o roteiro inclui diversas variáveis que precisam ser resolvidas e desenvolvidas e, por isso, Tom Cruise não é o único correndo como o próprio filme em si é aceleradíssimo. E isso não é nada ruim.

Uma missão impossível e homenagens que se encaixam 

O Acerto Final está claramente sendo vendido como, possivelmente, a última missão de Ethan Hunt. São quase 30 anos do lançamento do primeiro filme e o agente Hunt já fez tanta coisa, já salvou o mundo tantas vezes que o roteiro se apoia em amarrar vários acontecimentos dos filmes anteriores para criar vários momentos clímax para quem se atentou ao que aconteceu nos capítulos anteriores.

Tanto Ethan quanto sua equipe se esbarram em detalhes do passado que antes concluídos e resolvidos, ainda agora fazem parte do contexto atual e apresentam tanto utilidade para o desenvolvimento da história quanto singelas homenagens ao que a franquia apresentou ao longo dos anos.

Nisso, tudo pelo que Ethan passou, lutou e recuperou se amarra em uma conclusão que ninguém esperava, o que cria uma sensação de que tudo sempre teve que acontecer daquela forma para fazer sentido.

Ação de tirar o fôlego. Literalmente.

Conhecido por não poupar um bom perigo, Tom Cruise já não está nem aí para mais nada. Pendura em avião, fica submerso por diversos minutos, enfrenta frio, explosões, muita porrada e não para um segundo sequer.

Posso, inclusive, arriscar dizer que Missão: Impossível – O Acerto Final é o filme da saga que mais aproveita os minutos que tem disponíveis, e não são poucos. Nada de muito papo e quando tem é tudo conduzido com agilidade para que a próxima cena mirabolante de ação e tensão aconteça a fim de que o espectador se veja obrigado a ficar ali sentado sem se mover ou vai perder mais uma boa sequência.

Ir ao banheiro no meio do filme? Pode esquecer. Aliás, você não vai querer. Nem vai pensar nisso.

Talvez um adeus ou nunca se sabe

O longa termina de forma aberta. Será que a IMF continuará operando? Será que mais missões impossíveis surgirão? Não saberemos. Mas o que sabemos é que a franquia atingiu um status quo referência quando se trata de espionagem e ação em Hollywood.

Missão: Impossível – O Acerto Final é definitivamente um longa que se, sua intenção for realmente concluir tudo o que já vimos desde 1996, conclui com maestria dando ao espectador o que ele quer com inteligência, velocidade e muita, mas muita ação frenética e ousada.

Por isso o filme ganha uma nota 4,5/5 da Legião!

Missão: Impossível – O Acerto Final está em cartaz nos cinemas.