Procurando Nemo: O dia em que a Disney ganhou um processo de plágio por causa da animação

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Procurando Nemo: O dia em que a Disney ganhou um processo de plágio por causa da animação

Por Jaqueline Sousa

Se você ainda era uma criança no início dos anos 2000, então provavelmente deve ter acompanhado todo o alvoroço que Procurando Nemo causou em Hollywood na época. A animação fez tanto sucesso que ela é lembrada até os dias de hoje, mesmo depois duas décadas desde seu lançamento nos cinemas. Mas você sabia que a Disney foi parar nos tribunais por causa de uma acusação de plágio envolvendo a história do peixinho Nemo?

Pouco tempo após a estreia de Procurando Nemo nas telonas, uma acusação feita por Franck Le Calvez, um escritor francês de histórias infantis, preocupou os executivos da Disney e da Pixar. De acordo com as alegações do autor, o personagem que intitula a animação da empresa do Mickey era cópia de uma criação sua, um peixe-palhaço chamado Pierrot. A figura estava em uma história chamada Pierrot, o Peixe-Palhaço (em tradução livre), publicada em 2002, que acompanha a jornada de um peixinho que tinha sido separado da família.

O caso foi levado aos tribunais, e Le Calvez reivindicava danos por violação de direitos autorais e marcas registradas. Na época, entre os apontamentos feitos pelo escritor francês, havia a exigência de que livros ou qualquer tipo de merchandising de Procurando Nemo fossem retirados de lojas francesas (via Today).

Um escritor francês processou a Disney alegando que o Nemo era plágio de uma criação sua.

A Disney, por sua vez, negou todas as acusações, mas o processo foi parar nos tribunais mesmo assim. Só que, o que parecia algo preocupante para a corporação, na verdade acabou se provando o contrário: depois do início das audiências, o tribunal decidiu que Nemo já existia muito antes do surgimento de Pierrot, e que Franck Le Calvez tinha conhecimento da existência do personagem da Disney quando criou o seu.

Em vista disso, Le Calvez foi condenado por fraude e obrigado a pagar cerca de US$ 80 mil para Disney e a Pixar por danos e honorários advocatícios (via The Globe and Mail). Assim, o que era o início de um sonho para o escritor francês, acabou se tornando um grande pesadelo logo depois.

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