Jogo brasileiro polêmico, censurado no PlayStation e Xbox por sátira política, chega ao Nintendo Switch
Jogo brasileiro polêmico, censurado no PlayStation e Xbox por sátira política, chega ao Nintendo Switch
Punhos de Repúdio enfrenta movimento anti-vacina e irrita extremistas de todo o mundo
Na última semana, Punhos de Repúdio dividiu o público ao ser lançado para o Nintendo Switch. O game brasileiro convida os jogadores a enfrentarem uma horda de cidadãos negacionistas no meio da pandemia de covid-19 de uma forma não convencional. Quem esperava jogar em outros consoles, entretanto, se deparou com uma triste notícia: Punhos de Repúdio foi censurado nas plataformas PlayStation e Xbox.
Batizado de Pulling no Punches no exterior, o jogo segue a fórmula do clássico gênero beat’em up, como Scott Pilgrim e Cadillacs and Dinosaurs, em que os jogadores enfrentam vários inimigos com socos e chutes. O problema é que os jogadores em questão usam personagens que utilizam máscaras e seguem todas as recomendações sanitárias da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os inimigos são precisamente aqueles que se recusaram a vacinar e seguir qualquer medida de isolamento social. Confira o trailer:
O jogo foi desenvolvido de forma independente pelo estúdio Braindead Broccoli e arrecadou mais de R$50 mil reais em financiamento coletivo no Catarse para execução do projeto. O valor era 10 vezes maior que a meta inicial de R$5 mil, garantindo um lançamento estendido não apenas para PC como também para todas as plataformas de console.
Entretanto, quando o jogo já estava desenvolvido e chegou a hora de lançar, o título foi recusado pela Sony e pela Microsoft por conta do conteúdo político, de acordo com os desenvolvedores. Segue abaixo o pronunciamento oficial:
Mesmo com este incidente, Punhos de Repúdio foi lançado em 10 de agosto de 2022 na Steam por R$16,90. Na última semana, no dia 25 de maio de 2023, o jogo chegou oficialmente ao Nintendo Switch.
Com a sua aguardada chegada aos consoles o game reacendeu uma imensa discussão nas redes sociais. Enquanto muitos elogiam a proposta de criticar quem trabalhou para agravar a pandemia, outros se sentem diretamente ofendidos pela existência do título e criticam a violência tão marcante neste gênero. O título recebeu ataques não só de brasileiros como também dos Estados Unidos, país onde a força do movimento anti-vacina é muito grande.
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