Japão pretende regularizar Inteligência Artificial para proteger artistas, entenda

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Japão pretende regularizar Inteligência Artificial para proteger artistas, entenda

Por Junno Sena

Escrever um texto, responder uma pergunta, elaborar uma ilustração. A tecnologia ao redor da Inteligência Artificial tem se infiltrado em diversos espaços nos últimas anos. Enquanto alguns países e empresas não sabem como lidar com a nova ferramenta, o Japão decidiu regulamentar o uso da IA e, junto, proteger legalmente artistas.

A preocupação surgiu a partir da Agência de Assuntos Culturais e o Gabinete Oficial do Japão e, de acordo com elas, estão procurando uma forma de regularizar o uso comercial da ferramenta.

Com penalidades para quem não cumprir as normas, os órgãos responsáveis pretendem dividir o uso da IA em dois tópicos. Primeiramente, como aprendizagem, em que a inteligência pode utilizar material protegido por leis de direitos autorais, mas sob propósito educacional, sendo permitido gerar novo conteúdo a partir de conteúdo já existente, porém apenas para pesquisa e educação.

O segundo tópico inclui o uso comercial. Nele, se o material utilizado para a criação da arte gerada por inteligência artificial for similar ao original, o mesmo não pode ser utilizado comercialmente. Caso for utilizado, o criador do trabalho original pode entrar com uma ação legal devido à violação de direitos autorais.

ChatGPT é uma das principais ferramentas atuais relacionadas a Inteligência Artificial

As duas propostas ainda estão sendo estudadas pelos órgãos japoneses, mas ambas marcam uma das primeiras movimentações ao redor deste campo e suas problemáticas. Atualmente, o uso de Inteligência Artificial tem preocupado diversos artistas visuais e roteiristas. 

Uma das demandas da atual Greve dos Roteiristas, por exemplo, inclui uma garantia contra IAs e o uso da mesma para escrever roteiros ou preencher lacunas em roteiros inacabados.

Entre as ferramentas de IA mais conhecidas pelo público está o ChatGPT, um assistente virtual no formado de um chatbot online que responde seu usuário imitando um conversador humano. Mesmo prometendo tornar trabalhos de escritório mais eficientes, a grande questão é que, para entregar uma resposta satisfatória, o ChatGPT utiliza informações depositadas nele que violam os direitos autorais.

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