A história do episódio de “terror” de Pokémon que foi banido nos Estados Unidos após o 11 de setembro

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A história do episódio de “terror” de Pokémon que foi banido nos Estados Unidos após o 11 de setembro

Por Gabriel Mattos

Após a conclusão de sua saga, a jornada de Ash Ketchum pelo anime de Pokémon é lembrada por seus momentos triunfais, como a conquista do Campeonato de Coroação Mundial. Porém também houveram algumas polêmicas ao longo do caminho, que levaram até ao banimento de certos episódios, como foi o caso de A Torre de Terror, que acabou ativando um gatilho coletivo nos Estados Unidos.

A trama não tem nada de muito problemático. Logo após a derrota de Ash contra a Líder de Ginásio Sabrina, dos tipos Psíquicos, o treinador procura um novo trunfo em uma torre mal-assombrada ao lado de Brock e Misty. O trio conhece um grupo de Pokémon fantasmas que adora uma boa travessura. Ash convence um Haunter a se juntar temporariamente ao seu time e o grupo parte rumo a uma revanche.

Em questão de conteúdo, o episódio não apresenta motivos para sua eventual censura. Ao contrário do que o título sugere, sequer é um episódio amedrontador. Mas devido ao seu nome evocar, acidentalmente, os ataques às Torres Gêmeas do dia 11 de setembro de 2001, a trama não foi ao ar por pelo menos cinco anos.

Não foram os fantasmas ou o formato satanista da torre que levou o episódio a ser banido.

O trágico evento criou uma paranoia generalizada na mídia estadunidense que, para combater a alusão ao terrorismo, evitou completamente qualquer coisa que pudesse ser atrelada ao incidente, como o título “Torre do Terror”. Outro episódio, Tentacool e Tentacruel, também foi banido no país por conter cenas de destruição de prédios.

A censura continuou presente enquanto o desenho foi exibido pelo canal Kids WB!. Somente em 2006, ao entrar para a grade do Boomerang, um canal irmão do Cartoon Network focado em nostalgia, que os episódios voltaram a ser exibidos normalmente. No Brasil, o banimento nunca entrou em vigor.

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