Heartsteel, KDA e mais: Entenda o universo musical da Riot Games em League of Legends

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Heartsteel, KDA e mais: Entenda o universo musical da Riot Games em League of Legends

Por Melissa de Viveiros

Ao longo dos anos, o League of Legends se consolidou não apenas como um grande sucesso da Riot Games, mas também como um dos jogos mais notáveis quando o assunto são os jogos online. Mas se engana quem acredita que o LoL acaba em Summoner’s Rift (ou Howling Abyss, se você for mais do ARAM): além de um universo muito rico, o game continua se expandindo de diversas formas, incluindo a música.

Após grandes sucessos anteriores, como o grupo virtual de K-pop K/DA, o universo musical da Riot Games está ganhando uma nova banda: Heartsteel. A primeira música da “boyband” de LoL estreou hoje, e se você ficou curioso e quer saber mais, damos mais detalhes sobre as produções da Riot Games Music neste artigo.

Como começou o universo musical de LoL?

O primeiro grupo virtual de League of Legends foi o Pentakill, que estreou em 2014 já com um álbum que contava com 8 músicas. Mas, antes da banda de Heavy Metal fazer sua estreia, o conceito já existia dentro do LoL, por meio das skins de mesmo nome – que estrearam ainda em 2010.

Foi apenas em 2014, porém, que a banda deixou de ser um universo alternativo fictício como tantas outras linhas de skins de LoL para garantir seu lugar também no mundo real. O álbum, que marcou a primeira iniciativa da Riot de criar músicas, foi intitulado Smite and Ignite, fazendo referência a dois dos feitiços de invocador do game. Em sua formação, o grupo contava com Sona, Karthus, Yorick, Mordekaiser e Olaf, posteriormente adicionando Kayle. Mas, fora dos personagens do jogo, uma equipe de designers de som, compositores e músicos da Riot Games se aliou a nomes respeitados do metal, como Tommy Lee, Danny Lohner, que foi parte do Nine Inch Nails, e Noora Louhimo, vocalista da banda finlandesa Battle Beast.

Mortal Reminder, animação em CGI lançada em 2017 para divulgar o segundo álbum do grupo, Grasp of the Undying, atraiu mais de 3 milhões de visualizações em menos de dois dias (via The Guardian), demonstrando o sucesso que o universo musical de League of Legends poderia alcançar. Mas foi só no ano seguinte, em 2018, que a Riot Games Music estourou de vez com a estreia do grupo de K-pop K/DA.

Dentro do universo, Ahri, Kai’sa, Evelynn e Akali formam o grupo, enquanto no mundo real a Riot colaborou com artistas do grupo coreano (G)-Idle e as cantoras e liricistas Jaira Burns e Madison Beer. O vídeo do single de estreia, Pop/Stars, viralizou no YouTube, ultrapassando 100 milhões de visualizações em um mês, além da canção chegar ao topo das vendas da Billboard. Em 2022, a música recebeu um disco de platina, tornando K/DA e (G)-Idle os primeiros grupos femininos de K-pop a conquistarem esse feito.

Logo fica claro que, por mais que sejam grupos virtuais, as bandas da Riot Games alcançaram sucesso e tiveram grande impacto no meio da música. Não é à toa que K/DA ganhou um EP em 2020, nem que Pentakill lançou um terceiro álbum em 2021. E, além disso, o selo musical da desenvolvedora de jogos criou um terceiro grupo em 2019, o True Damage – que conta com nomes como Becky G, Keke Palmer, Thutmose, e o retorno da Soyeon do (G)-Idle no papel de Akali. A skin lendária dessa leva, que foi feita para o personagem Ekko, ganhou até uma localização especial, com o rapper Emicida fazendo a voz do campeão na versão em português do Brasil.

Agora, chegou a vez do quarto grupo da Riot fazer sua estreia. Chamado de Heartsteel, o grupo masculino tem seis integrantes (Sett, K’Sante, Yone, Kayn, Aphelios e Ezreal), além de retomar a tradição das parcerias com nomes da indústria da música. Desta vez, Baekhyun, do EXO, ØZI, Tobi Lou e Cal Scruby são os colaboradores, fazendo sua estreia com o single PARANOIA.

Como o universo compartilhado funciona?

Akali é parte do K/DA e do True Damage.

Apesar de não contar com história dentro do MOBA com a exceção de algumas interações especiais, o League of Legends conta com um universo muito rico e heróis cheios de personalidade. Mas, para além da história principal, a Riot explora universos alternativos por meio de suas linhas de skins – o que é o caso com as skins do universo da “Riot Records”.

Basicamente essas são versões modernizadas dos campeões de LoL, transformados em estrelas da música. Cada um tem sua história adaptada ao mundo real ao invés de Runeterra, e todos esses grupos existem dentro de um mesmo universo compartilhado.

Assim, todas as skins musicais do game representam campeões nesse mundo. O Pentakill, por exemplo, já foi referenciado em material promocional de K/DA relacionado à Evelynn, enquanto a Akali, também do K/DA, é uma das formadoras do True Damage. O Heartsteel não é exceção, e no material de divulgação do grupo, tanto K/DA quanto Pentakill também foram referenciados. Até mesmo skins mais “isoladas”, como a DJ Sona e Ahri Estrela do Pop, fazem parte dessa mesma história, sendo parte da “carreira” das personagens nesse cenário.

Além de ser um universo alternativo de LoL, esse mundo musical é inspirado pelo mundo real, dando origens reais aos personagens. Ahri e Akali, por exemplo, são coreanas, enquanto Qiyana é de origem latina. As artes promocionais também não perdem a chance de explorar isso, colocando os campeões em locais e eventos reais, como o Coachella, um dos mais famosos festivais de música do mundo.

Kai’sa, Akali, Qiyana e Ahri foram colocadas em festa do Coachella por meio de arte promocional da Riot.

Ainda que não exista uma história em comum sendo desenvolvida com todos esses personagens, o que acontece é que eles basicamente existem no mesmo universo. Com isso, referências e interações acontecem vez ou outra, e a expectativa é de que isso continue a aumentar conforme a Riot expande seu selo musical.

Bandas fictícias com performances reais

Giants, Pop/Stars, Mortal Reminder, e agora também PARANOIA, são apenas alguns exemplos de como a Riot expande sua criação para muito além dos visuais vendidos em League of Legends, atingindo até mesmo um público que não tem familiaridade com o MOBA. Essa, porém, não é a única forma que a empresa apresenta suas criações no mundo da música, e alguns desses grupos já realizaram shows “ao vivo”.

Por se tratar de bandas virtuais, é claro que as apresentações ocorreram no meio digital ou por meio de realidade aumentada, mas tanto Pentakill quanto K/DA tiveram a oportunidade de estrelar eventos do tipo. Agora, a expectativa é de que Heartsteel siga pelo mesmo caminho, talvez roubando os holofotes durante os tradicionais shows que ocorrem no Worlds, campeonato mundial de LoL. Mas, enquanto isso não acontece, os jogadores podem conferir as detalhes sobre as novas skins, que tem previsão de entrar no servidor de testes do game esta semana.

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