Disney+ anuncia remoção de conteúdos após registrar queda de assinantes pelo segundo trimestre seguido

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Disney+ anuncia remoção de conteúdos após registrar queda de assinantes pelo segundo trimestre seguido

Por Gabriel Mattos

Após saturar o mercado com um excesso de opções, as empresas de streaming começam a sentir os efeitos colaterais de um modelo de negócio imprudente. Seguindo os mesmos passos da Netflix, a Disney divulgou uma nova queda de 4 milhões de assinaturas no Disney+ no primeiro trimestre de 2023(via Variety). Em um relatório financeiro, executivos anunciaram duas estratégias para reverter esses números: a redução da produção de novos conteúdos e a remoção de conteúdos existentes da plataforma (via Indie Wire).

Este é o segundo trimestre consecutivo que a plataforma registra um declínio, o que obrigou Bob Iger, recém nomeado CEO da empresa, a traçar um drástico plano de contenção. De acordo com o presidente, a empresa deve mudar o modelo de negócio no streaming — que focava na quantidade de conteúdo disponível na plataforma para um formato que priorize receita gerada por este conteúdo.

Na prática, isto significa investir apenas em conteúdo com um retorno financeiro garantido, como nas marcas Princesas, Marvel e Star Wars. Ao longo do ano, a empresa já cancelou séries desconectadas de seus principais produtos, como Virando o Jogo dos Campeões. E de acordo com o ComicBook Report, há uma movimentação para que a LucasFilm não se aventure longe de Star Wars no futuro próximo, o que teria levado ao engavetamento de uma série de Indiana Jones.

Filme de Indiana Jones poderia dar origem a uma série derivada. (Reprodução: Disney)

Segundo o executivo, a estratégia visa também reduzir os gastos com marketing. “Quando você faz muito conteúdo, tudo precisa ser divulgado. Você acaba gastando muito dinheiro em divulgação que não vão ter um impacto no fim das contas, exceto negativamente devido aos custos da divulgação,” explica.

Christine McCarthy, a chefe executiva de finanças, explica que outra medida de contenção de custos será a remoção de conteúdos existentes da plataforma, como forma de reduzir os gastos da empresa com impostos. A executiva não entrou em detalhes sobre quais produções devem deixar o catálogo do streaming, mas a empresa espera economizar até 1,8 bilhão de dólares até o final do ano.

A notícia vem logo depois do anúncio que os conteúdos do Hulu devem integrar o aplicativo do Disney+ ainda este ano nos Estados Unidos, o que deve ser utilizado para mascarar o declínio na entrega de conteúdo pela marca. Será que esse arriscado plano vai aumentar o número de assinantes? Não deixe de comentar!

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