Diablo IV: Entenda como o novo game se encaixa na franquia infernal da Blizzard

Capa da Publicação

Diablo IV: Entenda como o novo game se encaixa na franquia infernal da Blizzard

Por Márcio Jangarélli

O novo capítulo da franquia mais diabólica da Blizzard chegou; Diablo IV já está disponível para PC, Xbox One, Xbox Series S/X, PlayStation 4 e 5, trazendo a palavra de Lilith para todos os mal-aventurados. Porém, você sabe como esse jogo se encaixa no lore da saga?

Responder essa questão é complexo, visto todas as reviravoltas da história de Diablo. Mas não se preocupe! Para voltarmos para Santuário bem informados, resolvi mergulhar fundo no fogo ardente e tentar resumir tudo que você precisa saber antes de começar o novo jogo.

Essa jornada não é para os de pouca fé ou de coração fraco. A Mãe de Santuário te chama!

Em que momento Diablo IV se passa?

Lilith, a Filha do Ódio, é o ponto central de Diablo IV (Créditos: Blizzard/Divulgação)

Antes de tudo, é importante entender em que momento da linha do tempo de Diablo o novo game se passa.

O retorno de Lilith acontece cerca de 73 anos depois dos eventos de Diablo I, quando os heróis lutam para liberar a cidade de Tristram de Diablo, o Senhor do Medo. A partir deste evento, as passagens de tempo entre games foram consideravelmente curtas, então esse é o maior salto temporal da saga até então.

Já dos eventos de Diablo III, quando Diablo lança um ataque direto ao Paraíso e, na DLC, o anjo caído Malthael devasta parte da humanidade, temos um espaço de 50 anos até o renascimento de Lilith.

Assim, Diablo IV traz uma nova geração de heróis que tentam sobreviver nesse mundo parcialmente destruído. É por isso também que o novo game é mais amigável para iniciantes na franquia, visto que é um ponto inicial para algo maior.

Lilith e Inarius

A junção entre Paraíso e Inferno foi o que gerou Santuário e a humanidade (Créditos: Blizzard/Divulgação)

No entanto, a aventura de Diablo IV nasceu muito, muito antes até do que o primeiro jogo da série. Neste game, descobrimos mais sobre a criação de Santuário e da humanidade através da história de Lilith, a Filha do Ódio, e Inarius, o Pai.

Desde os primórdios, o universo de Diablo é assolado por uma guerra colossal entre o Paraíso e o Inferno Ardente: este é o Conflito Eterno. Anjos e demônios estavam em busca de controle sobre a Pedra do Mundo, um artefato de poder infinito, capaz de moldar a própria realidade.

Inarius e Lilith se conheceram durante a guerra e se aproximaram por dividir um objetivo em comum: o anjo e a filha de Mephisto buscavam escapar do Conflito Eterno, depois de infindáveis anos participando da batalha sem sentido de seus superiores.

Os dois não viam mais lógica no conflito, possuíam seguidores de ambos reinos que concordavam com seu ideal e acabaram se apaixonando, partindo juntos em busca de um refúgio da guerra.

A criação de Santuário

Inarius e Lilith são conhecidos como Pai e Mãe de Santuário, além de terem gerado o primeiro dos nephalem (Créditos: Blizzard/Divulgação)

Santuário, então, surge com o objetivo que seu nome sugere: um abrigo para aqueles, sejam anjos ou demônios, dispostos a abandonar o Conflito Eterno. Lilith e Inarius usam a Pedra do Mundo para criar essa nova dimensão e escondê-la do Paraíso e do Inferno.

Lá, através do barro e do sangue do casal, os dois criam o primeiro nephalem, os ancestrais da humanidade. Os seguidores de Lilith e Inarius imitam seus passos e, assim, Santuário e uma nova raça nascem, invisíveis aos Arcanjos e aos Males Infernais, governados por um conselho formado por anjos e demônios.

O potencial nephalem

Mesmo os guerreiros acima, heróis de Diablo IV, são descendentes dos nephalem, os filhos de Lilith (Créditos: Blizzard/Divulgação)

Como sabemos, Santuário não permanece em paz por muito tempo. O principal conflito desse novo mundo surge quando o conselho descobre o potencial dos nephalem.

Os Nephalem eram poderosos, imortais, imunes a doenças, possuíam livre arbítrio e sua existência ameaçava a harmonia de poder no universo. Inarius viu nesses seres uma ameaça que poderia superar anjos e demônios. Sua presença também logo atrairia a atenção do Paraíso e do Inferno para Santuário, envolvendo esse mundo no Conflito. Lilith, porém, viu algo mais em seus filhos.

Lilith viu no poder e liberdade de seus filhos a chance de parar de se esconder, virar o jogo e extinguir o Conflito Eterno de uma vez por todas. É assim que acontece a cisão entre Inarius e Lilith, cada um buscando um futuro diferente para os nephalem e Santuário.

Banimentos e retornos

Inarius ficou encarcerado no Inferno por muito tempo, aos cuidados de Mephisto, pai de Lilith (Créditos: Blizzard/Divulgação)

A discussão do conselho de Santuário sobre a ameaça dos nephalem pendia para o genocídio da raça. Inarius, por sua vez, partiu em busca de uma solução diferente. Já Lilith se enfureceu com a possibilidade do massacre de seus filhos.

A filha do ódio, então, inicia um ataque contra aqueles que defendem a extinção dos nephalem. Em sua fúria, ela aniquila anjos e demônios, sem distinção, até o retorno de Inarius. Por fim, os dois se enfrentam e Lilith perde, sendo banida para o Vazio, quando o anjo se viu incapaz de matá-la.

Após o banimento, Inarius decide alterar a Pedra do Mundo, que constitui Santuário, reescrevendo a evolução dos nephalem, fazendo com que percam seus poderes com o passar do tempo, eliminando seu potencial grandioso. É assim que os filhos de anjos e demônios lentamente se transformam na raça humana.

Claro, o banimento apenas parou Lilith por algum tempo. Ao longo dos anos, a Primeira Mãe tentou voltar, de novo e de novo, mas seus planos nunca se cumpriram. Ela até ajudou Diablo, em certo momento, quando os Males Infernais já estavam em Santuário, e você pode enfrentar uma outra versão dela em Diablo II.

Enquanto isso, Inarius teve de lidar com problemas graves, seja a revolta dos nephalem, enraivecidos pela mudança na Pedra do Mundo, a chegada do Inferno e do Paraíso em Santuário ou as tentativas de retorno de Lilith. Em certo ponto, ele foi aprisionado por Mephisto e passou séculos sendo torturado no Reino do Ódio.

A Primeira Mãe retorna

O renascimento de Lilith vem pelas mãos de Elias, através do sacrifício de três mercenários (Créditos: Blizzard/Divulgação)

Mesmo banida por muito, muito tempo, Lilith nunca foi esquecida. Dos nephalem aos humanos, a lenda d’A Primeira Mãe perdurou e seu retorno foi profetizado por Rathma, o Primeiro Necromante, um de seus filhos com Inarius. 

Décadas após a queda de Tristram e dos eventos com Malthael, em Diablo I e III, consecutivamente, o misterioso Elias conseguiu invocar Lilith de volta a Santuário, iniciando a cruzada da Filha do Ódio por vingança e… algo mais.

Inarius, depois de escapar do Inferno, também retornou a Santuário, revivendo sua antiga igreja, a Catedral da Luz. A profecia de Rathma implica que seu confronto final com Lilith é inevitável, preparando o palco para a jornada de Diablo IV.

Se você quiser descobrir quais são os planos de Lilith, Inarius e como o Viajante (seu herói) se encaixa nisso, Diablo IV já está disponível! As portas do inferno estão abertas no PC, Xbox One, Xbox Series S/X, PlayStation 4 e 5.

Veja também: