Bob Iger, CEO da Disney, diz que Disney+ prejudicou a Marvel Studios e a Pixar

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Bob Iger, CEO da Disney, diz que Disney+ prejudicou a Marvel Studios e a Pixar

Por Jaqueline Sousa

Na visão de Bob Iger, o atual CEO da Disney, a culpa pelos problemas financeiros e dificuldades criativas que a Pixar e a Marvel Studios vem enfrentando nos últimos anos é culpa do Disney+, o serviço de streaming da empresa do Mickey. A declaração foi feita em uma entrevista ao The Wrap, onde Iger afirmou que o foco em lançamentos na plataforma “tirou a atenção” das produções cinematográficas.

No caso do estúdio que popularizou o MCU, o CEO da Disney apontou que as tentativas da empresa para tornar suas produções televisivas tão relevantes quanto os filmes não vem sendo tão satisfatório, o que contribuiu para tais problemáticas:

“Eles [Marvel Studios] não estão na indústria televisiva em nenhum nível relevante. Eles não apenas aumentaram a produção de filmes, mas acabaram produzindo uma leva de séries de TV e, francamente, isso diluiu o foco e a atenção. Isso é, a meu ver, a causa de tudo isso.”

CEO da Disney acredita que lançamentos do Marvel Studios no Disney+ está tirando o foco do MCU.

Já em relação às dificuldades apresentadas pela Pixar nos últimos anos, Iger acredita que o prejuízo começou a tomar forma durante a crise pandêmica, quando as animações do estúdio começaram a chegar diretamente no Disney+ sem passar por um lançamento cinematográfico inicialmente.

“Houve três lançamentos consecutivos da Pixar que foram para o streaming, em parte por causa do Covid-19”, Bob Iger disse ao The Wrap. “Acho que isso pode ter criado uma expectativa no público de que eles eventualmente estarão no streaming de um jeito rápido, e não haveria urgência. Além disso, acho que tiveram algumas falhas criativas também.”

Pixar enfrenta desafios para conseguir chamar atenção do público com suas animações.

O CEO da Disney também comentou sobre como enxerga o cenário cinematográfico da atualidade, principalmente após a crise pandêmica e a forte disseminação dos serviços de streaming entre o público. Segundo Iger, os estúdios “ainda não encontraram uma maneira de monetizar as janelas de exibição de suas produções”, já que a grande maioria continua “muito ansiosos para voltar ao que era antes”.

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