The Callisto Protocol: Glauco Longhi, diretor de personagem, fala sobre a violência e gore do game

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The Callisto Protocol: Glauco Longhi, diretor de personagem, fala sobre a violência e gore do game

Por Chris Rantin

The Callisto Protocol, o novo jogo de terror sideral de Glen Schofield, o co-criador do aclamado Dead Space, tem chamado a atenção antes mesmo do seu lançamento. Prometendo muito gore e violência, o game conta com o brasileiro Glauco Longhi como diretor de personagem que, em uma entrevista para a Legião dos Heróis, falou um pouco mais sobre como foi trabalhar o horror espacial e o gore neste projeto. 

Em uma conversa com Fernando Maidana, Longhi reforça que “o videogame permite explorar o entretenimento de uma maneira que o cinema não consegue”, uma vez que permite uma imersão muito maior na história.

“De certa forma, você está preso ao personagem principal. Então você vive aquela história, vivencia aqueles momentos. E se a gente consegue entrar na tua cabeça, a gente manipula isso com sustos, com recursos visuais. Sem contar a duração muito maior,” explica.

Diferente de Dead Space, em que as mortes ficam cada vez mais grotescas, The Callisto Protocol tenta apostar para um caminho mais realista — ainda que use do gore e do terror quando isso faz sentido dentro da trama:

“A gente está mirando em algo que seja mais real, mas é claro que acabamos tendo um pouco de diversão nas maneiras de matar o jogador,” brinca Longhi. “E na maneira que mata os inimigos também! Tem várias maneiras divertidas e interessantes. Quanto ao terror, ele participa de diversas formas. O gore, a atmosfera, o susto, são ferramentas que temos em nossas mãos pra tornar aquela experiência divertida pro jogador. Nós não colocamos um desmembramento, porque queremos um jogo mais gore. Ele ocorre de maneira ‘natural’, como consequência das ações dentro do jogo. Eu acho que tem um pouco de tudo e espero que esteja na proporção correta.”

Uma das grotescas criaturas do game

Ao comentar sobre a maneira que o design de personagem vai evoluindo conforme o jogo é desenvolvido, Longhi conta que há sempre um objetivo por trás das criações:

“Alguns são concebidos antes e são introduzidos porque já tem um visual interessante, outros são desenvolvidos conforme observamos o ambiente. Então nós olhamos o que a narrativa demanda: ‘Preciso que tal personagem tenha determinado comportamento, ele precisa se deformar, por exemplo.’ Então pensamos em um visual que faça sentido pra que ele se comporte daquela maneira. Várias criaturas mudaram de visual durante o jogo. ‘Coloca mais um braço, deixa ele mais grotesco, coloca ele babando'”

Questionado sobre por qual motivo sempre vemos tentáculos em obras espaciais, Longhi defende que a resposta está na diferença anatômica que causa desconforto.

“É uma coisa interessante do terror espacial. Acho que essa coisa do tentáculo, da cauda, traz um movimento diferente. É algo fluido, mas muito diferente do que um humano faria. Então misturar a anatomia humana com tentáculos traz um pouco dessa coisa caótica, grotesca e desconfortável.”

Confira a entrevista abaixo:

The Callisto Protocol tem lançamento marcado para 2 de Dezembro, disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Series S e X e PC.

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