Preview: Testamos Street Fighter 6, próximo título da franquia de luta da Capcom, na BGS

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Preview: Testamos Street Fighter 6, próximo título da franquia de luta da Capcom, na BGS

Por Melissa de Viveiros

Street Fighter 6 é o próximo título da franquia da Capcom, e apesar de não contar com data de lançamento confirmada, parece cada vez mais próximo de seu lançamento. O game não só teve um teste beta fechado recentemente como foi um dos títulos inéditos a marcar presença na edição de 2022 da Brasil Game Show

A Legião dos Heróis teve a oportunidade de conferir o jogo em primeira mão em ambas as prévias, e contamos mais sobre a experiência neste artigo. 

Uma identidade nova

Estilo super colorido é uma das coisas que chama a atenção no novo game. (Reprodução: Capcom)

Quem conferiu o material divulgado do game até o momento já deve ter percebido que o sexto título da franquia está investindo em uma identidade visual bem diferente de seus antecessores. O novo game é marcado por cores fortes e vivas, inclusive em alguns golpes, que contribuem para um visual muito interessante – mas isso não é tudo que mudou para construir a nova identidade do jogo.

A primeira coisa que fica óbvia é que Street Fighter 6 é cheio de personalidade, e busca se apresentar com uma estética mais moderna que seus antecessores. Os visuais atualizados de personagens clássicos, como Chun-Li, Ryu e Ken destacam isso, mas também contribuem para caracterizá-los, seja com a roupa de inspiração mais classicamente chinesa da lutadora ou o visual “largado” de Ken, que ainda assim o diferencia muito de Ryu.

A trilha sonora é outro elemento marcante nesse quesito. Ao invés de simplesmente reutilizar músicas icônicas, o game cria uma nova trilha sonora com uma influência notável do hip hop, rap, além de utilizar instrumentos e influências vindos dos países de cada lutador.

No geral, a inspiração na “cultura de rua” é o que mais se destaca, seja na trilha sonora ou no visual. O grafite tem presença marcante no geral e em momentos específicos (como por meio da nova lutadora, Kimberly). O clima é muito mais urbano, mas isso tudo é colocado sem deixar de lado as origens e inspirações vindas da base da franquia.

Jogabilidade para os veteranos e novatos

Novo jogo promete encontrar um meio-termo para agradar aos veteranos e novatos. (Reprodução: Capcom)

Em geral, os jogos de luta são conhecidos por não serem muito amigáveis com os novatos, o que leva muita gente a ficar frustrada e desistir de certos games. Isso é ainda mais notável quando se trata de franquias muito tradicionais, como é o caso de Street Fighter. Dessa vez, no entanto, a Capcom trouxe uma solução para o problema por meio de seus controles modernos.

Falando como alguém sem grande contato com o gênero e que achava Street Fighter 5 muito difícil, a experiência foi completamente diferente com o novo game. Na prática, o que os controles modernos fazem é simplificar o número de botões necessários para jogar. Isso significa que o jogador tem menos controle em relação a qual ataque específico será utilizado, não podendo escolher entre um chute forte ou um soco forte, por exemplo. Ao mesmo tempo, isso diminui a quantidade de botões e gerenciamento necessário para jogar por parte de quem não conhece o game.

Qualidade nas expressões também é destaque, e aparece durante o carregamento das partidas. (Reprodução: Capcom)

Os ataques especiais também passam a ficar em um botão específico, variando de acordo com a direção para a qual o analógico de movimento aponta — algo bem semelhante ao sistema usado em Super Smash Bros. Desse modo, não é preciso lembrar sequências difíceis ou executar comandos em uma ordem exata para fazer os ataques mais legais

Outro elemento de jogabilidade que auxilia os novatos é o Drive Meter, uma nova barra que permite a utilização de “Drive Impact”. Além de ataques poderosos, essa barra quando cheia faz com que o jogador possa usar a função de parry (bloquear e contra-atacar) sem precisar acertar exatamente o momento de um ataque adversário, consumindo a barra com isso.

Para os jogadores antigos, controles menos precisos podem ser algo negativo, mas para os novatos essas são mudanças muito bem-vindas. É mais simples só pegar o jogo e de fato jogar, o que torna tudo mais divertido – mesmo quando você enfrenta aquele amigo que joga bem, algo que afirmo por experiência própria.  Isso deixa o novo Street Fighter bem mais inclusivo para quem tem dificuldades com o gênero, os controles, ou alguma questão em geral que dificulta a realização de comandos precisos, permitindo que muito mais gente aproveite tudo que o game oferece.

O veredito baseado na prévia é de que Street Fighter 6 promete receber de braços abertos jogadores novos e antigos, honrando sua base tradicional enquanto moderniza tudo, dos visuais aos controles. Em uma franquia com grande trajetória, o ar de novidade é bem-vindo, principalmente por conseguir trazer elementos interessantes e buscar um caminho novo sem renegar suas raízes. Para os fãs de luta, o game promete ser imperdível — mas, para quem não tem contato com o tipo de jogo, esta também promete ser uma ótima porta de entrada para a franquia.

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