Preview: Em Park Beyond, construir um parque de diversões é a principal atração

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Preview: Em Park Beyond, construir um parque de diversões é a principal atração

Por Melissa de Viveiros

Um gênero de jogos que nunca perde completamente seu espaço são os simuladores. Entre os que buscam, de fato, mais simulação, como Flight Simulator, ou os absurdos, como Goat Simulator, há inúmeras opções, com um subgênero inteiro voltado para a construção e gerenciamento – seja de cidades, de hospitais, ou de parques de diversão, como é o caso de Park Beyond.

O Detonado!, vertente de jogos da Legião, teve a oportunidade de conferir a primeira missão do jogo da Limbic Entertainment publicado pela Bandai Namco Entertainment. E, apesar de ainda estar há algum tempo de seu lançamento, o jogo já promete horas de entretenimento para quem gosta de soltar a criatividade.

Ficha Técnica

Título: Park Beyond

 

Desenvolvedora: Limbic Entertainment

 

Distribuidora: Bandai Namco Entertainment

 

Gênero: Simulação, Gerenciamento, Construção

 

Plataformas: PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC

 

Lançamento: 2023

 

Tradução para o Português: Sim — apenas legendas

Impossificando os simuladores

Blaize é a personagem que mais participa da missão inicial do game. (Reprodução: Limbic Entertainment/Bandai Namco)

A premissa de Park Beyond parece bem simples, e remete a jogos anteriores do mesmo tipo, como a franquia RollerCoaster Tycoon ou Planet Coaster. A diferença, aqui, é que mais que um “gerenciador”, o jogador é colocado em um papel criativo, sendo responsável por sonhar com coisas incríveis e liberar a criatividade em seu papel no parque.

Assim, mais que construir, será preciso apresentar propostas de como resolver problemas antes de entrar em ação. Para isso, o game conta também com um elenco de personagens de apoio, cada um com suas responsabilidades e perspectivas, sejam eles responsáveis pela parte financeira, mais “pé no chão”, ou te incentivando sempre a ousar cada vez mais.

Os personagens em si tem designs bem simples, e não se destacam por seu visual, nem por suas expressões, que deixam um pouco a desejar. Mesmo em personalidade, os poucos que aparecem não tem muito a oferecer – o que gera certa preocupação em relação às promessas de que o game terá uma campanha muito focada em história, que por si só parece pouco interessante considerando o gênero do jogo.

Campanha focada em história e personagens pouco memoráveis são um dos pontos que geram preocupação sobre o game. (Reprodução: Limbic Entertainment/Bandai Namco)

Na prática, a primeira missão do game é apenas uma introdução ao que promete ser um de seus maiores elementos: a construção de montanhas-russas. O jogo acerta ao já te colocar com a mão na massa, mesmo que para introduzir funcionalidades e conceitos que devem ser explorados com mais liberdade depois.

Ainda assim, é possível se divertir por horas simplesmente construindo uma montanha-russa. É divertido tentar criar reviravoltas malucas e usar recursos como canhões e rampas, algo que se torna ainda mais desafiador de fazer funcionar corretamente, já que é preciso levar em consideração tanto a velocidade quanto a possibilidade de descarrilhamento. 

Mesmo que a missão inicial seja limitada pelo cenário da cidade (que, de certo modo, deixa a situação ainda mais legal pelo absurdo), ela dá um gostinho do potencial que o game terá. Apesar de ser parte do gênero simulação, Park Beyond não está preocupado com realismo, algo bem-vindo principalmente quando se trata de construção de parques de diversão. 

Quem nunca quis construir uma montanha-russa acima de um hospital, né? (Reprodução: Limbic Entertainment/Bandai Namco)

O game valoriza e dá espaço para a criatividade, mesmo para além do que é possível construir com liberdade. Mesmo as “atrações planas”, como barcos vikings e outros brinquedos que já vem prontos, podem ser melhorados por meio da impossificação, principal mecânica do jogo.

É por meio da empolgação dos visitantes que você adquire recursos para impossificar os elementos do seu parque. E, ainda que na prática seja um processo simples, há um sabor a mais em transformar um brinquedo comum em algo impossível mas muito divertido, como uma torre gigantesca, um polvo gigante segurando carrinhos em um tanque, e várias outras coisas que desafiam a lógica mas são muito legais.

Atrações se tornam cada vez mais absurdas com a impossificação. (Reprodução: Limbic Entertainment/Bandai Namco)

A variedade de atrações e temas ainda é pequena, mas vale dar o benefício de que muito mais será incluindo até o lançamento do jogo, que chega apenas em 2023. O que foi mostrado até agora é um início animador, e mais que o suficiente para criar expectativas de um game que vai prender por horas qualquer pessoa que goste de mesclar o absurdo com criatividade e gerenciamento. 

É uma receita perfeita para a diversão, apesar das imperfeições em sua execução. Há com que se preocupar e se empolgar, e Park Beyond certamente tem grande potencial – resta esperar para ver o quanto disso será realizado em sua versão final.

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