A polêmica do redesign de Amanda Waller nos Novos 52 da DC

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A polêmica do redesign de Amanda Waller nos Novos 52 da DC

Por Gus Fiaux

Quando pensamos no Esquadrão Suicida, sempre lembramos dos vilões que são colocados para trabalhar nas missões mais desgraçadas do Universo DC, em troca da redução de suas penas. Porém, um nome nunca pode ser esquecido quando a equipe é colocada em pauta: Amanda Waller, a agente da A.R.G.U.S. que não só controla o grupo, como também tem planos engenhosos para outros heróis da editora.

Amanda foi apresentada nas páginas de Legends #1, publicada em 1986. Criada por John OstranderLen WeinJohn Byrne, ela logo se tornou um dos nomes mais influentes da editora, sempre agindo nas sombras, fazendo acordos capciosos e manipulando todos os resultados ao seu favor.

Na aparência, ela era uma mulher negra, gorda e baixa, com cara de poucos amigos. Ainda que não seja ameaçadora por si só, a personagem tem um certo ar contrastante – seu visual pode não ser amedrontador à primeira vista, mas sua personalidade não deixa nenhuma dúvida nesse sentido.

Amanda antes e depois da saga Ponto de Ignição.

Porém, quando a DC Comics decidiu fazer o reboot dos Novos 52, pouco após a saga Ponto de Ignição, muitas foram as mudanças no universo – incluindo a aparência de Amanda Waller. Ela passou a ser magra, mais jovem e carrega um sex appeal similar a outras heroínas da DC Comics, sempre com decotes generosos e poses sensuais.

Tirando da mesa todo o assunto da hipersexualização feminina nos quadrinhos – que também é um dos problemas da interpretação de Waller nos Novos 52 -, o visual trouxe uma enxurrada de críticas dos fãs. Por um lado, muitos reclamavam sobre como a mudança tirava mais uma personagem gorda dos quadrinhos, um déficit que até hoje assola tanto Marvel DC.

No entanto, a maior crítica foi sobre como Waller perdia sua mística no novo visual. Sua aparência original era um forte indicativo de uma mulher que poderia dizimar exércitos e exterminar seus inimigos sem dó, mesmo que não parecesse capaz disso. O visual dos Novos 52 a transformou apenas em uma figura qualquer, sem nenhum traço particular.

Amanda Waller no jogo Suicide Squad: Kill the Justice League.

De lá para cá, várias obras se inspiraram no visual de Amanda nos Novos 52. Tanto o Arrowverse quanto o filme solo do Lanterna Verde se aproximam dessa representação. Porém, no Universo Estendido da DC Comics, temos Viola Davis no papel de Waller, aproximando-se um pouco mais de seu visual original das HQs.

Agora, teremos o lançamento de Suicide Squad: Kill the Justice League no ano que vem, o mais novo jogo da Rocksteady que promete te colocar na pele dos membros da Força-Tarefa X enquanto tentam derrotar os heróis mais poderosos da editora, todos possuídos pelo Braniac e transformados em vilões. Amanda já está confirmada no game, e seu visual é, no mínimo, interessante.

A Amanda Waller do jogo parece ser uma amálgama de duas versões: tanto a original das HQs Pós-Crise como a versão que conhecemos dos Novos 52. O resultado é uma mulher mais magra, mas também mais velha e com cara de poucos amigos.

Suicide Squad: Kill the Justice League estreia em 2023.

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