Harry Potter: Por que algumas pessoas se tornam fantasmas e outras não?

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Harry Potter: Por que algumas pessoas se tornam fantasmas e outras não?

Por Melissa de Viveiros

Harry Potter conta com um vasto mundo mágico, cheio de particularidades que o tornam único – e que conquistaram milhares de fãs ao longo dos anos. Nem sempre a saga literária apresentou explicações para todos os fenômenos que ocorrem em seu universo, mas muitas questões são explicadas dentro da própria trama, revelando mais sobre como as coisas funcionam no mundo bruxo. Mesmo em relação à morte, embora muito permaneça vago e dependente de interpretação, como o momento de Harry em King’s Cross no sétimo livro, outras coisas tem respostas bem concretas.

Esse é o caso, por exemplo, com os fantasmas. Mesmo que os fãs que conhecem a saga pelos filmes não saibam, muito é contado sobre eles nos livros, incluindo o que leva à existência deles. É isto que explicamos neste artigo, que responde por que algumas pessoas se tornam fantasmas e outras não no mundo de Harry Potter!

A primeira questão que garante que nem todos retornem como fantasmas é que apenas bruxos podem ter esse destino após a morte. Assim, trouxas não podem se tornar fantasmas. Ainda assim, nem todo bruxo segue por esse caminho – algo que está relacionado à escolha que cada um faz ao morrer

Nos livros, isso é explicado melhor em A Ordem da Fênix. Após perder Sirius, Harry questiona o fantasma da Grifinória, Nick Quase Sem Cabeça sobre a possibilidade de seu padrinho voltar. O fantasma, então, explica que os bruxos podem deixar uma impressão deles na terra, mas poucos fazem essa opção – apresentando a situação como uma escolha. 

Diante disso, o protagonista se mostra esperançoso de que seu padrinho escolheria voltar, não se importando de existir de modo diferente. Mas Nick explica que essa não é a questão, e sim o medo da morte. O texto diz:

“ – Eu tive medo da morte – disse Nick brandamente. – Preferi ficar. Às vezes me pergunto se não deveria… bom, isto que você vê não é cá nem lá… de fato, eu não estou cá nem lá… – Ele deu uma risadinha triste. – Não conheço os segredos da morte, Harry, porque escolhi uma fraca imitação da vida.”

O fantasma da Grifinória, Nick Quase Sem Cabeça, nos filmes de Harry Potter.

Para além dos livros, a autora J.K. Rowling escreveu sobre os fantasmas em uma entrada do site Pottermore. Nela, é dito que os fantasmas têm uma existência limitada, tanto em relação ao que podem experienciar, quanto aos seus sentimentos e capacidade de aprendizado, que permanecem iguais por séculos. Por terem escolhido essa versão empobrecida da vida, eles sequer sabem de fato como é morrer, motivo pelo qual não podem responder os questionamentos dos vivos quanto ao assunto.

Assim, a autora estabelece que os bruxos e bruxas mais sábios não optariam por uma existência do tipo, dizendo:

“São aqueles com ‘negócios inacabados’, seja na forma de medo, culpa, arrependimentos ou apego exagerado ao mundo material que se recusam a seguir adiante para a próxima dimensão.”

Com isso, o motivo para nem todo mundo se tornar um fantasma fica bem claro. Primeiramente, só bruxos podem virar fantasmas. Mas, mais que isso, é preciso que algo impeça o bruxo em questão de fazer a escolha de seguir adiante. Como resultado, a maior parte das pessoas opta por seguir em frente, e apenas aqueles extremamente apegados ao mundo material, ou com sentimentos complexos que os prendem à sua vida perdida, é que acabam optando por continuarem existindo como fantasmas.

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