Aniversário LH: Equipe relembra conteúdos marcantes nos 10 anos de Legião dos Heróis

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Aniversário LH: Equipe relembra conteúdos marcantes nos 10 anos de Legião dos Heróis

Por Equipe Legião dos Heróis

Ao longo dos últimos 10 anos, a Legião dos Heróis produziu muito conteúdo interessante. Entre listas, quizzes, entrevistas, críticas, notícias e artigos, falamos dos principais assuntos da cultura pop e do entretenimento, sempre trabalhando com qualidade e nos posicionando contra intolerância e preconceito. 

Agora, para comemorar o aniversário da Legião, preparamos uma retrospectiva com os conteúdos que mais emocionaram ou marcaram os integrantes da LH. 

Léo Gravena reforça como a review de The Last of Us Part II foi um momento único, tanto pela qualidade do jogo, quanto por conta do processo criativo na produção deste conteúdo. 

“The Last of Us é um jogo que possui um lugar muito especial no meu coração. Ter a oportunidade de jogar a Part II antes do lançamento e escrever a review da sequência foi uma experiência incrível que foi exponencialmente aumentada pela qualidade do jogo e a maneira como, a cada momento, a trama ficava melhor,” justifica. 

Ele continua:

“Particularmente não sou um grande fã dos meus próprios textos e, assim como qualquer escritor, vivo voltando para eles, reescrevendo e editando até cansar. Um dia, após terminar o game, consegui escrever a review inteira e, no fim, ela acabou bastante próxima do rascunho inicial. Uma pequena vitória, mas que foi bastante significativa, ainda mais somada ao fato de que esse é um texto que gosto bastante, com um forte significado pessoal sobre sentimentos complexos e humanos que conversaram muito bem com a pessoa que era dois anos atrás e ainda reverberam com quem gostaria de ser.”

Relembre a review de The Last of Us Part II

Apesar dos avanços que fazemos em relação à representatividade LGBT, ainda há um longo caminho para enfrentarmos a LGBTfobia. Por isso, para Chris Rantin, escrever sobre a Cruzada das Crianças e falar sobre o quão absurda era a censura realizada na Bienal do Livro por conta de Wiccano e Hulkling foi algo muito importante. 

“Eu jamais imaginei que, tantos anos depois da publicação original, Cruzada das Crianças ganharia tanta atenção na mídia. Infelizmente, os motivos para a história dos Jovens Vingadores e da Feiticeira Escarlate ganhar tanto destaque foi a homofobia,” conta. “Bombardeado por tantos sentimentos, especialmente pela revolta diante da censura realizada ao afeto — bastante breve, inclusive — entre dois homens, senti que escrever seria a melhor forma de organizar minhas emoções e, no processo, explicar como a decisão era hipócrita e LGBTfóbica. Felizmente, a LH me concedeu espaço e apoio para publicar esta coluna.” 

Relembre a coluna sobre A Cruzada das Crianças abaixo:

Apaixonado por filmes, Gus Fiaux analisou o que dificulta a produção de fantasia, horror e ficção no Brasil. Para ele, fazer este conteúdo foi bem importante para mostrar explicar a riqueza e pluralidade do cinema nacional:

“Sempre fui fascinado pela arte do cinema e pela forma como essa linguagem é capaz de nos tocar, independente de nossas raízes.” conta. “Sempre me doeu ver o desprezo de boa parte do público pelas produções brasileiras, tendo em vista que sempre tivemos um mercado muito interessante, plural e complexo, que sobreviveu mesmo em meio aos seus piores momentos.” 

 

“Existem muitas produções fora da caixinha e que trazem novos olhares sobre novos gêneros”, reforça Fiaux.  “Por isso, um dos textos que mais me marcou foi ‘Por que é tão difícil produzir filmes de fantasia, ficção e terror no Brasil?’, onde traço alguns dos motivos e soluções para esse problema no mercado audiovisual nacional, além de trazer dicas de produções que fogem do lugar-comum.”

Relembre o artigo sobre as dificuldades na produção nacional de ficção, terror e fantasia no Brasil:

Para Felipe Magno, a oportunidade de explorar novas formas de divulgar o conteúdo da Legião dos Heróis foi algo que o marcou. 

“Dentre muitos projetos bacanas dos quais participei na Legião, dois me marcaram demais. Ambos foram relacionados à série Westworld. Primeiro, foram alguns ‘cards especiais’ no nosso Insta, introduzindo ‘a série que substituiria’ Game of Thrones. Como este foi um produto da LH que ajudei a criar, não acreditei quando descobri que a HBO queria divulgar a série através daquela mídia,” relembra.

“O segundo foi o jogo que fizemos para a segunda temporada da série, que chamamos de Dolores Run, estilo o jogo do dinossauro do Google Chrome, mas com a Dolores desviando de penhascos e caveiras de búfalos. Por envolver muita coisa que eu curto como games, como animação, ilustração, design e a própria série, fiquei encantando quando o projeto foi pro ar. Foram projetos que me proporcionaram a sensação de saber que eu trabalho com o que amo e de realizar o sonho de trabalhar em parceria com empresas tão consagradas através da LH. Foi aquela sensação de realizar um sonho, sabe?”

Relembre o jogo Dolores Run abaixo:

O editorial do Momentos LH de junho de 2021, que teve como tema o mês do Orgulho LGBT, foi bastante especial para Márcio Jangarélli por sua importância social. Segundo ele, ver a resposta do público o emocionou bastante: 

“De todos os projetos da Legião, esse é um dos que mais me deu orgulho, com o perdão do trocadilho. Parte da equipe faz parte da comunidade LGBTQIA+ e na LH nós sempre fomos celebrados, com o Momento LH do Orgulho tornou isso público da maior e melhor maneira possível. Encabeçar o projeto, receber autorização da empresa para levá-lo em frente sem restrições e, depois, ver a resposta do público, encapsulou, para mim, um dos objetivos da luta LGBTQIA+: não apenas ocupar espaços, mas se mostrar presente e ter impacto. Sem contar que, ver nas respostas pessoas encontrando um lugar seguro na Legião, por conta desse especial, me fez chorar um pouquinho de emoção.”

Relembre o editorial do Momentos LH de junho: 

Ainda durante o Momentos LH de junho, Evandro Lira recebeu como sugestão de pauta um tema bastante delicado. Diante das falas transfóbicas de JK Rowling, como estava a comunidade Trans que era fã de Harry Potter? O desafio foi grande, mas para ele essa reportagem foi algo bem importante. 

“A Legião dos Heróis é um espaço onde grande parte da equipe é formada por LGBTQIA+, o que sempre nos fez cientes do nosso papel enquanto veículo de cultura pop. Mesmo com críticas por parte do público, nunca deixamos de tocar em assuntos que nos eram sensíveis, como é o caso desse artigo, publicado em 2021,” destaca Lira. “Quando me foi sugerido a produção dele, eu vacilei. Achei que não daria conta pois é um dos assuntos que mais me comove pessoalmente e, por isso, achei que eu não conseguiria fazer sem passar por três crises de ansiedade e ainda entregar um resultado insatisfatório. No entanto, todo o processo foi muito esclarecedor e importante para mim, de forma pessoal. Eu também senti que estava prestando um serviço à uma parcela de pessoas que, assim como eu, queria se informar mais e ouvir mais sobre esse tema.” 

Ele continua: 

“Tentei produzir o artigo da forma mais honesta que consegui e tentei fazer ouvir as vozes das pessoas entrevistadas que tão gentilmente cederam seu tempo, experiência e conhecimento para me ajudar, bem como a da comunidade trans e de fãs de Harry Potter, que se encontrava quebrada e precisando de mais reflexão acerca do assunto.”

Relembre a reportagem sobre a relação dos fãs trans com o discurso da autora de Harry Potter abaixo: 

Já para Gabriel Matos, seu artigo analisando a construção do Capitão América negro em Falcão e o Soldado Invernal foi uma experiência bacana que gerou uma resposta muito boa do público. 

“Esse foi um texto que surgiu de forma muito espontânea enquanto eu assistia a série. Comecei a ver muita gente subestimando a importância de ver a saga de Sam Wilson e só tentei traduzir algo que era muito óbvio para mim e para quem sofre na pele os pequenos e grandes racismos da sociedade,” explica. “Serviu para a abrir os olhos de muita gente que não entendia as nuances da série e me mostrou a importância de ter cada vez mais pessoas pretas falando de cultura pop.”

Relembre o artigo de Falcão e o Solado Invernal abaixo: 

Enquanto isso, Jaqueline Souza destaca que sua entrevista com a atriz Moses Ingram para Obi-Wan Kenobi, sua primeira entrevista internacional, foi a realização de um grande sonho: 

“Um dos trabalhos mais marcantes que fiz na Legião, sem dúvidas, foi a entrevista com a atriz Moses Ingram. Era maio de 2022, e a série Obi-Wan Kenobi estava prestes a ser lançada no Disney+. No meio de toda a empolgação para acompanhar o retorno de Ewan McGregor e Hayden Christensen à franquia, ter a oportunidade de entrevistar alguém tão talentosa quanto Moses foi incrível. Além de ter sido minha primeira entrevista na LH, foi a primeira vez que entrevistei alguém de fora do país, um sonho que a Jaqueline que entrou na faculdade de Jornalismo, aos 18 anos, apenas sonhava em alcançar. É um momento que guardo com muito carinho na memória, e que não teria sido possível sem o apoio – e todo o aprendizado – que somente um lugar tão especial quanto a Legião dos Heróis pode proporcionar a alguém.”

Relembre uma das matérias da entrevista com Moses Ingram abaixo:

Sendo historiadora, ter a chance de pesquisar as referências da Alquimia em um dos seus animes favoritos foi um marco importante na trajetória de Flávia Pedro.

“Esse artigo se tornou especial pra mim por ser um dos primeiros que escrevi ao entrar na equipe da Legião, e também por ter sido um dos primeiros temas que eu sugeri como ideia de conteúdo,” relembra. “Como historiadora, juntar relatos históricos sobre a Alquimia e explorar o universo de um dos meus animes preferidos fez com que esse texto em especial se tornasse importante na minha trajetória como redatora da LH.”

Relembre o artigo que mostra as referências de alquimia real em Fullmetal Alchemist abaixo: 

Quando Junno Sena recebeu a pauta sobre a relação entre a cor violeta com heróis negros, o resultado da sua pesquisa foi bastante surpreendente e teve uma repercussão bastante positiva. 

“Por que super-heróis negros costumam estar relacionados a cor violeta? Quando me fizeram essa pergunta como sugestão de pauta, não tinha ideia do que poderia escrever sobre. Mas, não apenas foi um dos meus primeiros textos pra Legião dos Heróis como também foi um dos mais divertidos de fazer. Sempre penso nele com carinho, pela repercussão positiva que teve, mas também por ter reunido tantos personagens importantes para mim em um mesmo lugar.”

Relembre o artigo sobre a relação entre super-heróis negros com a cor violeta abaixo: 

Traçar um panorama sobre a maneira que os animes trabalham personagens LGBT foi algo muito impactante para Nick Narukane, especialmente pela maneira que o artigo pode ter tocado a comunidade. 

“Muitas pessoas acreditam que os animes são o espaço mais inclusivo da cultura pop atualmente por conta de algumas representações que, convenhamos, são muito caricatas. Como pessoa não-binário diretamente afetada por essa discussão, foi muito interessante traçar esse panorama e tentar explicar para todo mundo onde está o problema. Esse seria o tipo de matéria que teria deixado meu coração quentinho e liberado em mim a sensação de ‘Nossa, você não está sozinho nessa luta!’ e espero de verdade ter despertado essa sensação em pessoas LGBTQIA+ que leram, especialmente as trans.”

Relembre o artigo sobre os animes e as questões LGBT abaixo: 

Recém chegado no site, Ygor de Oliveira Ferreira reforça que a review de jogos indies é bastante importante por dar espaço para os games que não são tão conhecidos. 

“Uma artigo que me marcou no site é até recente: uma das colunas do indie+ sobre Unsighted ” conta. “Jogos indies nem sempre recebem o destaque da grande mídia e, como alguém que já teve alguma proximidade em desenvolvimento de jogos, sei como o destaque em sites de qualquer que seja o tamanho faz com mais pessoas possam experiencia-los, principalmente quando é um jogo brasileiro com tanto carinho e dedicação, sendo um dos melhores metroidvanias por aí.”

Relembre a review Indie+ abaixo: 

Para Felipe Zardo, o que mais o marcou nesta década de LH foi o acordo entre estúdios para ter o Homem-Aranha em Capitão América: Guerra Civil. 

“O conteúdo que mais me marcou foi antes de entrar na Legião, quando anunciaram o acordo da Sony e Marvel pra ter o Homem-Aranha em Guerra Civil,” recorda. “Eu lembro direitinho onde eu tava e o que eu tava fazendo e eu vi primeiro na Legião, do nada.”

Relembre a notícia abaixo:

Quando questionada sobre qual era seu conteúdo favorito da LH, Melissa de Viveiros aponta que a coluna sobre a representatividade em Heartstopper a emocionou bastante.

“O que mais gosto neste texto é a maneira como o Gustavo consegue expor sua opinião sobre o assunto e relacioná-la com sua vivência pessoal, mas ainda assim apresentar argumentos factuais que apoiam um artigo com temática super relevante e atual,” destaca. “A discussão sobre assimilacionismo apresenta um ponto importante o qual muitas pessoas, LGBTQIA+ ou não, nem sempre percebem ou compreendem em sua complexidade, mas é algo apresentado de modo muito simples de entender no texto. O artigo dialoga bastante comigo por tratar do que nós, como pessoas LGBTQIA+ queremos ver, entrando na questão da representatividade e explicando o que é uma ‘boa’ representação, não no sentido de ser sempre algo positivo, mas de mostrar a diversidade que esta comunidade contém.”

Ela continua:

“É um texto que fala sobre vivências fora do heteronormativo e a relação com a cultura pop, que é de grande importância para quem não está envolvido no meio só por gosto mas também como profissional, e além de muito bem feito tecnicamente, o tema e a opinião exposto, bem como a maneira como são apresentados, destacaram este texto para mim.”

Relembre a coluna sobre representatividade em Heartstopper abaixo:

Já para Fernando Maidana, o conteúdo que mais o marcou nesta década de LH foi a entrevista que fez com Andy Muschietti, o diretor de IT: Capítulo 2.

“A entrevista com o Andy Muschietti é meu momento favorito porque ele respondeu para a LH, antes de qualquer lugar no mundo, que seria o responsável por dirigir o filme do Flash,” justifica.

Relembre a entrevista com Muschietti abaixo:

E aí, qual foi o seu momento favorito da LH nesta década? Comente!