Sandman: Neil Gaiman responde as críticas sobre a Morte e Desejo

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Sandman: Neil Gaiman responde as críticas sobre a Morte e Desejo

Por Chris Rantin

Neil Gaiman, uma das mentes criativas mais fascinantes da nossa época, criou histórias incríveis e personagens cativantes. Autor de Sandman, ele não gostou a reação negativa que a escalação que surgiu após a escalação de Kirby Howell-Baptiste, uma atriz negra, para viver a MorteMason Alexander Park, uma pessoa não binária, para encarnar Desejo, e respondeu algumas críticas em suas redes sociais.

Além do seu trabalho impecável, Gaiman é conhecido por não ter paciência com pessoas que reclamam sobre a diversidade da sua obra. Anteriormente, o autor já deu respostas bem duras para as pessoas que criticaram a ideia de ter personagens LGBT em Sandman, agora com a onda de comentários negativo após a escalação de Morte e Desejo, ele voltou a dar respostas mais duras.

Uma pessoa disse em seu Twitter:

“Por que você se vendeu? Apenas apoie o seu trabalho ou você não tem fibra pra isso? Me irrita muito saber que você não dá a mínima.” 

Uma das versões da Morte de Neil Gaiman

Como resposta, Gaiman disse:

“Eu me importo muito com o trabalho. Eu passei 30 anos enfrentando filmes ruins de Sandman. Eu não dou a mínima para pessoas que não entendem ou não leram Sandman e ficam reclamando sobre Desejo ser não-binária ou Morte não ser branca o bastante. Assista a série, se decida.”

 Aproveitando o gancho da resposta, uma fã apontou que Desejo sempre foi não-binária nos quadrinhos. Gaiman concordou e disse:

“Bem, sim. Mas você teria que ter lido os quadrinhos para saber disso. E essas pessoas berrando parecem ter pulado esse passo.” 

Desejo, nos quadrinhos de Gaiman

Como apontado pelo próprio Gaiman, Desejo sempre foi não-binária, ou seja, sem se identificar com o gênero feminino ou masculino. Em diversas histórias podemos ver a personagem assumindo formas diferentes e fluindo, uma vez que isso faz parte da sua própria natureza. Sobre a Morte, como Gaiman e alguns fãs tem apontado, já tivemos versões da personagem como uma mulher negra (ainda que a mais popular seja a mulher cinzenta).
O ponto principal talvez seja que Gaiman está acompanhando — e muito feliz, como podemos notar em suas redes — todos os passos desta adaptação da Netflix. A escalação dos atores tem a aprovação do criador que tem sido muito vocal ao criticar os supostos fãs que não leram os quadrinhos antes de começar a reclamar. Afinal, se tivessem lido todas as edições de Sandman, essas pessoas teriam encontrado personagens diversos (incluindo LGBTs) em uma época em que isso não era comum.

The Sandman ainda não tem nenhuma previsão de estreia.

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