Legião dos Super-Heróis: Superboy e Supergirl quebraram a regra mais ridícula da equipe nas HQs

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Legião dos Super-Heróis: Superboy e Supergirl quebraram a regra mais ridícula da equipe nas HQs

Por Melissa de Viveiros

Legião dos Super-Heróis é uma equipe clássica da DC Comics. Como é comum em muitas histórias mais antigas dos quadrinhos, algumas das tramas estreladas pelo time nem sempre fazem muito sentido, mas continuam impactando eventos posteriores da história. É o caso, por exemplo, de uma regra do grupo estabelecida na década de 1970, mas que foi quebrada posteriormente algumas vezes, mais notavelmente com a participação de Superboy Supergirl na trama.

Originalmente, a regra foi apresenta em Superboy #195, de 1973. Na HQ, um novo personagem, Erg-1, quer se juntar à equipe, e se apresenta a eles. Ele explica que foi transformado em um ser de energia, fato que o levou a adquirir diversos poderes, incluindo duplicar os poderes de outros membros da Legião.

A revelação chama a atenção de Mon-El, que afirma que isso impossibilitaria que Erg-1 se juntasse ao grupo. O motivo para isso, de acordo com ele, seria que a equipe possui uma regra que diz que cada integrante precisa ter um poder único. Por causa disso, o herói não poderia fazer parte do grupo. Ele argumenta, dizendo que ainda não sabe se possui outros poderes, já que a situação era bastante recente. Ainda assim, Mon-El se recusa a escutar, respondendo que eles não poderiam aceitar esse tipo de “desculpas”.

Erg-1 se apresenta ao grupo e é rejeitado.

Nunca é bem explicado qual seria a real motivação para essa regra, que sequer seria necessária de um ponto de vista narrativo. Isso porque, se a rejeição dele era necessária, a Legião poderia ter negado a ele a chance de entrar na equipe por qualquer motivo, sem precisar de uma regra para tal. A prova disso está em Adventure Comics #306, em que o grupo recusa um potencial membro com poderes de gelo, afirmando que ele poderia deixar seus companheiros incapacitados em um momento crítico.

Erg-1 acaba sendo aceito no grupo ao fim da história, após descobrir que possuía sim um poder diferente de todos os outros. Sendo uma criatura de energia pura, ele é capaz de se explodir, algo que nenhum dos outros pode fazer. Sua forma também permite que ele se recupere, o que o leva a se juntar ao grupo. Assim, ele é renomeado, passando a se chamar Wildfire.

 Por que Superboy e Supergirl puderam quebrar essa regra?

SuperboySupergirl possuem exatamente os mesmos poderes, mas ainda assim foram aceitos na equipe ao mesmo tempo. Isso não deveria ser possível, já que o acontecimento se dá após a regra ter sido estabelecida. Assim, os autores da série na época foram forçados a apresentar uma resposta a este questionamento, embora não tenham conseguido justificar a situação muito bem.

A justificativa para a presença de Supergirl e Superboy na equipe não é das melhores…

Em Superboy #212, a resposta apresentada é bem simples: os dois são exceções. O mesmo poderia ser dito de Mon-El, que também possui praticamente os mesmos poderes que a dupla. De acordo com o que um dos integrantes da equipe diz, a motivação por trás da regra seria “promover diversidade”, mas não se aplicaria aos dois Supers, que são considerados “especiais”.

A regra já parece absurda desde o princípio, mas isso a torna ainda mais desnecessária. Além disso, a HQ mostra que ela sequer é seguida pelo grupo, e não faltam outros motivos pelos quais os integrantes do grupo poderiam recusar novos membros.

Você se lembra de outras tramas inexplicáveis dos quadrinhos que não fazem muito sentido? Comente aqui!

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