Godzilla vs. Kong: Diretor fala sobre o visual do “monstro secreto” do filme

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Godzilla vs. Kong: Diretor fala sobre o visual do “monstro secreto” do filme

Por Gus Fiaux

Atenção: Alerta de Spoilers!

Recém lançado nos Estados Unidos e em boa parte do mundo, Godzilla vs. Kong resgata o espírito de diversão e ação desenfreada dos filmes clássicos do kaiju japonês, colocando-o para lutar de igual para igual com o gigantesco símio. Porém, o filme conta com outras surpresas escondidas e participações mais do que especiais. Um personagem em particular deixou os fãs em êxtase.

Estamos falando do Mechagodzilla, a versão metálica do lagarto colosso, que no filme é uma criação humana, feito com propósitos sinistros. No terceiro ato do filme, o monstro “cria vida própria” e começa a atacar GodzillaKong – resultando em uma batalha épica. Nos filmes clássicos do Godzilla no Japão, o Mechagodzilla sempre foi retratado como sendo igual ao Godzilla, mas feito de peças metálicas.

Porém, em Godzilla vs. Kong o monstro ganhou uma nova roupagem mais simples e direta, sem o refinamento da sua versão original. Em entrevista ao Inverse, o diretor Adam Wingard explicou que essa mudança visual veio, em parte, por conta de uma experiência ruim que ele teve ao assistir Transformers: O Lado Oculto da Lua em uma sessão de cinema. Ele queria a todo custo evitar recriar aquela experiência:

“Eu me lembro de assistir o terceiro filme de ‘Transformers’ no cinema. Foi uma daquelas vezes em que eu estava com um encontro e nós acabamos chegando na sala atrasados. Os únicos assentos disponíveis eram literalmente os da fileira da frente. E então eu estou lá assistindo ‘Transformers 3’ na cadeira da frente e não consigo entender que diabos estava acontecendo. Os Transformers, eles apenas pareciam metal. Era como um avião depois de um acidente. Então eu pensei, isso é o que eu quero evitar. Eles [os Transformers] eram complexos demais. Muitas partes se mexendo, e não conseguimos nos conectar a nada. Nada parecia icônico no visual desses Transformers.”

Então, receoso com as comparações com o visual dos Transformers no cinema, Adam Wingard buscou inspiração no visual clássico desses robôs, criando uma versão bem mais robusta e “econômica” (visualmente falando) do titã. O resultado final o agradou bastante, principalmente por ser um dos únicos monstros que ele pôde reformular para o Monstroverso – ainda mais levando em conta que Kong e Godzilla já tinham ganhado suas reformulações visuais:

“Eu sempre amei a simplicidade do visual dos Transformers clássicos. Então eu tentei criar um visual para o personagem que fosse impactante e tivesse mais simplicidade. Havia uma certa urgência à sua forma e visual. […] Como diretor, é animador porque posso finalmente colocar a minha marca nos monstros. Godzilla e Kong já haviam tido mudanças visuais no Monstroverso.”

A inclusão do Mechagodzilla parece ser outro fator bem interessante do filme, que retoma uma lógica mais bruta na ação e menos refinada em sua história. De um jeito ou de outro, é uma forma interessante de apresentar outro monstro nessa franquia e também de introduzir uma ameaça maior que force Godzilla Kong a pararem de se enfrentar para derrotar um inimigo em comum.

Adam Wingard planejou um visual mais simples para o titã mecânico.

Por ora, ainda não sabemos se o Mechagodzilla deve retornar em algum filme posterior do Monstroverso, com outra versão (considerando o que acontece a ele no fim do longa). Para falar a verdade, a Warner e a Legendary não definiram, até agora, outro lançamento para a franquia. Não sabemos quais serão os projetos que sucederão essa nova aventura dos titãs, e nem quais outros vilões serão apresentados nesse universo.

Godzilla vs. Kong já saiu nos cinemas norte-americanos e no HBO Max. No Brasil, o filme foi adiado para 29 de abril, mas é possível que sua estreia nos cinemas nem sequer aconteça, uma vez que a situação do Coronavírus no país permanece muito crítica e delicada.

Abaixo, relembre a evolução da altura do Godzilla ao longo dos anos: