Salvando o jogo: Conheça a evolução dos games do Memory Card até o Armazenamento na Nuvem

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Salvando o jogo: Conheça a evolução dos games do Memory Card até o Armazenamento na Nuvem

Por Gabriel Mattos

A indústria dos jogos mudou tanto nas últimas décadas que algumas evoluções sutis, ainda que muito importantes, acabam passando despercebidas. Hoje, salvar o progresso em seus jogos é tão simples quanto apertar um botão, algo bem diferente de antigamente, quando jogadores de todo o mundo dependiam dos nostálgicos Memory Cards para continuar a sua aventura.

Aliás, na época, muitos jogadores casuais não tinham conhecimento desse acessório e precisavam recomeçar suas aventuras do início toda vez que decidiam jogar. Hoje em dia é praticamente impossível imaginar tentar zerar um game sem depender dos salvamentos, por vezes automáticos. Foi por isso que o Memory Card se tornou um item essencial na vida dos jogadores, sendo algo que mudou completamente nosso jeito de jogar.

Anos se passaram e tivemos muitos avanços tecnológicos até chegarmos na praticidade atual: o armazenamento na nuvem de serviços como PlayStation Plus. Bora relembrar essa jornada e mergulhar de cabeça na história dos videogames?!

Antes do PlayStation

Mega Man 2 trazia um sistema rudimentar de códigos para contornar a falta de saves

Quando os jogos migraram dos arcades para os consoles de mesa, manter o seu progresso não era uma grande necessidade: a grande maioria dos games eram curtos desafios de conquistar pontuações mais altas. A mudança de paradigma só foi se consolidar após o sucesso estrondoso de Super Mario Bros., em 1985, no Nintendo Entertainment System.

Conforme os jogos começaram a se tornar progressivamente mais complexos, a necessidade de guardar o avanço dos jogadores surgiu, mas a tecnologia não havia evoluído o suficiente para apresentar soluções definitivas. Alguns jogos contornavam esse problema com um complexo sistema de senhas, como foi o caso de Mega Man 2(1989).

Mas eu nem preciso falar que anotar uma longa sequência de números estava longe de ser prático, não é mesmo? Caso qualquer número estivesse errado, você perdia todo o seu progresso. E ai de você deixar sua senha largada em qualquer lugar, com certeza sua mãe confundiria com lixo e jogaria fora. Foram tempos sombrios!

Neo Geo foi o precursor dos Memory Cards tradicionais

Na geração seguinte, com o Super Nintendo, alguns jogos começaram a trazer memória embutida no cartucho do jogo. Porém, elas eram minúsculas e dependiam da bateria interna do cartucho para funcionar, uma trabalheira dana. Foi por isso que o SNK AES, lançado no mesmo período, optou por outro caminho, sendo o primeiro console de mesa a trazer um Memory Card removível, de míseros 2KiB — tecnologia que se tornaria extremamente popular nos consoles PlayStation.

A revolução PlayStation

O lançamento do PlayStation (PSOne) em 1995 foi um dos maiores saltos tecnológicos da história dos videogames, isso é indiscutível. Era o fim definitivo dos jogos pixelados e o início da era 3D.

A nova mídia da vez eram os CD-Roms, que permitiam apenas a leitura de seu conteúdo. Como não era possível salvar informações direto nos CDs, nem no console, a Sony decidiu apostar em uma memória externa: assim surgiram os icônicos Memory Card do PlayStation.

O Memory Card revolucionou no PSOne

O formato era semelhante aos conectores dos controles, que na época precisavam de fio. Os cartuchos de memória eram bem confortáveis de segurar em mãos e difícil de perder. O armazenamento era uma verdadeira revolução para os padrões da época: 128 KiB, um espaço 64 vezes maior que o cartão do SNK AES.

Não demorou para esse acessório se tornar o melhor amigo dos jogadores, que podiam curtir suas jogatinas de Grand Turismo e Metal Gear Solid sem se preocupar em recomeçar toda vez que reiniciar o console. Para os jogadores brasileiros, importar estas belezinhas não custava menos que R$250.

O sucesso continuou em seu sucessor, o PlayStation 2, que expandiu a potência do acessório para 8MiB de espaço. Haviam versões mais robustas de até 16 MiB! Dava para guardar saves para caramba, mas ainda o artefato permitia apenas um perfil por jogador na maioria dos casos.

O PlayStation 2 trouxe muito mais espaço para os saves.

E qual era o grande problema nisso? Bem, se você morava com algum irmão, havia uma grande chance dele “acidentalmente” excluir o seu save para jogar a história de GTA San Andreas ou Naruto: Ultimate Ninja 3 e ter apenas o progresso dele salvo. Não que tenha acontecido comigo, sabe… Mas acredite quando eu digo que isso foi motivo de brigas em muitos lares brasileiros, com toda certeza.

Isso quando não acontecia outra pequena tragédia. Se você não manuseasse o cartão direito, existia uma pequena chance de corromper seus dados salvos e perder todo seu progresso para sempre. Uma dor incomparável no coração dos jovens gamers do passado. Mas isso mudaria mais uma vez com a chegada do PlayStation 3.

Nas alturas com o PlayStation 3

Enquanto o PlayStation Vita continuou com o uso de Memory Cards, que agora pareciam muito um simples cartão SD, o PlayStation 3 revolucionou mais uma vez, agora trazendo o armazenamento interno.

O PlayStation 3 guardava os saves em si mesmo

O console contava com diversos gigabytes para você comprar seus jogos na PlayStation Store e também manter o seu progresso direto no HD. Chega de se preocupar com guardar os cartões ou compartilhar com seus irmãos. Até porque cada jogador poderia criar o seu próprio usuário, sem precisar se preocupar em dividir espaço.

O sentimento de liberdade foi indescritível. Os Memory Cards ficaram marcados na memória como artefatos do passado e, apesar de terem rendido bons momentos, a verdade é que era muito melhor não depender deles.

No PS3 também dava para salvar também em um USB, mas ainda assim, o risco de perder o seu save era real, principalmente caso acabasse a luz no meio de uma partida.

Quando parecia que os saves nunca teriam um momento de paz, em 2010 a Sony lançou PlayStation Plus: um serviço de assinaturas incrível que, até hoje, traz diversas vantagens aos jogadores. Essencial para jogar online com seus amigos, a PS Plus também libera conteúdos exclusivos em jogos, descontos mensalmente e uma seleção de jogos gratuitos todo mês.

Mas, acima de tudo, além de todas essas vantagens, ela também se tornaria uma peça chave na evolução do armazenamento do progresso dos jogadores.

PlayStation Plus se tornou fiel aliada dos jogadores de PS4

Jogar não tem limites

A partir de 2011, PlayStation Plus começou a oferecer a possibilidade de guardar seus saves na nuvem — que, na época, poderia ser descrito como uma espécie de pendrive virtual que fica na internet.

Assim, caso ocorresse qualquer problema no seu console, você poderia simplesmente baixar seus dados salvos e continuar a jogar de onde parou. Isso facilitou na hora de comprar um novo console, jogar na casa de amigos e até ficar mais tranquilo em caso de algum acidente.

No começo, era possível upar apenas 150 MB, o suficiente para quebrar o galho, mas ainda longe de ser o ideal. Contudo, conforme a geração foi avançando, esse espaço aumentou para incríveis 10GB.

Jogar não tem limites com o PlayStation 5

É claro que esses 10GB não chegam aos pés do que temos atualmente. Seja no PlayStation 4 ou no novo PlayStation 5, é possível mandar até 100GB de saves para a nuvem com PlayStation Plus por apenas R$16,70 por mês no plano anual! E pensar que tudo começou com um simples cartãozinho que mal aguentava 2KB…

Deu para ver que muita coisa mudou conforme passaram as gerações, né? E, com a chegada da nona geração de consoles, um novo horizonte se abriu. Ainda é difícil saber quais serão as surpresas que o futuro nos reserva, mas se podemos aprender uma coisa com a história dos videogames, é que jogar não tem limites.

Lembrando que, além do armazenamento na nuvem, a PS Plus ainda te permite jogar online com seus amigos, te dá descontos exclusivos e pelo menos 2 jogos grátis todo mês. Só em Abril você economiza mais de R$500,00 em games com a assinatura.

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