[Crítica] Sackboy: Uma Grande Aventura é uma surpresa musical impressionante

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[Crítica] Sackboy: Uma Grande Aventura é uma surpresa musical impressionante

Por Márcio Jangarélli

Junto do início da nova geração de consoles, um dos mascotes mais queridos da PlayStation, o Sackboy, começou uma nova jornada! Sackboy: Uma Grande Aventura é um dos títulos de lançamento de PlayStation 5, colocando o bonequinho de lã em uma narrativa mais tradicional. Será que deu certo?

Desenvolvedora: Sumo Digital

Publisher: Sony Interactive Entertainment

Plataformas: PlayStation 4, PlayStation 5

Lançamento: 12 de Novembro, 19 de Novembro

Gênero: Plataforma

Modos: Single player, Multiplayer

Graças à PlayStation, testei o game do Sackboy no PS5 antes do lançamento oficial no Brasil e realmente foi uma grande e surpreendente aventura. Seguindo por um caminho mais comum para jogos de plataforma, bem diferente de Little Big Planet, esse título chama a atenção principalmente pela integração da trilha sonora fantástica no gameplay e os visuais brilhantes.

Como um game plataforma, Sackboy é bem simples, na verdade, e se todo o contexto do jogo não criasse essa experiência que ele entrega, seria algo um pouquinho esquecível. Ele aposta em um sistema de vidas limitado a quatro tentativas por fase, a jogabilidade não varia muito do início ao fim, existem poucas variedades de nível e desafios e ele se torna um pouquinho repetitivo lá pelo final. Mas isso se considerarmos só esse aspecto da produção.

O que torna esse jogo diferente é como todos os outros elementos acrescentam na aventura para criar algo verdadeiramente único e que te faz querer explorar cada canto do game para ver mais. Visualmente e sonoramente, Sackboy é inesquecível.

Imagine que o Artemundo de Sackboy é construído com o melhor de Little Big Planet, só que elevado ao máximo. São texturas, cores e formatos de todos os tipos, feitos de artesanato, tecido, objetos do cotidiano que, nos gráficos do PS5, tornam esse universo muito rico, com cenários de fazerem o olho brilhar. A interação com cada objeto no cenário também integra essa experiência e faz você lembrar de quando brincava com seus bonecos em casa, criando suas próprias aventuras no rack da sala ou algo do tipo.

O DualSense age muito bem para te conectar à jornada do Sackboy. Não é no nível do Astro, onde tudo interage com controle, mas o sensor háptico te faz “sentir” algumas das texturas do cenário e ações do personagem, enquanto o gatilho é aplicado quando o herói agarra, atira ou puxa coisas e os sons emitidos criam uma sensação de imersão maior com o game e te ajudam a entrar no ritmo que as fases te propõem.

Mas, surpreendentemente, o que mais me chamou a atenção na aventura do Sackboy foi a trilha sonora e como todo o jogo interage com as músicas. Às vezes, parece até um game musical, quase de ritmo, de tanto que a música é importante.

Todas as fases possuem uma trilha impecável, seja instrumental, com arranjos grandiosos e coro, mas numa pegada mais moderna. No entanto, existem fases verdadeiramente musicais em Sackboy, com músicas variando entre Bruno Mars, Madonna e… Barbatuques? Sim, tem música brasileira e muita influência do nosso país no game.

Essas músicas, seja a trilha tradicional ou as fases musicais, interagem com o cenários, com os inimigos que você vai enfrentando e com… basicamente tudo! Tudo tem um ritmo, uma dança, um movimento e às vezes parece que você está jogando uma animação musical da Disney.

A inclusão de Baianá dos Barbatuques na trilha, como uma fase musical especial, me deixou embasbacado e até um pouquinho emocionado, pra ser sincero. É muito especial ver uma música verdadeiramente brasileira, típica, em um game desse tamanho. Outras faixas foram transformadas em versões instrumentais ou modificadas, de forma que você pode até demorar para descobrir o que está tocando, mas trazem um sentimento de familiaridade e criam uma conexão incrível com o jogo.

Também, vale a pena falar sobre a história do jogo. Essa é uma aventura do Sackboy para salvar o Artemundo do vilanesco Vex e da energia de pesadelo do Alvoroço. É uma jornada épica, no melhor estilo de filmes da Pixar, que funciona para adultos e crianças. Você vai encontrar todo tipo de personagem carismático, estranho (no melhor sentido da palavra) e com uma dublagem de primeira, seja amigo ou inimigo.

Quanto à ligação entre esse game e Little Big Planet, posso dizer que são coisas bem, bem distintas. Sackboy explora a estética de LBP e emprega um sistema muito legal de customização para o seu personagem, mas para por aí. É como se alguém pegasse o bonequinho dos jogos anteriores e fosse construir uma aventura com ele em uma caixa de brinquedos.

Ainda que não reinvente a roda no quesito de jogabilidade, Sackboy: Uma Grande Aventura é extremamente bem sucedido em entregar uma experiência única para o jogador, que brinca com suas emoções, evoca nostalgia e te mantém entretido do começo ao fim.

Para quem comprou um PlayStation 5 – ou no PS4 mesmo – essa será uma jornada sem arrependimentos se você der uma chance. Pela Legião, Sackboy: Uma Grande Aventura leva 4 estrelas e ficará guardado com muito carinho no coração deste redator.

E aí, vai dar uma chance para Sackboy? Não esqueça de comentar!

Sackboy: Uma Grande Aventura já está disponível no PlayStation 4 e chega ao PlayStation 5 em 19 de Novembro.