Tudo o que você precisa saber sobre os Mandalorianos, de Star Wars

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Tudo o que você precisa saber sobre os Mandalorianos, de Star Wars

Por Raphael Martins

Os mandalorianos, um povo guerreiro e comumente visto como mercenários e caçadores de recompensas, alçou novos níveis de popularidade após o lançamento de The Mandalorian, a primeira série de TV em live action baseada no universo de Star Wars.

Embora sejam velhos conhecidos dos fãs do antigo universo expandido, que também acompanharam as séries Star Wars: Guerras Clônicas e Star Wars: Rebels, só agora esses guerreiros estão alcançando o público mais casual, que está aprendendo sobre “o caminho” pela primeira vez.

Mas quem são eles? O que comem? Onde vivem? Essas e outras respostas, você encontrará nesta matéria!

The Mandalorian mostrou os mandalorianos para um público maior e mais casual

Para começarmos a falar dos mandalorianos, é interessante citar sua origem segundo o antigo universo expandido, que foi onde sua história foi construída por décadas antes de a animação Guerras Clônicas “recanonizar” a origem do povo guerreiro.

Os mandalorianos são naturais do planeta Mandalore, mas este não é o único lugar que eles chamam de lar. Eles também tem uma forte presença em Kalevala, Concordia e no planeta Concord Dawn, que é tida como a “segunda casa” pelos guerreiros.

Nos antigos livros e quadrinhos, os mandalorianos eram um grupo de nômades divididos em clãs e cuja única atividade era a guerra. Sua fama não era lá muito boa, sendo vistos como infames na história da galáxia por terem se associado aos Sith na época da velha república e por terem travado guerras contra os jedi.

Milhares anos antes dos eventos de Uma Nova Esperança, os mandalorianos começaram seu plano de expansão e domínio da galáxia, se aliando aos Sith para alcançarem esse objetivo. Após a derrota dos Sith, os mandalorianos continuaram suas hostilidade, o que os colocou em rota de colisão com os jedi, e foi durante esses conflitos que eles se tornaram ainda mais mortais, adaptando suas armas e armaduras para conseguirem derrubar até mesmo os usuários da Força, em um período de tempo que ficou conhecido como “as guerras mandalorianas”.

Reconhecer um mandaloriano é fácil: eles usam armaduras muito similares, com capacetes bem parecidos entre si. Algumas delas são feitas de Beskar, um metal extremamente raro capaz de resistir até a golpes feitos por um sabre de luz, o que os torna adversários perigosíssimos para qualquer jedi menos treinado.

De forma totalmente impiedosa e com todos os clãs unidos sob a mesma bandeira, eles invadiram planetas da velha república e os conquistaram, mas eventualmente acabaram derrotados pelos jedi. Nos séculos seguintes, a sociedade mandaloriana foi deixando lentamente cultuar a guerra, passando a viver sob uma cultura mercenária.

No antigo universo expandido, os Mandalorianos quase conquistaram a galáxia inteira, mas foram impedidos pelos Jedi

A história destes guerreiros mudou um pouco após a série animada Star Wars: Guerras Clônicas, onde pudemos compreender com muito mais profundidade a sociedade, os costumes e as tradições mandalorianas. A presença deles é forte na animação, cortesia de Dave Filoni, criador da série e fã do povo guerreiro.

Durante a série, vemos os mandalorianos em uma época de transição. O novo governo de Mandalore, que tinha ideais pacíficos e queriam evitar a guerra, falava pela maioria dos habitantes do planeta, que era liderado pela duquesa Satine Kryze. Como era de se esperar, houve quem não concordasse e quisesse que o povo voltasse a viver sob a cultura da guerra e do conflito. Esse grupo de oposição, conhecido como O Olho da Morte e composto por radicais e assassinos, se opôs ao novo governo, iniciando uma guerra civil.

Eles estavam tão decididos a voltar a seus velhos hábitos que se aliaram a Maul, ex-discípulo de Darth Sidious. Seja pelas circunstâncias ou pela vontade da Força, isso colocou o mandalorianos novamente em uma disputa violenta com os cavaleiros jedi, em especial contra Obi-Wan Kenobi, que tinha uma ligação forte com a duquesa Satine.

Apesar de seu histórico de conflito, já existiu um mandaloriano jedi: ele se chamava Tarre Vizsla, brandia um sabre de luz de lâmina negra e trouxe paz para seu povo por muito tempo, unificando todos os clãs. Seu sabre acabou se tornando um símbolo incontestável de poder e passou a ser brandido pelos líderes que vieram depois, o que incluiu Maul, em uma jogada traiçoeira para conquistar o poder em Mandalore e colocar todo aquele povo sob seu domínio. Felizmente, ele foi destronado algum tempo depois.

Tarr Vizsla, o primeiro (e único) mandaloriano Jedi

Após o Império tomar o poder na galáxia, os mandalorianos viveram a pior época de toda sua história. O Imperador ordenou que o planeta inteiro fosse tomado e que seus habitantes servissem a causa imperial, mas logicamente, houve resistência. Muitos deles fugiram para planetas vizinhos como Concord Dawn e passaram a viver escondidos, oferecendo seus serviços como guerreiros para quem pagasse mais. Os que permaneceram em Mandalore foram obrigados a construir armas para o Império.

Entre essas pessoas estavam Sabine Wren e sua família, que ao servirem ao Império, condenaram seu povo: as armas criadas por ela acabaram sendo usadas contra os próprios mandalorianos, que morreram aos montes. Desgraçada e vista como uma traidora, ela fugiu, fazendo carreira como mercenária até ser encontrada pelo jedi Kanan Jarrus e a piloto Hera Syndulla, fazendo parte de uma célula rebelde e passando a lutar contra as forças do imperador.

Todos esses eventos acontecem em Star Wars: Rebels, série animada que se passa cinco anos antes de Uma Nova Esperança e mostra, além do nascimento da rebelião, a situação de Mandalore após as guerras clônicas.

Sabine Wren brande o Sabre Negro: uma nova esperança para o povo mandaloriano

Outros dois representantes muito famosos deste núcleo de personagens são os caçadores de Recompensa Jango Fett e Boba Fett, mas a verdade é que os dois não são realmente mandalorianos, apesar de usarem sua armadura de Beskar.

Durante a série Guerras Clônicas, Almec, o primeiro ministro de Mandalore, diz que Jango era apenas um caçador de recompensas comum que usava uma armadura mandaloriana, sugerindo que ele não fazia parte de nenhum clã. E sendo Boba Fett seu clone, ele também não poderia ser um Mandaloriano.

Apesar disso, eles seguem sendo personagens bastante populares e são vistos como mandalorianos por fãs com menos conhecimento do que não é visto nos filmes.

Habilidoso e letal, Boba Fett é o caçador de recompensas mais temido da galáxia… mas não é um mandaloriano

E finalmente, chegamos a The Mandalorian, que a cada episódio revela cada vez mais sobre esses personagens tão fascinantes. Na série, vemos os mandalorianos que se espalharam pela galáxia, vivendo seu “caminho” como mercenários. Eles se escondem em planetas distantes, aparecendo apenas um de cada vez para preservarem seus números e evitarem conflitos desnecessários com remanescentes imperiais e contra a Nova República, que quer levá-los à justiça por seus crimes.

Outro aspecto interessante sobre eles é o fato de jamais mostrarem seu rosto, nem sequer entre si. Segundo o protagonista da série, tirar o capacete na frente de outra pessoa significa que eles não poderão usá-lo nunca mais, deixando sua vida e seu “caminho” para trás. É uma decisão importante na vida de um mandaloriano, então não esperem ver o rosto de Pedro Pascal na série tão cedo.

Os mandalorianos são fascinantes por sua cultura, suas armaduras estilosas e seus métodos de combate, e a torcida dos fãs é que The Mandalorian possa mostrar ainda mais desses personagens tão interessantes, que tornam toda a lore de Star Wars ainda mais rica.

Este é o caminho.

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