Stephen King – A trajetória do mestre do horror!

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Stephen King – A trajetória do mestre do horror!

Por Evandro Lira

Quem olha para Stephen King hoje, não imagina que um dos mais influentes autores da atualidade levou décadas para ter seu trabalho reconhecido e apreciado.

Clássicos, não só do horror, mas da cultura pop mundial, como O Iluminado, It: A Coisa, Misery: Louca Obsessão, Carrie: A Estranha e Cemitério Maldito, são apenas uma pequena parcela da obra do ator, que é tão vasta quanto seu talento.

King foi depreciado por anos entre a comunidade literária, que considerava os romances do autor “baixa literatura”. Até mesmo quando ele passou a ganhar prêmios, saíam algumas declarações polêmicas de publicações relevantes, que afirmavam que suas histórias eram fracas e não merecedoras de atenção.

Sobre isso, King colocou uma vez: “Tudo o que posso dizer é – e isso é em resposta aos críticos que muitas vezes disseram que meu trabalho é estranho e às vezes um pouco doloroso – eu sei disso. Estou fazendo o melhor que posso com o que tenho.”

Carrie: A Estranha viria a ser o primeiro sucesso de King nas livrarias e nas telonas.

E o professor de ensino médio que ganhava uma merreca e morava num trailer, sem dúvida, deu tudo de si. Mas ele faz questão de deixar claro que Tabitha, sua esposa, quem ele conheceu na faculdade, foi essencial para que ele não desistisse. A mulher não permitia que King aceitasse um emprego que lhe pagasse mais se isso significasse não ter tempo para escrever. Tabitha encorajava King de todas as maneiras possíveis, inclusive quando achou os rascunhos de Carrie: A Estranha e ordenou que o marido voltasse a escrever.

E nós só temos a agradecer a Tabitha, afinal, foi Carrie o primeiro romance que King conseguiu publicar, abrindo as portas para que no ano seguinte, ele já tivesse publicando um segundo. E em seis anos, já eram seis livros. Desde então, King vem mantendo um ritmo invejável de publicações, com várias delas sendo adaptadas para o cinema e televisão.

Carrie: A Estranha, por exemplo, ganhou um filme já em em 1976, dois anos após a publicação do livro. E em 1980, com vários romances populares, Stephen King se tornava o autor mais vendido do mundo.

O preconceito que caia sobre King, naquela época mais do que nunca, vinha também de uma certa depreciação pelo gênero do horror. A prova disso se dá quando na década de 1990, um drama inspirador chamado Um Sonho de Liberdade chega ao cinema sendo aclamado pela crítica. Indicado a vários Oscar, o longa se tornaria um dos filmes mais queridos de todos os tempos. E o artista por trás daquela história que encantou o mundo era ninguém menos que o mestre do terror.

O longa é adaptado de uma novela de King, de 1982, que integra uma coletânea de histórias escritas pelo autor. Mas foi só quando o filme saiu, que muita gente percebeu a versatilidade da escrita de King. Ele “precisou” de um filme adaptado de uma novela totalmente fora da sua zona de conforto, para finalmente ganhar a atenção daqueles que ainda torciam o nariz para ele.

“Um Sonho de Liberdade” é uma das obras mais notórias de King no cinema,

A partir daí, tanto seus trabalhos anteriores quanto os que foram lançados depois passaram por novas revisões e olhares que moldava toda uma nova reputação para Stephen King.

Mas ao contrário do que muitos podiam pensar, King sempre foi um mestre em criar histórias dinâmicas e instigantes, e com um estilo único,  que se tornou reconhecível em qualquer lugar.

O legado de Stephen King se fez não só nos seus livros best-sellers, e nas adaptações de filmes que se imortalizaram no cinema, mas também em alguns produtos culturais tão contemporâneos, que só confirma o poder de influência do autor até hoje.

Produções recentes como A Torre Negra, Jogo Perigoso, 1922 e Cemitério Maldito, além do sucesso absoluto de It: A Coisa ilustram esse interesse que as histórias de King ainda provocam nos dias de hoje.

Uma nova versão de “Cemitério Maldito” está em cartaz no cinema,

A obra de Stephen King foi responsável por inspirar outros nomes relevantes da literatura contemporânea, como Sherman Alexie e Haruki Murakami. Até mesmo seriados que se mostraram verdadeiros fenômenos culturais como Lost e Stranger Things bebem da água de King.

E se engana quem acha que as histórias do mestre do terror ganharam tanto o público por causa de monstros, fantasmas ou psicopatas. O grande trunfo delas são exatamente a maneira como King explora os paradoxos da mente humana e os transforma em atitudes viscerais nas páginas dos livros.

Se você nunca deu uma chance a Stephen King, saiba que nunca é tarde. Talvez não haja momento melhor, inclusive. A tendência é que cada vez mais textos do autor, sejam remakes ou adaptações inéditas se materializarem no cinema, na TV ou nos serviços de streamingE se depender do mestre do horror, não vai faltar material, tamanha sua produtividade.

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