Supergirl: 3×14 – Macacos me mordam!

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Supergirl: 3×14 – Macacos me mordam!

Por Chris Rantin

Tendo muita série pra pouco horário disponível, a The CW precisou colocar Supergirl na geladeira para que Legends of Tomorrow pudesse exibir os últimos episódios da terceira temporada (que foi maravilhosa, por sinal). Então, depois de um longo hiatus, a nossa heroína finalmente voltou.

Preciso confessar que a espera foi tão grande que até cheguei a esquecer algumas coisinhas sobre a trama, mas felizmente (ou infelizmente) esse episódio foi mais um filler do que um desenvolvimento real da trama das Arrasa-Mundos e da Reino. Essa semana finalmente vimos um pouco de atenção sendo direcionada para Winn, que desde a primeira temporada acabou se tornando uma espécie de figurante engraçadinho que tem apenas uma fala por episódio.

A melhor coisa sobre Winn Schott é o fato de que ele é filho do psicótico vilão conhecido como Homem Brinquedo, mas, infelizmente, a série só explorou isso uma vez, jogando essa grande trama de lado e preferindo colocar o personagem  como o ajudante do Guardião na segunda temporada, no que foi uma das escolhas mais duvidosas dos produtores da série… Sendo assim, todo e qualquer episódio que além de focar no Winn acabe por explorar sua origem obscura e, de certa forma, o fato de que ele tem parte daquela genialidade insana é um episódio bom pra mim, mesmo que nada da trama da temporada avance de fato.

Voltando ao episódio, essa semana finalmente entendemos um pouco mais da família de Winn, e o quão cruel e abusivo seu pai poderia ser, tendo afastado Mary McGowan, a mãe dele, depois de ameaçar sua vida de seu filho.

Passei o episódio todo achando que, em algum momento, a mãe dele acabaria se revelando como uma louca ou a Mulher Brinquedo, mas felizmente a série conseguiu fugir desse clichê, mostrando uma mãe que teve que sofrer ao se afastar do filho, sem nem ao menos se despedir e sabendo que ele a odiaria, apenas para proteger a vida dele.

Laurie Metcalf, atriz que viveu a Mary, conseguiu fazer um ótimo trabalho apresentando uma personagem machucada, excêntrica e divertida, ao mesmo ponto em que desesperada para ter alguns bons momentos com seu filho. A atriz conseguiu ajudar Winn a brilhar ainda mais no episódio, criando uma dinâmica que eu espero que continue sendo explorado no resto da temporada. Do jeito que a série funciona, não duvido que coloquem a mulher pra trabalhar no DEO, nem que seja criando robôs ou equipamentos pra equipe, e honestamente, se isso significar ter mais desenvolvimento para o Winn, eu não reclamo.

No entanto, ainda acho uma pena terem matado o Homem Brinquedo. Tudo bem que ele não estava sendo usado pra nada, mas Supergirl parece ter uma pressa para matar personagens importantes – ou que poderiam se tornar importantes – que me irrita. Vimos a partida precoce da Curto-Circuito e agora perdemos um vilão lúdico e cheio de possibilidades.

Todo o episódio girou em torno do tema família, assim também vimos J’onn tendo que encarar o fato de que seu pai está tendo problemas mentais, o que é sempre perigoso quando se trata de criaturas psíquicas e, segundo a sinopse do próximo episódio, pode se mostrar um problema real para todos do DEO. Foi muito bonito tabém como a série voltou a reforçar o relacionamento de Alex com o marciano, toda a dinâmica pai e filha deles, e como eles sempre estão ali para se apoiar, é algo muito bonito de ser ver.

Mesmo que tenha gostado do episódio como um todo e que entenda a razão para ter tanto CGI sendo usado, foi bastante sofrível ver algumas cenas envolvendo os brinquedos, em alguns pontos chegava a parecer até que havia problemas de a sincronização dos efeitos com as reações dos atores. A cena do Mon-El surrando o dinossauro com um pedaço de tecido também foi meio tosco, servindo apenas para que Supergirl visse novas técnicas de luta que o herói aprendeu.

Outra escolha duvidosa que a série fez foi provar que Satúrnia, a Imra, não é uma telepata na série, tendo apenas a sua telecinese. Não vejo porque tiveram que mudar isso, mas provavelmente é para nerfar a personagem, ou seja, diminuir seus poderes, contra os Arrasa Mundo, afinal, a vilã Psi já provou que Reino é bastante vulnerável aos ataques mentais.

Falando nos outros integrantes da Legião dos Super-Heróis, finalmente descobrimos qual era a real missão deles e o que justificou sua chegada na série. Há muitos episódios descobrimos que uma criatura chamada Blight foi responsável por causar muita destruição e morte no futuro. Acontece que Blight é a evolução da terceira Arrasa-Mundo, a Peste, a única que ainda não foi apresentada na série. A verdadeira missão da Legião é enfrentar Peste e impedi-la de se tornar uma criatura ainda mais poderosa, conseguindo assim salvar todo mundo.

Essa missão me dá muita esperança, pois dá a entender que Reino não será a grande ameaça da temporada, mas sim a Peste-Blight, o que no meu coração de Alice, significa que ela ainda pode encontrar sua redenção e lutar ao lado dos heróis contra a outra Arrasa-Mundo.

Enquanto todo mundo lidava com seus problemas familiares, descobrimos que Lena Luthor estava mantendo Sam sedada (ou ao menos é isso que aparenta ser) em uma de suas instalações. Tenho que adimitir que foi só então eu me lembrei que o último episódio da série antes do hiatus terminou com Lena dizendo que sabia o que estava acontecendo com sua amiga e que iria ajudar.

O que me faz pensar na possibilidade de que a terceira Arrasa-Mundo pode ser a própria Lena, mas que até agora conseguiu manter esse seu aspecto sobre controle… Sim, parece loucura, contudo também faria todo o sentido o interesse dos Luthors na jovem Lena e o fato de que Lex e sua família sabe tanto sobre Kryptonianos. Fora que, quando você pensa nela como uma arma viva, a adoção da menina pelos “vilões” faz ainda mais sentido.

O que vocês acham dessa teoria? Gostaram do episódio como um todo? Comentem!

Confira abaixo a nossa galeria sobre a série:

Supergirl vai ao ar toda segunda-feira na The CW, as reviews do episódio saem toda quarta-feira aqui na LH!