Supergirl: 3×18 – James Olsen precisa morrer!

Capa da Publicação

Supergirl: 3×18 – James Olsen precisa morrer!

Por Chris Rantin

O último episódio de Supergirl havia terminado de forma tensa, com as três Arrasa-Mundos finalmente se unindo, o que levou na Supergirl e seu time a descobrirem sobre toda aquela situação envolvendo Lena Luthor tentando ajudar Sam e a se livrar da Reino.

Tá, tudo bem, saber que uma Luthor manteve uma guria em um laboratório super-secreto e que conseguia manter a ameaça alienígena sob controle usando doses cavalares de Kryptonita não deve ser a coisa mais fácil. Especialmente quando você é uma alienígena cuja principal fraqueza é Kryptonita, mas convenhamos, toda a reação da Kara Danvers foi completamente descabida.

Especialmente quando tudo foi explicado e ficou claro que tudo aquilo era pra ajudar a Sam e quando Lena apontou que tudo aquilo era uma escolha da Sam. Mais que isso, desde que Lena chegou na série, Kara foi a única pessoa que sempre acreditou e apoiou a Luthor. Mesmo quando todo mundo julgava ela pelas ações do seu irmão, mesmo quando toda a sociedade acusava ela de crimes imperdoáveis, mesmo que ela supostamente se aliou com a mãe dela – uma grande inimiga da Supergirl. Mesmo quando a própria Lena duvidou de si mesma, acreditando que era a responsável pelo envenenamento das crianças no começo dessa temporada, Kara nunca duvidou da inocência de Lena Luthor, nem comparou ela ao Lex.

O que aconteceu pra mudar tudo isso então? O romance com o James Olsen. Sim, além de todas as outras mil reclamações que eu já fiz sobre ele – como o fato de que ele já deveria ter saído da série quando decidiram aposentar o romance entre ele e a Kara – para dar alguma profundidade emocional nesse relacionamento forçado e descabido, os produtores da série escolheram sacrificar uma das melhores amizades de toda a série.

E isso acontece de forma muito simples. Kara não acredita em Lena e faz o Guardião ir investigar a instalação secreta da moça (algo que a Supergirl da temporada passada NUNCA faria). Ai tudo já fica estranho, afinal todo o arco do Guardião foi esquecido no churrasco tem muito tempo, Kara poderia ter pedido para qualquer outra pessoa para fazer esse trabalho sujo, até mesmo o Winn que, inclusive, era quem estava comandando tudo. Não havia necessidade de ter o Guardião ali, uma vez que não havia nenhuma ameaça, ou algo que precisasse de força física.

Mas isso faz com que o Guardião decida não invadir o cofre de Lena. Tudo bem, vida que segue, manteve a amizade das duas, correto? Não. Ele joga uma contra a outra. Lena e Supergirl haviam “resolvido” o problema no final do episódio, elas estavam de boas de novo, mas James Olsen, desesperado para ser o salvador da Lena, sente a necessidade de dizer que a Supergirl mandou ele espionar sua namorada.  

Não, não estou dizendo que ele tinha que mentir ou coisa do tipo, mas a maneira que ele conta o que aconteceu é muito “Olha como eu sou incrível e bonzinho, eu fiquei do seu lado, mas a Supergirl não acredita em você e me mandou fazer isso…” percebem o que eu quero dizer? Depois de toda a jornada emocional que Lena passou, todo o estresse de ter que lidar com Sam e seu experimento, a jornada em Juru e tudo mais, ela está especialmente vulnerável ali, e James Olsen se aproveita disso, fazendo com que ela se aproxime ainda mais dele. Isso é baixo, é errado e definitivamente não é algo que veriamos acontecendo se não houvesse esse romance forçado.

A série tem conseguido se recuperar de momentos mais fracos no começo da temporada, apresentando episódios maravilhosos ou emocionantes. Nesta semana, com toda a jornada de Lena, Supergirl e Alex em Juru para resgatar Sam – e consequentemente impedir as três “bruxas” de conseguirem extinguir o Sol – foi bem bacana. É interessante quando eles decidem retirar os poderes da heroína, fazendo ela lidar com as situações como um humano normal, pois isso sempre significa em um trabalho em equipe onde todo mundo acaba sendo útil.

Preciso ressaltar o quão incrível  Odette Annable foi nesse episódio, mostrando tanto a fúria da Reino quando o desespero e agonia de Sam, especialmente no vale de Juru quando ela simplesmente não conseguia se lembrar do nome da sua filha, ou ainda quando teve que confrontar as mortes que causou.

Uma pena, no entanto, que toda essa jornada incrível resultou em uma batalha não muito memorável. Um problema que muita gente encontra em Supergirl é como eles vivem nerfando seus personagens para conseguir equilibrar as coisas. É bem irritante saber que no episódio passado a Imra conseguia criar campos de força capazes de cercar prédios inteiros, mas que por alguma razão, nesse episódio ela tentou enfrentar a Peste em um combate corpo a corpo – e isso é só um dos exemplos de como a série faz uma escolhas duvidosas na hora das lutas.

Outra coisa, Kara passou um episódio inteiro aprendendo a usar a capa como arma para não usar esse ataque em momento nenhum. Tudo bem que a guria tava sofrendo com os efeitos nocivos do poder das “bruxas” e toda aquela história do Sol, mas ainda assim parece um belo desperdício de treinamento.

No fim, a grande salvadora do dia foi a Pureza, ou melhor dizendo, a Júlia. A contra-parte humana da Arrasa-Mundo com gritos sônicos finalmente conseguiu assumir o controle do seu corpo, salvando todo mundo ao atacar suas “amigas”.

Se vocês estavam acompanhando minhas outras reviews da série, sabem o quão animado eu estava para conhecer a Peste e como eu defendia que ela seria mais forte até do que a própria Reino, afinal, a Legião dos Super-Heróis havia revelado que ela se tornaria a perigosa Blight, capaz de matar muita gente no futuro. Por isso, foi bastante decepcionante ver a moça morrer tão rápido para a Pureza. Se isso tivesse que acontecer mesmo, esperava que pelo menos fosse uma grande batalha.

Por fim, quando a essência das duas começou a desaparecer, eu jurava que elas iriam se fundir em um novo ser e que ai sim veríamos a Blight em toda glória e poder. Mas não foi o que aconteceu. Será que pelo menos a Reino conseguiu absorver a força delas? Talvez até mesmo seus poderes? Só esperando para saber.

Eu não posso terminar essa review sem citar o quão irritado eu fiquei com a Kara dizendo que, mesmo que elas não tenham conseguido salvar Sam, elas salvaram a Júlia. Amiga, ela tá morta! Que espécie de salvação é essa??? Tudo bem que ela morreu como Júlia e não como Pureza, mas ainda assim, não acho que serve muito de consolo saber que alguém morreu por sua causa.

Por fim, voltando ao meu amor conhecido como Lena Luthor, vocês também acharam que ficou muito na cara que ela conhece a identidade secreta da Supergirl? Veja bem, Lena é um gênio. Ela não só consegue criar sua própria Kryptonita, como também sabe pilotar naves do século 31. Não só isso: Ela sabia sobre o DEO, sabia que era ali que a Alex trabalhava e descobriu isso porque eles eram inimigos da sua mãe. Quem mais era inimigo da Senhora Luthor? Isso mesmo, a Supergirl! Seria um furo grande demais dizer que a Lena não sabe que Kara e Supergirl são a mesma pessoa, especialmente quando esse episódio deixou bem claro que, mesmo sabendo das coisas, Lena preza pela privacidade das pessoas e por isso não sai falando daquilo que ela não deveria saber…

Mas o que vocês acharam do episódio? Concordam comigo que James Olsen precisa morrer? Comentem!

Não deixem de conferir nossa galeria sobre a série:  

Supergirl vai ao ar toda segunda-feira na The CW, as reviews do episódio saem toda quarta-feira aqui na LH!