[Review] Spider-Man: Guerras Territoriais – Será que não podia ser melhor?!

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[Review] Spider-Man: Guerras Territoriais – Será que não podia ser melhor?!

Por Felipe de Lima

Marvel’s Spider-Man veio acompanhado de muita responsabilidade, o leque de títulos ruins do Homem-Aranha estava ficando cada vez maior e havia a necessidade de retrabalhar o personagem para a nova geração de consoles. Embora o game da Sony exclusivo para PlayStation 4 vá brilhar nas listas de melhores jogos de 2018, as DLCs estão indo na contramão disso tudo. 

Depois da desinteressante O Assalto, chegou a vez de Guerras Territoriais mostrar a que veio. Sendo a segunda parte de do conjunto de DLCs A Cidade que Nunca Dorme, a mais recente empreitada do Homem-Aranha contra a Maggia simplesmente não precisava existir. 

Depois da incerteza sobre o destino da Gata Negra, o vilão Hammerhead resolve mostrar suas cartas e se tornar um protagonista ativo da trama, deixando de apenas puxar as cordas por trás da cortina. Ampliar a gama de vilões com mais um famoso antagonista das histórias do aranha soa realmente oportuno, o problema é que na prática as coisas são diferentes. 

A introdução de Hammerhead é assustadora e mostra o potencial do personagem, os primeiros minutos, inclusive, parecem preceder uma grande história sobre a máfia e a cidade de Nova Iorque, mas isso fica apenas no gosto. Em pouco tempo, a DLC começa a flertar com o absurdo e não para mais. Se o game principal se esforçava para ser ao menos coerente, Guerras Territoriais joga isso pro alto ao tentar deixar o combate um pouco mais variado com tecnologias ainda mais espalhafatosas para o lado dos bandidos, o que infelizmente deixou a jogabilidade ainda mais repetitiva e um tanto cansativa. 

Indo além do plano de Hammerhead para tornar a Maggia temida novamente, temos a capitã Yuri Watannabe em uma busca pessoal por vingança. O vilao cometeu uma série de atentados contra a polícia e a capitã não quer deixar barato. A partir daí, temos o Homem-Aranha tentando impedir ambos os lados de começarem uma guerra.

A DLC até consegue ser divertida em alguns momentos, como quando o Spiderbot dá as caras e você precisa se infiltrar com ele dentro de um bar repleto de criminosos. Porém, em geral, Guerras Territoriais não traz nada de novo, nem mesmo as missões envolvendo a Srewball e seu showzinho online conseguem encantar. Quanto às outras secundárias, elas envolvem, em geral, capangas de Hammerhead em seus galpões e crimes cometidos pela Maggia. 

Em geral, a Guerras Territoriais deixa muito a desejar e novamente fica a sensação de que todo o arco A Cidade que Nunca Dorme poderia facilmente estar dentro do jogo principal. Honestamente, o que me motivou a continuar jogando foi conseguir os trajes novos. Um deles é o Aranha de Ferro original dos quadrinhos, o traje do arco Spider-Clan e a Armadura MKI.

Guerras Territoriais está disponível desde a última terça-feira (20). A terceira parte da DLC chega em dezembro. 

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