Como “Jurassic World III” lidará com as questões deixadas no final de “Reino Ameaçado”?

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Como “Jurassic World III” lidará com as questões deixadas no final de “Reino Ameaçado”?

Por Equipe Legião dos Heróis

Se existe algo que a saga Jurassic World merece, certamente são aplausos pela coragem de levar a franquia toda para um passo tão adiante, algo que nem mesmo Jurassic Park: O Mundo Perdido, foi capaz de alcançar. Todavia, essa mesma coragem também está gerando muitas polêmicas entre a comunidade de fãs.

Tudo porque Jurassic World: Reino Ameaçado, terminou com um grande mistério: os dinossauros resgatados da Ilha Nublar agora estão soltos pelo mundo; e, tudo bem, são poucos, mas o que acontecerá com o mundo a partir de então? O segundo filme da saga deixa mais perguntas do que respostas em sua conclusão.

E enquanto nenhuma novidade aparece sobre o terceiro filme, que já foi confirmado, os fãs precisarão se contentar com teorias usando como base as informações que foram divulgadas até então e também no que os cinco filmes anteriores (e em especial os dois últimos) deixaram de material para especulação. Vamos começar?

O que será que nos espera em Jurassic World III?

O que será que nos espera em Jurassic World III?

Os dinossauros híbridos de humanos (ou vice-versa)

Essa é a teoria mais popular na internet porque o segundo filme dá pistas disso o tempo inteiro. Para começar, a garotinha Maisie Lockwood (Isabella Sermon) é um clone da própria mãe. Então sim, a grande reviravolta é que a engenharia genética foi longe demais. Se antes o público não achava que os limites tinham sido extrapolados com dinossauros, talvez mexendo com a própria espécie faça com que as pessoas enxerguem o problema.

Os limites da ética e da moral foram ultrapassados para valer. Mas mais do que isso, muitos especulam que a menina possa ter algo a mais em seu DNA. O Dr. Henry Wu (B.D. Wong), o principal cientista da franquia (e meio que o principal antagonista da série); dá a entender que Maisie pode ter algo a mais em seu organismo. Além disso, a garota é sempre mostrada em paralelo aos dinossauros e seus olhos possuem uma coloração diferente.

O Indoraptor, o dinossauro geneticamente modificado da vez faz questão de perseguir apenas Maisie. E por falar nele, há uma cena muito específica do leilão de dinossauros em que o personagem Gunnar Eversol (Toby Jones) apresenta o animal como um híbrido que possui o DNA das “duas criaturas mais perigosas que já caminharam na Terra”. Uma das partes nós sabemos que pertence aos velociraptors. A outra… Nunca é dita.

Maisie poderá desenvolver sua conexão com os dinossauros?

Maisie poderá desenvolver sua conexão com os dinossauros?

Mas é só pensar em pouco em como a franquia vem trabalhando as áreas cinzas (mais escuras do que cinzas) que os humanos são colocados nos longas e juntar A+B. A brecha que é deixada para dedução nessa cena vem gerando controversas, mas se acompanharmos a evolução da engenharia genética ao longo dos filmes, parece plausível de acontecer.

Dadas essas informações, a teoria se desdobra em duas possibilidades: na primeira, Maisie seria uma espécie de líder revolucionária que, no terceiro filme, já seria uma adulta e teria algum tipo de conexão especial com os dinossauros e os defenderia com a própria vida se necessário, pois os entende mais do que ninguém, afinal ela tem o DNA deles em seu corpo.

Ela conseguiria viver entre os dinossauros sem problemas, ou poderia controla-los de alguma forma, de maneira similar ao que Owen Grady (Chris Pratt) vinha conseguindo fazer com a adorável velociraptor Blue.

Blue é notável por sua inteligência e ainda pode ser uma peça-chave para o futuro da franquia.

Blue é notável por sua inteligência e ainda pode ser uma peça-chave para o futuro da franquia.

A outra possibilidade seria o filme se aproximar mais do polêmico roteiro de um suposto Jurassic Park IV que nunca aconteceu, onde híbridos humano-dinossauro seriam explorados como armas biológicas usadas para fins militares – contando com armamentos e tudo o mais que você pode imaginar. Se pensarmos que o Indoraptor foi um protótipo para esse cenário e que Maisie talvez carregue a chave para essa implementação se tornar realidade, o absurdo pode se tornar verdadeiro. Vamos esperar que não…

A guerra entre humanos e dinossauros

Nesta teoria veríamos um mundo onde os dinossauros estariam se reproduzindo cada vez mais e assassinando populações locais, além de estarem ajudando a extinguir espécies de animais do planeta, já que toda a cadeia alimentar estaria sendo reconfigurada com a chegada deles.

Então, para impedir que um fenômeno global da pior espécie aconteça (isto é: que o mundo perca ainda mais o controle e a natureza responda a isso causando uma nova extinção em massa), os humanos iriam reagir da maneira que melhor sabem: lutando contra os dinossauros.

Dinossauros contra humanos. Será?

Dinossauros contra humanos. Será?

Até se especula que o título do terceiro filme seja “Jurassic World War” por conta disso, pois seria uma batalha pelo destino do mundo. De um lado, os dinossauros que os próprios humanos ajudaram a trazer de volta e só estão seguindo seus instintos mais básicos; e do outro, a população que também quer apenas se autopreservar como qualquer outra espécie ou ser do planeta.

Como conceito, isso funcionaria porque seria difícil ficar de um lado da luta. Afinal, não existiria tecnicamente alguém certo ou errado nesta batalha, apesar de sabermos que o erro partiu dos humanos quando quiseram brincar de Deus. Porém, em uma possível abordagem desse tipo, seria difícil torcer pelos dinossauros também, pois eles estariam, sem saber, ajudando a destruir a Terra.

A teoria do caos jurássico

Essa é, particularmente a minha favorita e a que eu espero que o terceiro longa siga, mesmo que de leve. Isso porque aqui não veríamos guerras ou a ciência indo longe demais – mais do que já foi. Aqui teríamos uma abordagem mais voltada para a sobrevivência e para a aventura e exploração, com uma pitada de suspense e terror a gosto.

O Dr. Malcolm sempre nos alertou. Ele estava certo o tempo todo.

O Dr. Malcolm sempre nos alertou. Ele estava certo o tempo todo.

Antes de mais nada, vale ressaltar que esta teoria tem como base um depoimento do diretor Colin Trevorrow, em que ele informou ao Total Film que o Indoraptor seria o último dos monstros híbridos da franquia e que Jurassic World III não apresentaria nenhum dinossauro do gênero. Como ele mesmo disse que adotará uma abordagem mais “de volta às raízes”.

Sabe-se que o roteiro do terceiro filme, até o momento, está sendo escrito juntamente de Emily Carmichael, de Círculo de Fogo: A Revolta. E nas palavras de Trevorrow, ele disse: “Estou ansioso para, no terceiro filme, voltar um pouco para o Paleontólogo, para a verdadeira natureza selvagem e natural dos dinossauros nisso tudo”.

Apostando alto, isso pode significar que veremos um salto temporal entre cinco e quinze anos. Os dinossauros, mesmo sendo todas fêmeas, teriam, como disse o Dr. Ian Malcolm (Jeff Goldblum) no primeiro Jurassic Park, “encontrado um meiode se reproduzir – algo que também acontece no filme original. Com isso em mente, os animais teriam se espalhado e dominado algumas áreas distintas em diferentes continentes.

Será que o terceiro Jurassic World mostrará mais interações, mais guerras ou mais terror?

Será que o terceiro Jurassic World mostrará mais interações, mais guerras ou mais terror?

Enquanto isso acontecia, a teoria do caos estaria em voga, mas afetando diretamente os humanos. Afinal, com a ampliação dos dinossauros, que já são híbridos; a natureza estaria respondendo a isso com fenômenos naturais cada vez mais devastadores, que tornariam impossíveis a vida humana permanecer em determinados territórios.

Uma grande parcela da população seria eliminada nesse processo, e outra considerável parte poderia ser dizimada por doenças, pois com as mudanças climáticas, se tornaria difícil manter um organismo com a saúde intacta e/ou sem grandes alterações. Com isso, sobreviveriam poucos humanos e o mundo finalmente se tornaria, como diz o título, jurássico.

Mostrar, portanto, os humanos remanescentes tentando levar a vida nesse mundo, se deparando com os dinossauros como ameaças da natureza selvagem enquanto tentam apenas sobreviver da melhor maneira possível, seria no mínimo interessante. No final, veríamos de uma forma simples e caricata a grande moral que a franquia sempre tentou nos passar…

A de que humanos brincando de ser Deus, apenas os levaria à sua própria extinção.

Por hora, fique com a crítica de Jurassic World: Reino Ameaçado:

Jurassic World III está previsto para 2021.