Agentes da S.H.I.E.L.D.: 5×19 – Guerra dos Mundos!

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Agentes da S.H.I.E.L.D.: 5×19 – Guerra dos Mundos!

Por Gus Fiaux

Como vocês já sabem que essa review contém spoilers, não há motivos para me segurar: Graviton finalmente está vivo, e no corpo de ninguém menos que o General Talbot. Dito isto, posso soltar minha emoção e falar daquele que indico como o episódio mais tenso de toda a história de Agentes da S.H.I.E.L.D.

Se você leu o texto da semana passada, sabe muito bem que o episódio anterior já tinha ocupado um lugar considerável no meu coração, principalmente por seu tom extremamente desconcertante e carregado de suspense. Mas não dá, nada me prepararia para “Option Two”, que meio que inicia a reta final da quinta temporada da série.

O episódio todo é maravilhoso em um nível estupendo. A premissa começa bem simples, já que a General Hale, na “cena pós-créditos” do episódio passado, condenou a Terra ao chamar a Confederação Alienígena para derrotar Coulson e a S.H.I.E.L.D. após a morte de sua filha, Ruby.

De início, “Option Two” carrega o fardo de explorar as consequências da decisão de Yo-Yo, de forma bem emocional, conforme a personagem tem conversas impactantes com Mack, May, Daisy e Coulson, explicando seu ponto de vista e se provando disposta a tudo para impedir o fim do mundo e a morte de seus amigos e aliados.

Muitos de vocês reclamaram, nos comentários da review passada, de que ela matou uma “criança incapaz”, e que isso é moralmente condenável. Porém, como muitos citaram, ninguém torceu o nariz para quando May precisou fazer o mesmo em Bahrain, no evento que a transformou na temida Cavalaria. E fico feliz em ver que o episódio também reconhece isso.

Mas logo, esse dilema moral dá espaço a uma ameaça muito mais urgente e arrasadora: a chegada dos alienígenas, que curiosamente coincide, temporalmente falando, com a invasão de Nova York em Vingadores: Guerra Infinita. Não me prolongarei muito nesse assunto para não dar spoilers, mas achei a referência feita por Daisy e pelo Candyman preguiçosa, mesmo sabendo que ela só se estende para um aspecto inicial do filme, e que as outras consequências do longa definitivamente serão sentidas nos próximos episódios.

Enquanto isso, os agentes estão trancados no Farol. E eles logo recebem a companhia dos alienígenas, capazes de se teletransportar. Curiosamente, achei tanto o design dos aliens, bem como seus poderes de “apagar” a luz ao seu redor bem ameaçadores. O medo do escuro e a movimentação exagerada e esguia dos invasores realmente me deixou bem apreensivo.

Porém, no meio de tudo isso, fica uma figura que estava ganhando um destaque bem surpreendente nesta temporada: o General Talbot. E agora, com esse episódio, nós finalmente temos um entendimento completo do motivo, já que ele próprio, para impedir o avanço extra-terrestre, se une ao gravitonium e se torna o Destruidor de Mundos – ou melhor, Graviton.

O “nascimento” do personagem é um dos momentos mais chocantes que já vi na história de toda a série, com direito a sequências verdadeiramente sanguinárias e assustadoras, já que o vilão (Ou herói? Quem sabe, anti-herói?) usa todos os seus poderes para destroçar seus inimigos, e isso gera uma cena digna de um filme de terror.

E é justamente com essa cena que Agentes da S.H.I.E.L.D. cumpre uma promessa que já havia sido estabelecida há cinco anos, com sua primeira temporada e o surgimento do Dr. Franklin Hall ou do elemento do gravitonium. Agora, finalmente estamos diantes de um dos personagens mais poderosos desse universo, capaz de manipular a própria força da gravidade.

O desenrolar é simples e rápido, mas o que importa aqui é a execução. Mesmo sem firulas e coreografias de luta ousadas, o episódio consegue transmitir todo o teor de tensão e a ação desesperada dos personagens conforme eles precisam lutar por sua própria vida para se salvarem de seus invasores.

E todo o caminho percorrido com eles é árduo e desesperador, ainda que ninguém importante morra aqui. Mas isso é feito justamente com a brilhante parte técnica, que mais uma vez, dispensa comentários. Fotografia, som, efeitos visuais e uma boa edição se unem aqui para mostrar como um episódio, apesar de simples, pode ser um dos melhores da temporada.

Em termos gerais, eu nem sei ao certo o que dizer. Fiquei extremamente animado com a “cena pós-créditos” e o possível retorno de Jiaying, e olha que eu nem sou lá um grande fã da personagem ou da segunda temporada da série, que deu origem a ela.

Apenas sinto que esses próximos três episódios terão um papel fundamental para o possível futuro ou fim da série. Tenho lá minhas teorias de como a Guerra Infinita vai afetar nesse sentido, mas me resguardo para trazê-las mais à frente. Por enquanto, o que posso dizer é que temos aqui mais um excelente episódio, e mais uma vez agradeço à fantástica equipe de produção da série.

Três episódios. Restam apenas três episódios…

Agentes da S.H.I.E.L.D. vai ao ar às sextas-feiras, na ABC.