Lúcifer: 3×01 e 3×02 – Tudo em torno do Lúcifer, sempre!

Capa da Publicação

Lúcifer: 3×01 e 3×02 – Tudo em torno do Lúcifer, sempre!

Por Bia Oninawa

Depois de um final de temporada que deixou todo mundo com o queixo caído e o misto de um sentimento de surpresa, um pouquinho de frustração por Lúcifer não ter conseguido chegar até a Detetive Decker a tempo de lhe contar a verdade, e muitas perguntas em aberto, o seriado finalmente voltou. 

E nos dois primeiros episódios já percebemos que as coisas voltaram a rodar bastante em volta de Lúcifer. Não que em qualquer momento isso tivesse deixado de acontecer. Ele é o centro do episódio e um cara extremamente egocêntrico, então tudo sempre é em volta dele. 

Mas agora, com o arco da história da sua mãe fechado, e o flerte com a Detetive de lado desde que Lúcifer encontrou a saída para os seus problemas amorosos com a falsa esposa, na temporada anterior, tudo que lhe restou agora foi voltar para os conflitos com seu pai, que até agora ao que tudo indica, é o rumo que essa temporada irá levar.

Nos últimos minutos da temporada anterior, a história fechou com o protagonista caído no meio de um deserto, com suas asas novamente. As mesmas que vimos ele queimar na primeira temporada. Como? Que? Oi? Me explica? 

Parece que isso não será explicado tão depressa assim. No primeiro episódio já começamos vendo que ele continua com seu “mojo, como diz a detetive, de fazer as pessoas falarem seus desejos mais profundos e seu charme natural. Já que quando ele finalmente encontra um carro em meio ao deserto para lhe dar uma carona de volta para Los Angeles, sendo dirigido, ironicamente pelo mesmo assaltante que alguns episódios atrás Lúcifer deixou apenas de cueca em um banco, ele mostra que pelo menos isso nele ainda está funcionando direito, quando consegue negociar com o homem por suas roupas, seu carro e o deixa nu em meio ao deserto… de novo.  

Logo em seguida ele encontra com a polícia e volta a cidade do núcleo principal da série. Podemos rever diversos dos personagens de novo e entender como se comportarão nesses novos episódios.  

Doutora Linda parece ainda um pouco traumatizada por toda a tortura que passou nas mãos da mãe de Lúcifer na season finale, e está se recuperando tanto fisicamente quanto psicologicamente. A Detetive Decker, não parece ter mudado muito, exceto que agora a química entre os dois protagonistas está bem morna. Aquela tensão no ar que sempre estava ali, não apareceu muito nos dois primeiros episódios. Na realidade, nem a detetive aparece tanto assim, já que o foco virou para como as asas do anjo voltaram as suas costas. Mas lá está ela, fazendo seu trabalho novamente. 

Daniel Espinoza continua no mesmo lugar, com o mesmo jeitão e cada vez mais recorrente nas histórias, assim como Ella, a cientista forense da equipe, que cada vez mais está se tornando o alivio cômico da série. Mas a grande novidade é o novo tenente Marcus Pierce, interpretado por Tom Welling, que ficou conhecido por ser o Superman em Smallvile. Agora ele é um tenente muito linha dura e bastante arrogante que já te dá nos nervos nos primeiro dois milésimos de segundos que aparece na tela. Não que ele esteja errado, mas o jeito que ele fala, especialmente com os personagens que amamos, deixa todo mundo um pouco desconfortável, menos Ella, que é uma completa apaixonada pelo trabalho dele. 

Nesse primeiro episódio, nós vemos a clássica história de pegar o bandido da semana, eles vão atrás de um caso em que um homem foi morto no mesmo lugar que Lúcifer foi encontrado. Aparentemente o homem foi sequestrado por uma empresa que realizava falsos sequestros para pessoas com gostos duvidosos e Lúcifer começa a achar que eles também eram os responsáveis pelo seu sequestro. Se ele descobrir quem o nocauteou, o protagonista acredita que encontrará quem é o mensageiro do seu Pai e quem lhe devolveu as asas, que o incomodam tanto e agora, não adiantam ser cortadas que continuam renascendo. E o “pior”, em meio a essas mudanças do seu corpo, parece ser que ele também perdeu seu rosto de demônio, sabe, aquele que ele fez a Dra. Linda surtar quando ele finalmente se revelou para ela. 

E como ele descobre que não tem mais seu lindo rostinho? Quando finalmente decide provar para a Detetive Decker que sua verdadeira identidade e seu rostinho demoníaco não aparece. Claro que a gente acaba se perguntando se não deu certo por ser ela, que nós já vimos que ela parece “estragar” todos os poderes de Lúcifer, ou o por que ele não decidiu mostrar suas asas ao invés de simplesmente continuar tentando mostrar seu rosto maligno. Desastres a parte, isso pareceu afastar ainda mais os dois companheiros, porque a detetive acaba achando que ele estava apenas brincando com a cara dela novamente. 

E quando finalmente o episódio está para terminar e achamos que iremos encontrar a resposta de quem havia sequestrado Lúcifer tudo que recebemos é um nome. O Pecador. Aparentemente mais um grande malvadão de Los Angeles. 

Mas não é isso que vamos descobrir no segundo episódio. O Pecador parece ser muito mais do que isso, tanto que nos perguntamos se ele é humano ou mais uma entidade divina que chegará ao seriado. 

Em mais um caso da semana, e o senso de julgamento claramente estranho da Ella, nós vemos um assassinato de um comediante, que como todos os outros assassinatos de série, só servem de plano de fundo para Lúcifer se relacionar e chegar a informações do seu próprio caso pessoal – eu disse que ele era egocêntrico –. 

E em meio a tudo isso, Dra. Linda e Amenadiel tem que dar um jeito em mais um par de asas que Lúcifer jogou fora, e debatem os dilemas do Arcanjo com o irmão e seu Pai. A amizade deles parece estar evoluindo com os episódios, o que é algo bom, já que Amenadiel sempre está um pouco deslocado da trama por não se envolver muito com os círculos dos personagens principais. E agora com a mãe dos dois fora da história, ele acabaria interagindo unicamente com Lúcifer, e isso seria muita falta de visão para explorar o personagem. A Dra. Linda acaba sendo uma saída boa para unir todos, que além de ser muito aberta a ouvir os problemas e ajudá-los, parece que a família celestial precisa muito de uma psicóloga eficiente. 

Nesse segundo episódio, Lúcifer está realmente obcecado em descobrir o rosto do Pecador, quem ele acredita ser o responsável por trazer de volta suas asas, tirar seu rosto demoníaco, e estar tomando seu lugar como o demônio na Terra. 

Mas o protagonista gritando o nome do vilão aos quatro ventos incomodou o novo Tenente, que foi até sua casa para mandar ele parar de perguntar sobre o bandido, disse o quão perigoso ele é, o tanto que ele pode afetar Lúcifer e que já perdeu alguém importante para esse cara, por isso “fugiu” para Los Angeles. 

Como a série é bastante óbvia em seus plots centrais – e não me entendam mal, ela é ótima, mas sempre ficou muito claro quem é bom, quem é mal e as motivações sempre foram muito simples, não é algo completamente ruim, apenas uma marca da série –  então fica bem fácil imaginar que a “morte de alguém próximo” que o Tenente falou provavelmente era alguém da sua família, arrisco dizer sua esposa ou filha, talvez os dois. Porque isso seria bem óbvio. E o seriado é óbvio nesse ponto. 

O Tenente se mostrou bastante arrogante no episódio, mas não foi o suficiente para bater de frente com Lúcifer ou visivelmente deixá-lo desconfortável por ameaçar seu título de “macho alfa da série”. Os personagens masculinos secundários da série não são fracos ou bobões, mas eles não conseguem disputar o lugar com Lúcifer como figura de poder, afinal, ele é o demônio, isso deve dar uma vantagem a mais. 

Ao fim do segundo episódio ainda não temos ideia de quem seja O Pecador, e Lúcifer entrou em um acordo com o Tenente sobre não falarem para a Detetive Decker sobre o bandido, para evitar colocá-la em perigo. O que pode ser interessante como o anjo irá administrar esse segredo, já que ele nunca mente. 

E em meio a todas as suas frustrações sobre ele não conseguir pegar O Pecador, que o está imitando em diversos aspectos, ele percebe que está na hora de voltar a fazer pacto com as pessoas, e a última cena do episódio é uma fila interminável de interessados, em seu clube, dispostos a fazer um pacto com o demônio para conseguir o que querem. 

Bem, ao que parece, o seriado está tentando voltar a imagem do anjo caído que tinham criado na primeira temporada. Cortaram a relação com Decker, para deixar que ele voltasse a ser mulherengo. Criaram um personagem para bater de frente com ele, para empurrá-lo de volta aos pactos. A única coisa que acrescentaram foram asas que não podem ser tiradas.  

Porque com o personagem cada vez mais denso e conflituoso eles podem ter ficado com medo dele deixar de ser divertido e esbanjador, que eram as únicas coisas que o marcavam como o grande demônio dessa série. Seus excessos e vontade por justiça. Se isso for tirado, se ele se apaixona por Decker e eles entram em uma vida amorosa, ele se trinaria apenas um playboy muito egocêntrico com asas legais, não? 

Bem, o conflito com o Pai de Lúcifer obviamente vai continuar pelo decorrer da temporada. Ele vai querer saber de qualquer forma quais são os planos Dele. Assim como seu irmão Amenadiel que está buscando por sua grande missão divina. O que nos leva a perguntar se talvez vejamos Deus nessa temporada. Ou quantas mais serão necessárias para Ele aparecer? Porque obviamente depois disso vai ficar impossível escalonar mais na hierarquia divina. Uma vez que Deus aparecer nada maior terá como ser incluso na série. 

E você, o que achou? Não esqueça de comentar o quais foram suas opiniões sobre o primeiro episódio e conferir nossa galeria de Lúcifer bem aqui: