Os melhores discursos de Kitty Pryde nas histórias em quadrinhos!

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Os melhores discursos de Kitty Pryde nas histórias em quadrinhos!

Por Leo Gravena

Kitty é uma jovem que, em grande parte do tempo, demonstra os principais e mais nobres ideias dos X-Men em suas falas e ações. Confira aqui algumas vezes em que ela mostrou para o mundo que é mais do que uma jovem rebelde!

Mutante, Judia, FANTÁSTICA. Kitty mais de uma vez demonstrou o quão é importante para os X-Men e o universo Marvel. Confira aqui algumas das vezes em que ela provou ser muito mais do que seus poderes.

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Deus Ama, o Homem Mata

Na trama, Magneto investiga a morte de duas crianças mutantes, a mando do Pastor William Stryker. Stryker, que havia matado sua esposa e filho recém-nascido após descobrir que a criança era um mutante deformado, procura exterminar toda a raça mutante, dizendo ao público que os mutantes são aberrações aos olhos de Deus. Após um debate televisivo, Stryker sequestra Xavier - que ele sabe ser um mutante. Assim, a equipe deve se unir a Magneto e salvar o mentor.

A trama, de 1982, faz com que Xavier seja preso a uma máquina que vai usar sua energia psíquica para matar todos os mutantes do mundo com uma hemorragia cerebral. Em uma reunião, os X-Men e Magneto confrontam Stryker e salvam Xavier.

Após isso, Ciclope e Stryker entram em uma grande discussão, onde o Paster admite seus planos ao vivo na televisão. Quando Scott diz que mutantes também são humanos, Stryker vira-se para Noturno e diz: “Você ousa chamar aquela... coisa... de humana?!”

Assim, Kitty dá o primeiro de seus famosos discursos:

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“Mais humano que você!” ela diz, saindo das sombras.

“Noturno é generoso e dócil e decente! Ele teve todas as razões do mundo para ser amargo, todas as razões para ser tanto um demônio por dentro e por fora. Mas ele decidiu rir, ao contrário!

Eu espero ser metade da pessoa que ele é. E se eu tiver que escolher entre me importar com meu amigo e acreditar em SEU Deus... Então eu escolho... Meu amigo!”

Stryer então decide matar Kitty, sem saber de seus poderes. Contudo, antes de atirar, um segurança do local atira no Pastor, dizendo que se aquilo era “a palavra de Deus. Então ela mudou muito desde a catequese”.

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Novos Mutantes #45

“Estávamos apenas brincando” é o nome da história em que os Novos mutantes conhecem o jovem Larry Bodine, um estudante que foi transferido para a escola na qual estavam estudando. Mesmo Larry sendo meio nerd e estranho, ele e Kitty rapidamente se tornam amigos. Contudo, Larry é um mutante com a habilidade de criar construções sólidas de luz e um grupo de jovens fazem bullying com ele.

Com medo, Larry faz uma piada com mutantes perto de Kitty e seus amigos. Fazendo com que todos se afastem do jovem. Suspeitando de que tudo era apenas um mal-entendido, Rahne vai até a casa dele e o vê utilizando seus poderes. Porém, de manhã, quando ela vai dizer que ele era um mutante e estava apenas confuso, Magneto chega e diz que Larry havia se suicidado durante a noite.

O diretor da escola e Magneto pedem que Kitty fale um pouco sobre Larry em um memorial. O discurso é um dos mais icônicos dos X-Men, da Marvel e dos quadrinhos em geral. Escrito por Chris Clamemont, partes das falas de Kitty até mesmo foram utilizadas por Ellen Page quando a atriz se assumiu homossexual.

É interessante notar que, poucas histórias antes, Kitty descobre que deve usar óculos, porém por vaidade ela decide deixa-los de lado. No final de Novos Mutantes #45, antes de fazer o discurso, Kitty coloca os óculos pela primeira vez.

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“Alguns de vocês me conhecem. A maioria não. Estou aqui porque acho que conhecia melhor o Larry Bodine. Mas isso não é dizer muita coisa. Eu dificilmente sequer conhecia ele. Se conhecesse, talvez não estaríamos em seu memorial.

Quem era ele, que nos reunimos para ficarmos de luto por? Quem sou eu? Uma pirralha de quatro-olhos, sem peitos, CDF, judia, arrogante, uma aberração pretensiosa do Xavier. Não gostou dessas palavras? Eu poderia usar algumas melhores. Eu ouvi piores, quem aqui não? Tanta vezes, tão casualmente, que talvez nos esquecemos o poder que elas tem de machucar. Negão, cucaracha, italianão, japa, bicha, mutuna.… A lista é tão longa e cruel. São tantos rótulos, repressões… E eles machucam.

Mas normalmente rimos disso ou retrucamos – com xingamentos ou punhos – ou sofremos em silêncio. Nada demais, é a aspereza da realidade, certo? Para que fazer confusão? O problema é que alguém disse que Larry Bodine era um “mutuna”, eles acertaram em cheio, porque ele era. O poder dele criava beleza. Apenas isso. Ele fazia com luz e cores o que Mozart fazia com música e ele queria nada mais do que ser aceito por seus colegas e quem sabe até mesmo desejado… E não é isso o que todos realmente queremos? Ter amigos? Pessoas que liguem para nós? Não ficarmos sozinhos? Se tivermos sorte, temos alguém a quem recorrer...

Larry não tinha.

Ele pensou, que se as pessoas soubessem a verdade, iriam parar de ver ele e ver apenas o rótulo, a marca. Sua “Letra Escarlate” pessoal. Então ele escondeu a verdade e viveu com medo de ser descoberto. Ele até mesmo se juntou quando outros ofenderam mutantes. Não importava o custo de sua alma se isso faria sua vida um pouco melhor.

Essa é a tragédia. Essa é a nossa vergonha.

Pensem no que dizem, imagine se seria engraçado sendo dito sobre você. É fácil fazer graça, é realmente fácil ser cruel. Tente alguma vez estar no outro lado. Se é para aprendermos algo sobre a morte do Larry, deveria ser isso...

Quer saber quem eu sou?

Sou Katherine Pryde.

E essa é a única coisa que importa. O resto são apenas rótulos.”

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Mekanix #05

Em 2002, após a morte de Colossus, Kitty vai para a faculdade e decide abandonar a vida de heroína. Tentando levar uma vida normal, infelizmente, na faculdade de Chicago, ela encontra a mesma intolerância e ódio aos mutantes após ela, Xi’an Coy (Karma) e outro estudante chamado Shola revelarem seus poderes após um acidente.

No campus, eles são investigados pelo FBI sob suspeita de terrorismo e o grupo de ódio aos mutantes “Pureza”, liderado por Alice Tremaine. Quando Alice e seus colegas tentam expulsar os três estudantes, Kitty vai até a reunião e discute com Alice, que diz que a universidade deveria “ser um santuário. Nós não permitimos armas na universidade. Mas mutantes como Shola são seus equivalentes vivos”.

Shola tenta ataca-la, porém Kitty o para e fala para ele ir embora, entregando mais um belo discurso, após Alice perguntar "para onde ele está correndo?”

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“Ele não gosta do cheiro de ódio vindo de você. Mas você está certa sobre a universidade ser um santuário. Esse é o local onde a diversidade não é apenas encorajada, mas RESPEITADA.

Quer saber? Eu sou JUDIA. Eu sou uma mulher, eu sou americana e sou fã do CUBS. Qualquer um desses elementos fazer de mim uma minoria no mundo, ou o objeto de ódio de alguém, ou até mesmo ambos. Mas aqui, na Universidade de Chicago, NENHUMA dessas coisas devia importar. Exceto a parte sobre os Cubs.

Shola é um estudante EXEMPLAR e um convidado ideal em nosso pais. Mas por ser diferente, por causa de seus GENES... A família dele foi ASSASSINADA. Ele foi queimado enquanto a casa dele pegava fogo. Ele foi INSULTADO e OPRIMIDO, e se Alice quiser, ele será BANIDO.

Se nenhum de vocês aqui tem a DECÊNCIA humana de perceber o quão ERRADO toda essa discussão é... Então talvez sejam vocês quem não pertencem aqui.”

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Surpreendentes X-Men #22

Após Chris Claremont (que escreveu os três discursos anteriores), um dos melhores escritores de Kitty Pryde é Joss Whedon; o diretor de Os Vingadores escreveu 24 edições da revista que termina com Kitty se sacrificando e ficando presa dentro de uma bala gigante vagando pelo espaço. Antes disso, ela dá um belíssimo discurso para Colossus, falando sobre a importância de se aproveitar o momento.

A cena ocorre logo após Piotr e Kitty fazerem sexo em um tipo de hospital/igreja em um planeta alienígena que Colossus devia destruir. Peter pergunta a ela “Porque tão, tão repentinamente?”, ao que a moça responde...

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“Tudo é tão frágil. Tem tanto conflito, tanta dor... Você fica esperando a poeira baixar e então você percebe que é isso, a poeira é a sua vida seguindo em frente.

E se a felicidade chega, aquela estranha e insuportável delícia que é a felicidade... Eu acho que você deve agarrá-la enquanto pode. Você pega aquilo que pode, porque em um momento está aqui e então...

Se vai.”

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Novíssimos X-Men #13

Quando estão saindo para uma missão, os X-Men originais, deslocados do passado, começam a discutir sobre o discurso feito por Alex Summers durante uma coletiva de imprensa. Alex havia dito que: “A palavra Mutante é divisiva”, “Somos todos Humanos”, ao finalizar, pede que “Não nos chamem de mutantes. A palavra mutante representa tudo o que odeio”, quando um repórter pergunta do que devia ser chamado, o herói responde: “Que tal Alex?”

No blackbird, ao ouvir o discurso conservador Kitty não fica feliz e conversa com os X-Men que está treinando. Dando mais um belíssimo discurso --

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“Eu sou judia. Eu não tenho um, abre aspas, nome judeu, fecha aspas. Eu não pareço ou soo judia, seja lá como isso soe ou se pareça... Então, se você não soubesse que eu sou judia, você não teria como saber... A menos que eu te falasse. O mesmo vale para minha mutação.

Eu não preciso usar um visor ou tenho pelos azuis pelo meu corpo. Eu posso andar por ai. Apenas uma garota nesse mundo. Mas... Eu não sou. Quando eu tinha 13 anos, antes da minha mutação ativar, eu era apaixonada por esse cara no meu colégio. Apaixonada... E eu seguia ele por todo lugar como um cachorrinho porque eu era uma garota idiota de 13 anos. E um dia ele viu um rabino passando pela rua e fez o PIOR comentário anti-semita... Sequer irei repetir.

Ele apenas disse essa coisa terrível e riu. Riu e riu. E, e meu coração se quebrou e meu sangue ferveu. Realmente ferveu. Eu virei pra ele e gritei: Eu sou judia! E ele, ele apenas encarou pra mim como se ele sequer soubesse que havia feito algo errado. Ou talvez ele não sabia processar o que havia dito. Mas então eu cheguei em casa, e depois de ter me acabado de chorar, minha primeira decepção amorosa... Eu percebi que estava, talvez pela primeira vez... Eu estava ORGULHOSA de mim mesma.

Eu SOU judia. Eu SOU uma mutante. E eu quero que as pessoas saibam quem e o que sou. Eu digo isso a todos, porque, hey... Se vamos ter um problema com isso, eu gostaria de saber.

Então, sem ofensa ao seu irmão Scott, mas ele com certeza não está falando por mim.”

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XAVIER É UM IDIOTA!

E de bônus, uma das mais icônicas passagens da jovem:

“O Professor Xavier é um IDIOTA!”

Kitty fica revoltada quando o Xavier a manda para os Novos Mutantes, sob tutela do Magneto. Pobre Kitty, nem sabia que, anos depois, estaria mais do que certa...

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E você? O que acha de Kitty Pryde? Fale seu momento/discurso favorito da mutante rebelde nos comentários!