Como visto em um dos últimos episódios da primeira temporada, Agents of SHIELD deu uma completa revigorada, seja na trama ou na qualidade da própria série, com a chegada do episódio que tinha ligações com Capitão América: O Soldado Invernal.

Possivelmente o ponto alto da primeira temporada, nesse episódio vemos Ward revelando sua verdadeira face, de agente duplo da HIDRA infiltrado na SHIELD. Os fãs ficaram mais que surpresos, e a série teve toda uma nova subtrama a partir desse ponto de virada.

Desde o primeiro episódio, era claro que Skye - até então - era uma das personagens mais carismáticas e identificáveis de Agents of SHIELD. O sentimento foi crescendo, e quando sua personagem ganhou toda uma importância na segunda temporada da série, sabíamos que algo ia acontecer para torná-la ainda mais importante.

E eis que, juntamente de Raina, ela descobre sua herança genética na cidade "alienígena" descoberta pelas visões de Coulson. Lá, ela entra em contato com as Névoas Terrígenas e ressurge como uma inumana, com poderes sísmicos. E para aumentar a carga dramática do momento, ela sai de seu casulo bem a tempo de ver seu colega de equipe, Trip, sendo despedaçado com o efeito dos cristais terrígenos.

A terceira temporada de Agents of SHIELD estreou no final do ano passado, já trazendo consigo ameaças muito maiores do que a equipe de Coulson poderia prever. Se, de um lado, eles deviam enfrentar uma organização caçando inumanos, de outro, eles deviam se salvar de um inumano que também caçava outros inumanos.

Aí que entra Chibata. Sua primeira aparição é, certamente, um dos momentos mais memoráveis da série, devido ao misto de horror e caos que ele trouxe à tona ao aparecer na frente dos heróis, disposto a tudo para matar Lincoln.

Quem está familiarizado com as diferenças entre o Universo Marvel dos quadrinhos e do cinema, sabe que nos filmes, o "mordomo" de Tony Stark é uma inteligência artificial chamada J.A.R.V.I.S. Contudo, o que não sabíamos, até a primeira temporada de Agent Carter, é que essa I.A. tinha como base o mordomo real do pai de Tony.

Edwin Jarvis se torna logo um dos personagens mais carismáticos da série, com sua interpretação que pende para o humor e o seu lado mais trapalhão. Quando ele entra em cena, quase pensamos que ele é um personagem sério, até que suas aventuras com Peggy provam justamente o contrário.

Qualquer um que tenha visto Demolidor sabe que a cena da luta no corredor, durante a primeira temporada, é uma cena que ficou marcada na história da série. Feita para mostrar um lado mais humano no herói, a cena é gravada em um plano sequência e mostra Matt batendo e apanhando em escala igual.

A cena é agonizante e nos deixa preocupados com a saúde do herói, ao mesmo tempo em que consegue repassar todo um ar de heroísmo mais realista para a série do Diabo da Guarda.

Todos nós gostamos quando um vilão mostra para que veio, e isso é algo que consegue ser ainda mais potente com o Rei do Crime, devido à forma como sua história é contada, permitindo ao público se relacionar com o personagem e entender seus conflitos internos.

Contudo, em um momento de pura selvageria, Fisk mata um de seus rivais, primeiro espancando-o ferozmente, e depois decapitando-o com a porta de seu carro. Uma cena que é difícil de esquecer, seja pelo peso, seja pelo choque.

Depois de inúmeras cenas de luta impressionantes, bem coreografadas e com um peso completo na série, Demolidor chega ao próximo nível com a batalha final entre o Rei e o Demolidor. A série faz bem em trazer o Rei como um personagem que pode dar conta, fisicamente, do Demolidor, e por breves momentos, quase pensamos que ele de fato irá conseguir.

A luta, que se prolonga por uns bons minutos, nos passa toda a emoção e o clímax que a série vinha construindo ao longo de seus treze episódios, e consegue ter um impacto narrativo tão forte quanto o choque visual.

Falando em cenas que firmam os vilões, podemos lembrar claramente da cena da delegacia de Jessica Jones. Antes dela, nós conhecíamos o Kilgrave e suas motivações, mas é só quando ela chega que podemos ter toda uma noção do perigo que esse homem representa para a vida de Jessica e de todos ao seu redor.

Afinal de contas, não é qualquer um que coloca uma personagem forte como Jessica Jones contra a parede e a deixa sem ação, e isso sem necessariamente fazer essa ação fisicamente, apenas controlando todos ao redor de Jessica, e a deixando com um pesado dilema moral.

Reencontros familiares sempre são interessantes, seja para o bem ou para o mal. No entanto, o retorno dos pais de Kilgrave é certamente um dos momentos para o mal, e não deixa de ser impressionante e estarrecedor.

Toda a cena, desde a conversa de Kilgrave com seus pais até o momento em que ele assassina sua mãe, é chocante ao extremo e mostra o quanto o vilão não possui escrúpulos e nem tem limites para conseguir o que deseja.

E, com algumas palavras, Kilgrave transforma amigos em inimigos, e direciona todo o ódio de Luke Cage contra Jessica Jones, em uma das melhores cenas da primeira temporada da série. Diferente de Demolidor, que trazia persongens humanos, sem poderes especiais, aqui vemos dois pesos pesados se enfrentando.

A cena culmina em um momento onde chegamos a pensar que não há saída para Jessica, e suas consequências invertem a situação, nos fazendo pensar que Luke Cage poderia não sobreviver à investida de Kilgrave.