Sem dúvidas, a maior sensação do ano! A aventura oitentista, completamente nerd, com mundos paralelos, crianças em bicicletas, monstros, ficção científica e RPG da Netflix arrebatou o público com nostalgia e uma produção bem feita.

Stranger Things pode não ter a história mais profunda ou o melhor roteiro de 2016, mas seus personagens, sua trama, visual e trilha sonora foram excelentes e produziram um verdadeiro estrondo no mundo das séries.

Cara, falar de Black Mirror aqui é tão Black Mirror! Sem brincadeiras, agora nas mãos da Netflix, essa não foi a melhor temporada da série. Talvez os temas tenham sido próximos demais da realidade, enquanto as outras tramas apostavam em coisas muito mais fora da caixinha. Porém, de longe, a série continua superior a muitas outras e, claro, tem seu lugar nas melhores do ano.

Vale notar que, mesmo com uma temática mais simples, Black Mirror não perdeu a mão. Continua tocando na ferida e emocionando da melhor forma melancólica de ser. O destaque da temporada ficou para "San Junipero", que é aquele tipo de episódio que marca toda uma série, simplesmente lindo, e a season finale, “Odiados pela Nação” e sua trama extremamente corajosa.

Sabe quando uma coisa não faz muito sentido de primeira, mas é uma coisa tão boa que se torna a melhor coisa do mundo? Essa pode não ser a série da Netflix que vocês esperavam ver aqui, mas é a série da Netflix que vocês precisam ver.

Dirk Gently's Holistic Detective Agency, baseada na obra de Douglas Adams – o mesmo autor de O Guia dos Mochileiros da Galáxia – estreou há pouco tempo e é simplesmente sensacional!

Produzida pela BBC America, a série traz Elijah Wood e Samuel Barnett em uma trama mais que maluca, com efeitos, direção, trilha e atuações no ponto, envolvendo troca de almas, energia infinita, super-poderes e – talvez – viagem no tempo. Estreou tarde, mas estreou no topo.

Precisamos falar sobre super-heróis, obviamente. 2016 trouxe a segunda metade da primeira temporada de Supergirl e a primeira parte do segundo ano da série. Complicado, né?

De qualquer forma, seja na CBS, seja na The CW, as aventuras da Garota de Aço estão entre as melhores das séries super-heroicas, por mais incrível que isso possa soar para você, que tem preconceitos com efeitos especiais mais pobrinhos.

Supergirl se leva a sério no nível certo e, também, sua dose de descontração está no ponto. Isso sem contar toda a mitologia do Superman que a trama está trazendo, além do próprio Homem de Aço que, também contrariando expectativas, foi MUITO legal.

No campo da Marvel, por mais que a Netflix tenha produzido uma boa – mas um tanto decepcionante – segunda temporada para Demolidor e uma ótima estreia para Luke Cage, quem brilhou mesmo foi Agents of S.H.I.E.L.D.

Só nesse ano, a série finalizou sua trama com o Hive de uma forma muito boa e, em sua quarta temporada, arriscou em algo que poderia dar muito errado – como já vimos acontecer – mas deu muito certo: ocultismo e magia.

S.H.I.E.L.D. importou o Motorista Fantasma para sua jornada e embarcou na onda do Doutor Estranho para justificar a ideia. Perfeito! Ainda se aprofundou um pouco mais nas relações dos Inumanos, introduziu a AIDA e, por fim, rendeu até um spin-off solo online da Yo-yo. Bem sucedida é pouco.

Mas, a melhor série de super-herói do ano é, também, a mais subestimada. Legends of Tomorrow – ou, para os íntimos, Sara of Tomorrow – é a série mais quadrinesca, divertida e gostosa de assistir entre todas as com poderosos no elenco.

Ver as Lendas, semana a semana, viajando de um tempo a outro para consertar aberrações é fantástico – principalmente agora que não temos mais a presença de Vandal Savage.

Legends, em sua segunda temporada, se consolidou em uma trama mais leve, interessante e cada vez mais nerd. Não podemos deixar de citar a entrada da Sociedade da Justiça e todo o cânone que a narrativa está construindo para o Universo DC/CW. Simplesmente incrível.

Pensando nas adaptações de quadrinhos de 2016, quase esquecemos de Preacher, quando ela se distancia bastante de seu material fonte. Porém, isso não significa que ela é ruim. Muito pelo contrário.

A saga de Jesse Custer começou um tanto duvidosa, mas quando pegou o ritmo, foi gore e bizarrice para todo lado, honrando lindamente as revistas que deram base para a trama. O trio principal é ótimo, com destaque para a Tulipa e para o Cassidy, que roubaram um pouco a cena do protagonista nos primeiros episódios.

E, claro, não podemos esquecer de citar o final da temporada, tão bizarro e distorcido quanto se poderia esperar, deixando a produção, sem dúvidas, na lista de favoritos de muita gente.

Quando as Rosas dos Tyrell conheceram o fogo-vivo dos Leões Lannister! Com uma quinta temporada não tão boa assim, o sexto ano de Game of Thrones gerou muita expectativa e, agora finalizado, podemos dizer que: sim, a série atendeu a maioria delas.

Na sua sexta temporada, o Jogo dos Tronos foi mais violento, explosivo e corajoso que nunca, apostando em um arco extremamente lento e longo para uma das personagens principais da trama, Cersei, enquanto chocava e emocionava o público com os outros cantos de Westeros e da Baía dos Dragões.

Finalizando com dois episódios que foram direto para o topo da lista de melhores da série, em uma produção cinematográfica, vivemos para ver a retomada de Winterfell pelos Stark, as chamas de insanidade da Rainha Lannister e a partida da Mãe dos Dragões para retomar o que acredita ser seu. Nada mais, nada menos que épico.

Por mais que não pareça, a segunda temporada de Mr. Robot é melhor e muito mais interessante que a primeira – e olha que isso é dizer muita coisa. O problema aqui é que, nesse ano, o plot twist da série foi exatamente não ter reviravolta alguma. Que os fãs não pudessem prever, pelo menos.

Em seu segundo ano, a jornada do Elliot foi mais devagar, apostou mais, foi ainda mais obscura e merece, como a primeira, entrar para qualquer lista de melhores do ano. Só pelo episódio com a brincadeira com o formato de sitcom macabro, Mr Robot já tinha ganho seu espaço aqui.

Os prazeres violentos de 2016 tiveram um final violento e mais que sensacional. Com séries como Game of Thrones, Mr Robot e Preacher, parece difícil alguma outra superar e tomar o lugar de melhor do ano, mas, com sucesso, a HBO nos presenteou com Westworld para fechar o pódio.

Não tem um adjetivo melhor que incrível para definir Westworld. A trama de Jonathan Nolan e J.J. Abrams é uma produção cinematográfica com mais de 10 horas de duração – no melhor sentido da coisa.

Como o elenco colocou, também são as Olimpíadas da atuação, com uma cena e uma fala melhor que a outra e os atores tendo que se entregar literalmente de corpo e alma para o trabalho.

Westworld é detalhista, é linda, é violenta e é o melhor que o ano poderia oferecer. 2017 tem a tarefa difícil de superar tudo isso.

E você? Qual é o seu top 10? Faltou alguma série por aqui? Não esqueça de comentar!