10 séries que mudaram drasticamente sua história!

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10 séries que mudaram drasticamente sua história!

Por Márcio Jangarélli

Várias séries tiveram suas premissas completamente transformadas, seja pelo tamanho da história, muitas vezes se perdendo no caminho, seja por um fim iminente chegando, chutando o balde e indo na direção que a produção queria, ou, até mesmo, por certa pretensão exagerada dos produtores, tentando criar algo na trama que não devia existir.

Algumas dessas mudanças são no estilo procedural, outras vão pra megalomania executiva ou amadurecimento do público. No fim, algumas transformações são bem vindas, outras não, e aqui vão 10 séries que mudaram drasticamente suas histórias. Se você lembra de mais alguma, deixa aí nos comentários.

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Fringe

Fringe ultrapassou não só barreiras interdimensionais, mas sofreu algumas reviravoltas durante sua exibição, deixando para trás, também, o status de série procedural. Começando com uma ideia meio Arquivo-X, da metade da primeira temporada pra frente, a história de Olivia, Peter e Walter continua trazendo casos semanais, mas a mitologia criada pela série e o plot central tomam conta dos episódios, criando grandes arcos interligados em uma história muito maior.

Ainda, a partir do final da segunda temporada, o universo da série é praticamente resetado em todo começo do novo ano, seja com uma nova linha temporal, uma nova dimensão ou a invasão dos Observadores. J.J. Abrams abandonou a série e, justamente longe da sombra do seu criador, ela pode se tornar um verdadeiro hit de qualidade e sucesso diante da crítica e os poucos fãs que conseguiu conquistas.

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Agents Of S.H.I.E.L.D.

Outro exemplo que fugiu do procedural, sendo engolida por sua própria mitologia estabelecida, muita gente nem assiste os primeiros episódios de SHIELD por conta da diferença de dinâmica e história contada. SHIELD começa apenas pegando alguns pontos emprestados do Universo Marvel, como se quisesse andar sozinha, mas, no fim, abraçou tudo aquilo que o cinema e os quadrinhos tinham de melhor pra oferecer.

A série não só investiu nas ligações com o Universo Marvel, mas no estabelecimento de suas próprias histórias baseadas nos quadrinhos, importando os Inumanos, a Harpia e seu próprio projeto de Gavião Arqueiro, além de conversar diretamente com Agent Carter, que pode até ser vista como um spin-off da série. AoS é exemplo de como virar o jogo e deixar uma série fraca crescer e se tornar uma ótima trama.

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Arrow

Arrow revolucionou o conceito de se trabalhar super-heróis na TV. Em seu primeiro ano, a série da CW que abriu as portas para novas histórias, como The Flash, Legends Of Tomorrow e Vixen, começou de uma forma menos super, mais vigilante. Em comparação com a nova temporada, muitos podem dizer que é um crescimento, mas a história simplesmente tomou outro rumo, em grande parte pelo aparecimento de The Flash mesmo.

Enquanto as duas primeiras temporadas evitavam os conceitos mais super-heróicos, focando em uma história mais pesada, no dilema de matar ou não do herói, dando explicações táticas para coisas além do prático nos quadrinhos; a partir da 3ª temporada o místico e o super invadiram a série, tanto pela forma de Barry Allen, que apareceu já na segunda temporada para dar início à sua saga solo em outro horário, quanto pela história de Ra’s Al Ghul e o Poço de Lazarus. Agora, a série ganhou mágica e meta-humanos, em uma trama que abominava qualquer traço de irreal. As coisas mudam mesmo.

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Smallville

Ainda no campo super-heróico, a série que deu o pontapé inicial no universo televisivo da DC, pelo menos o mais atual, Smallville teve uma mudança gradual em seu enredo. A série, que a princípio, se propunha mostrar as primeiras aventuras do Superman, teve uma mudança no caminho e começou a investir em criar uma Sociedade da Justiça na TV.

Diferente da nova leva, começada com Arrow, Smallville manteve todos os heróis em uma série só e o plot tomou conta das temporadas.

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Supernatural

Supernatural precisa mesmo de explicação? O seriado tomou um rumo quase absurdo, comparado com as primeiras temporadas, depois do quinto ano, saindo de uma história sobre seres sobrenaturais e mitologia, para se sustentar em anjos, demônios, divindades e ressurreições de protagonistas.

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Lost

J.J. Abrams aqui de novo, agora com a icônica Lost, que, por mais besta que seja a brincadeirinha, praticamente se perdeu no caminho. A história dos sobreviventes na ilha cercada de mistérios ultrapassou o sobrenatural e a sobrevivência dos personagens para tramas muito mais complexas, envolvendo tempo e espaço.

Pra quem acompanhou a série durante a exibição, as mudanças não são tão brutas, mas pra quem pegou a série só depois e assistiu de uma vez só as 6 temporadas, dá pra perceber que, em certo ponto, a virada foi até bem brusca.

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True Blood

Ainda que seja baseada em uma série de livros, não sendo uma adaptação muito fiel, True Blood tem uma diferença enorme entre as duas primeiras temporadas, melhor ainda, entre a primeira temporada e o apresentado após.

Talvez por não se aprofundar tanto no desenvolvimento dos outros seres mágicos, que vão aparecendo na trama, quanto se aprofundo nos vampiros, a história e desenvolvimento mudam muito da segunda temporada em diante, principalmente a partir da terceira e a evolução na mitologia vampírica.

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Buffy, A Caça-Vampiros

A mudança de Buffy, ao contrário das outras, não é tão drástica e, sim, gradual. A série, que começa com uma premissa adolescente, com a escolhida salvando a humanidade de monstros, cresce junto com o próprio público, evoluindo suas temáticas e abordagens conforme os fãs iam envelhecendo.

Buffy continuou tratando dos assuntos sobrenaturais, mas também se tornou humana, mulher, e ditou vários elementos para a nova geração de séries para o público jovem. Todos os pontos do mundo para a produção da série, que transformou uma série adolescente em um marco da TV.

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Dollhouse

Ainda nas produções de Joss Whedon, Dollhouse, que ganhou apenas 2 temporadas, conta a trama dos bonecos humanos, pessoas que tiveram sua personalidade e memórias apagados para ganhar novas, conforme o contratante pede, para realizar diferentes tarefas ao redor do mundo. A história começa procedural, mas, no fim da primeira temporada, a série ganha um novo tom.

O segundo ano do seriado é criado em cima da história dos bonecos, enquanto a primeira temporada apenas estabeleceu suas funções, em uma espécie de explicação para um futuro apocalíptico eminente. É, novamente, a transição do procedural, do caso da semana, para um arco mais longo, mais profundo e complexo.

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Torchwood

A série derivada de Doctor Who, que visava um público mais adulto da série, foi do procedural-trash da série-mãe para uma história mais profunda, de arcos longos, apostando até na reformulação dos protagonistas iniciais, realmente revolucionando o olhar da série a partir da segunda temporada.